Eu tenho um periquito sobrenatural, segundo muitos. “Tão giro! Como é que conseguiste?”
Para a maioria das pessoas, os periquitos e outras aves exóticas ou campestres são seres amorfos dotados apenas da capacidade de chilrear, comer e fazer muita sujidade. Ali, quietos, nervosos, trancados pelas grades das gaiolas.
O meu não. Assobia elogios, aprendeu o “Verão Azul”, qual piraña de bicicleta pela ribanceira abaixo, grita estoicamente “Benfiiiiica” e responde a qualquer chamamento. “Raggae, anda cá” e é vê-lo a acelerar as patinhas e asinhas para pousar no meu ombro. Está sempre pronto para a brincadeira e, quando não lhe damos a pedida atenção, somos fustigados com voos rasantes e provocadores e aterragens de emergência nos nossos ombros ou cabeça.
O meu periquito é um cão. Pede pão e Fitness da Nestlé e adora brincar com os meus brincos. Vai para casa quando o mandamos, Dá marradinhas no meu nariz como se fossem lambidelas. Adora beijinhos e “brrrrrrrrs” no papo.
Estava o bicho a brincar, numa corda que a minha mãe colocou junto à janela da cozinha, às piruetas, mortais e voltas de cabeça para baixo na dita, qual trapezista de circo, exímio na arte do bom equilíbrio, quando entoo “Raggae, anda cá!”
Nem foi preciso repetir. Com a destreza que apenas o psitácido possui, deu meia pirueta e embarcou num voo certeiro e imediato com aterragem perfeita, para espanto de todos os presentes, sobre o meu nariz.
Comentário do meu irmão, para gáudio da plateia… “Belo heliporto!”
Para a maioria das pessoas, os periquitos e outras aves exóticas ou campestres são seres amorfos dotados apenas da capacidade de chilrear, comer e fazer muita sujidade. Ali, quietos, nervosos, trancados pelas grades das gaiolas.
O meu não. Assobia elogios, aprendeu o “Verão Azul”, qual piraña de bicicleta pela ribanceira abaixo, grita estoicamente “Benfiiiiica” e responde a qualquer chamamento. “Raggae, anda cá” e é vê-lo a acelerar as patinhas e asinhas para pousar no meu ombro. Está sempre pronto para a brincadeira e, quando não lhe damos a pedida atenção, somos fustigados com voos rasantes e provocadores e aterragens de emergência nos nossos ombros ou cabeça.
O meu periquito é um cão. Pede pão e Fitness da Nestlé e adora brincar com os meus brincos. Vai para casa quando o mandamos, Dá marradinhas no meu nariz como se fossem lambidelas. Adora beijinhos e “brrrrrrrrs” no papo.
Estava o bicho a brincar, numa corda que a minha mãe colocou junto à janela da cozinha, às piruetas, mortais e voltas de cabeça para baixo na dita, qual trapezista de circo, exímio na arte do bom equilíbrio, quando entoo “Raggae, anda cá!”
Nem foi preciso repetir. Com a destreza que apenas o psitácido possui, deu meia pirueta e embarcou num voo certeiro e imediato com aterragem perfeita, para espanto de todos os presentes, sobre o meu nariz.
Comentário do meu irmão, para gáudio da plateia… “Belo heliporto!”