quarta-feira, dezembro 30, 2009

Agora, a sério


Cansei.

Que apareça, então, o príncipe, montado no cavalo branco, para me salvar.

Fardado ou não.

terça-feira, dezembro 29, 2009

Yes, o dia ia tão bem


E depois de tutti tutti aí em baixo, de tanto ambiente, tanto mood, eis que entra uma indiana, que por força é médium e quer ler a minha íris.

De que me serve ter sapos à porta para espantar as ciganas, se as indianas pouco se importam e fazem quase o mesmo serviço? Digo "quase" porque a única coisa que desapareceu foram os cinco euros da minha carteira que muito me fazem falta.

Enfim, sempre se dá de comer a alguém.

E agora como vai ser, que eu desconheço o homem de farda que está apaixonado por mim (por favor, acusem-se, seja qual for a farda, incluindo a de faxineiro ,que não estou para esquisitices), se bem que noutros pontos esteve bem perto.

Não é difícil, basta atirar barro à parede, neste caso foram muitas mãos cheias e a parede está irreconhecível.

O pior é que sou tão crédula e o suficiente devota para andar dividida, e agora? O homem da farda? O homem que amei muito mas não ficou comigo porque foi desviado mas ainda pensa em mim? O homem cujo nome começa por “J” (Esta, pelo menos, foi mesmo ao lado, apesar dos Joões, Josés, Joaquins que por aí andam, nenhum me toca.)? Ou o homem que está longe e é comprometido mas que sonha comigo? Porque é que todas me falam em homem com ” J”, se não há “J”, já me deixei de partidarices há muito e “J” já vou em idade de escapar, mais facilmente faria sentido o partido dos crescidos.

E por que raio da kizombada é que focam sempre o mote na inveja e nos homens, no amor, o seu homem, que raio, se agora, só queria ouvir “O seu trabalho vai correr bem e para a frente.”, ou, pelo contrário, o seu trabalho vai afundar-se, fuja já para o Brasil, esqueça, nesta altura do ano pense antes em Aspen, é lá que se encontra o seu plano de poupança e reforma. Pense em velhotes barrigudos de cordão de ouro ao pescoço!

Todo o meu clássico se foi, estes dilemas parecem novela da TVI (Isso, agravem a depressão.), volta mood, volta Mozart, necessito de uma partitura nova.

Ou de chocolate quente.

Está visto que este dia foi dedicado à comida.

Quem me chamou bulímica, mesmo?

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Tannhäuser



Hoje, pensei em aproveitar o trabalho despachado e o computador quase recuperado – não lê, sequer assume, CD’s e pen’s (pelo que net está fora de questão) – para escrever um pouco mais a sério.

Ainda espreitei documentos e textos do tempo da Faculdade, ri com as minhas parvoíces, com a escrita (mais) imatura, com o que me apoquentava que agora custo a recordar.

Hoje, foi manhã de música clássica, Mozart, Bethoven, Wagner, por aí fora, quando estou nestes dias, esta música enche mais os meus pulmões de ar, pena que ainda não me atreva às sapatilhas, vontade não me falta, música clássica pede dança clássica e majestosa e não há nada mais clássico e majestoso que o ballet (A tentativa deste é bastante patética e desastrada, ignoremos isso, o que interessa agora é como o coração divaga e a mente sente.).

Li, recordei, planei – ainda não vos disse mas retomei os meus sonhos típicos, com os quais não sonhava há vários anos, não sei se será ou não bom presságio, o que é certo é que voltei a voar, melhor a planar sobre o ar, a desafiar a gravidade com calma, não muito alto, em atenção às vertigens que sofro, segura que são sonhos mais agradáveis dos que me têm visitado, seja como for, bom ou mau, é uma lufada de ar fresco e um regresso àquele lugar do “Afinal reconheço-me e esta sou eu, seja bem-vinda de volta, ou isto vai correr muito bem, ou muito mal, fuck.”.

Posto isto, preparo-me para o exercício nobre e sóbrio a que me propunha, Tannhäuser - Ouvertüre, sobejamente conhecida, até nos comerciais, mas é aquela que me torna mais leve e mais aproxima do tecto, melhor dizendo, do céu, ou do tecto, tanto um como o outro poderão ser o limite, certo é que já não chego com a ponta dos dedos dos pés ao chão, estico bem os pés, se é para flutuar, que seja com elegância e linhas de corpo.

Nisto, do principiar do dito exercício, concentro-me na música e a música concentra-se em mim, lembro-me de pão com banana – que diabo, pão com banana? – sim, pão com banana. É que ainda não almocei e hoje apetece-me pão com banana.

sexta-feira, dezembro 11, 2009

O espírito natalício toca a todos


Anteontem à noite, dois jovens toxicodependentes assaltaram o carro do pai de uma amiga minha, à porta de casa, depois dele vir das compras para a consoada de natal.

Ambos foram apanhados em flagrante delito, pela policia, tendo um deles sido imediatamente capturado com uma saca de nozes na mão.

O outro, assim que se viu perseguido, desatou a fugir carregando um gigantesco bacalhau (A família dela é grande.).

Não houve qualquer estrago na viatura.

terça-feira, dezembro 08, 2009

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Enquanto o país se deleita com duas semanas seguidas de feriado/ponte


E vai passear, orgiar, surfar, esquiar, comprar o shopping inteiro, esquecendo as fabulosas lojas de rua, sair, dançar,

Estou para aqui em frente ao pc, de pé para o ar (já lá vão duas semanas mas who's counting), a ler os meus blogues preferidos (muitos deles não figuram na listinha ali do lado, há coisas que sabem bem reservar só para nós) e a entupir-me de Serenatas do Amor.

Por conseguinte, caríssima entidade superior, é mais que justo que, após duas sacadas desta iguaria, mantenha a minha cinturinha de vespa e o meu rabo rijo e redondito com proporções desejáveis, mesmo que a minha actividade física se limite a deslocar-me à cozinha para abastecer a taça de arroz doce, o stock de torradas a escorrer manteiga e o de chocolate.

Menino Jesus, é só acrescentar isto ao pedido lá de baixo.

Medindo bem as coisas e se puseres a mão na consciência (por todas as outras que cá sabemos), sequer deveria ser contabilizado como pedido, antes sim um caso de justiça natural.

E eu sou fofita. Não estou a pedir para me tornares na Giselle, ainda que muito merecido.

Recordam-se daquele personagem dos Marretas


Que apenas dizia "mi mi mi mi mi"(destacado na imagem)?

Apetecia-me trocar com ele.

E dizer "mi" em código morse.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

Ao pé cochinho



O video é qualquer coisa.

Ora bem,


Àqueles gentis amigos que, de quando em quando, aconselham-me a largar a dança porque já não tenho idade ou deveria concentrar-me noutras coisas, ou não tenho tempo para os amigos, bla bla,

P*** que, em horas difíceis e dolorosas, os brotou cá para fora!

Estou farta.

Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar! Quero dançar!
QUERO DANÇAR!!!

A vida de pé para o ar é linda.

Nota: Ontem, quando estava sozinha em casa, calcei a sapatilha de ponta do pé direito e fiz uns três ou quatro piqués e uns belos arabesques en pointe. Tudo com o outro pé do dobro do tamanho pendurado. TOMA!

Nota II: Os pés dela são iguais, iguaizinhos, aos meus, tirando o esquerdo que agora parece um bacalhau baralhado com a pancada que levou na cabeça.

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Twi-curtas

De pé encostado às boxes há duas semanas (e por algumas mais) - o ballet é lindo - e impossibilitada de me deslocar a distâncias superiores à da distância que vai da minha cama ao sofá.

Ainda sem net no portátil.

Com o pc de casa pifado (Mais uma, este fim-de-semana, digam lá que não é caso para fazer a dança da chuva ou para começar a queimar velas e incensos contra o mau olhado?).

Com o trabalho virado do avesso. Ou o avesso virado do trabalho.

Felizmente, com muito amor para dar, sobretudo quando ele me traz o portátil dele, bonitinho e com auto-estradas rápidas da comunicação. Fofo.

Vomito tv, graças a Deus, tivemos uma cimeira e a entrada em vigor do Tratado de Lisboa para me distrair.

Preciso que me enviem chocolates pelo correio. Água de côco e autobronzeador também. E daqueles aparelhos que dão choques na barriga. Por este anda, ficarei uma lontra.