quarta-feira, abril 29, 2009

Soltas


Dores, cansaço e chocolate.

Basicamente resumem o meu estado no dia mundial da dança.

Mas isso não interessa nada pois eu quero é falar de homens. Ou dos homens. Bem... das mulheres.

Isto tudo para dizer que um dos principais motivos de galhofa e contentamento feminino nos ensaios é uma nova e boa aquisição masculina, que é nada mais, nada menos que o meu par no Cell Block Tango.

Como disse, nova e boa. Em todos os sentidos. Para além de ser recém-chegado às lides do Jazz 2, a criatura conta com dezoito aninhos acabados de fazer. Dezoito aninhos mas daqueles espalhados por um rosto moreno e um corpo de perdição que fazem com que levemos o tempo a repetir "Ele só tem dezoito anos". ELE SÓ TEM DEZOITO ANOS.

Depois não é só o físico. É dedicado, concentrado, inteligente, charmoso, com carisma, dança bem, aprende rápido, sabe pegar numa mulher. Ainda tem lá as suas quinhentas modalidades desportivas que pratica, mais as artes marciais, com ar de Van Damme de trazer por casa ou pela pista de dança, muito aprumadinho mas com cara de quem parte muitos pratos, copos e toda a baixela da Vista Alegre.  Enfim, uma delícia irrecusável mas com o rótulo dos dezoito. Deve ser a palavra que mais repetimos. Dezoito.

Dezoito. DEZOITO. DEZOITO!

Chego até aqui para confessar que gosto de o admirar. De lhe passar a mão pelo pêlo, de acordo com a coreografia, com a intensidade que merece. Mas não me consigo imaginar, não imagino mesmo rebolar com ele, numa cama, chão, mesa de cozinha ou balneário. 

Tão somente porque, apesar da sua maturidade, dezoito são dezoito e nestas coisas das relações, gosto de quem me mostre o mundo. Não tenho vocação para guia. Quanto muito, parto à descoberta conjunta (e se gosto da descoberta conjunta) mas gosto mesmo de ver que existem umas quantas páginas já escritas, sofridas, amadas.

Neste dia de dores, chocolate e cansaço, marco e trato dos últimos arranjos para a minha viagem.

Sempre quis fazer uma viagem sozinha. Daquelas de mochila para descobrir Vietnames, Cambodjas, Costas Ricas. Agora vou para aqui.

Uma garota sozinha no Rio.

Não é engraçado?

Estou completamente sem motivação. Viajar sozinha, sim mas não para o Rio.

É que, desde nova, dou provas do meu talento para a estupidez.

Isso ou serei raptada, arrastada para a uma favela e ninguém dará pela minha falta.

Pelo menos até dia dezanove.

E depois?

Depois quero saber quem é que traz os biquinis!

You should be dancing... yeahhh

Foi preciso a Gi me recordar que hoje é o dia mundial da dança.

Gi, para mim, dia da dança são todos os dias!

A propósito, já não são sete, são nove. Começo a achar tudo isto um exagero. Os solos também...

Para assinalar este dia, deixo-vos uma pequena amostra de dois grandes lusos, o meu professor de Hip Hop Vasco Alves e Rita Spider, ambos nomeados para o Portugal Dance Awards, que se realiza hoje, no Teatro Camões, nas categorias de melhor coreógrafo e melhor bailarino de Hip Hop, respectivamente.


Como já oiço e atesto há muitos anos, "Quem dança é muito mais feliz!"

segunda-feira, abril 27, 2009

Porque já chega de descanso e este é o blogue dos refrescos

Não tem explicação.

Esta música é um descontrolo.




E noutra versão muito sexy.


Refrescados?

Após um fim-de-semana refrescante

Preciso mesmo relaxar.

Sim, hoje, segunda-feira, necessito de umas quantas massagens, horas de cama, de sono, de ronha. de fazer nenhum.

Pode parecer estranho, mas pressinto que não chegarei viva até ao dia 3 de Julho.

Coreografias já conto sete e falam-me em mais. Ora bem, What a feeling (Flashdance), Cell Block Tango (Chicago), Ballet que ainda não sei qual é, Ne me quites pas (Contemporâneo), Salsa, Audition (Chorus Line), juntem agora a America (West Side Story). Entretanto, piscam-me o olho com a Time of my Life (Dirty Dancing) e Fame. O Miguel já disse que ainda há mais. Ri-se e não se descose. 

É duro. São as músicas da minha vida. Com as quais crescemos a sonhar deslizar nos braços do Patrick Swayze. Como dizer não? Além do mais, este ano a nossa capacidade é outra. Daí porem-nos à prova.

Não calculo como conseguirei mudar de roupa entre as mesmas. Estupidamente, este é o meu maior stress.

Ou aguentarei com tanto ensaio.

Ou a desilusão de tanto trabalho para se esfumar em hora e meia.

Naturalmente, até lá seremos uns chatos. Só saberemos falar, pensar, respirar coreografias, papéis, músicas, ensaios. Não se nota já?

Isto é só um desabafo, gente. 

Como imaginam, estou a adorar. Não obstante, uma ambulância no local não será má ideia.

Fica então uma para relaxar. 

sexta-feira, abril 24, 2009

Ai quem me dera ter um homem muito brasa - The boy next door II


Com o anonimato assegurado, fica o Mr. (Blue) Green Eyes (É que nem quero saber se são verdes).

A blogosfera feminina está mais refrescada e agradece.

Ai quem me dera ter um homem muito brasa - The boy next door

Ficam os dois primeiros, por sorte, bem ao meu gosto. Morenos...



Textículos (Se já gostava de te ler, então agora...)


Tiago, o mais velho da Gi,

(Só da Gi para ser Giro, muito Giro!)

Meninas, adorei as fotos do Facebook e Hi5 trocadas. Mas se as publico sem consentimento, vejo-me numa carga de trabalhos...

Moços,

Vá, estão sempre a queixar-se que só suspiramos pelas capas de revista. Não custa nada e vão de fim-de-semana com o ego maior!


Ai quem me dera ter um homem muito brasa

Hoje está mais frio mas um sol magnífico.

Saltei da cama a dançar ao som das músicas comerciais da Rádio Cidade, com vontade de vestir tops e calçar sandálias, ir para a praia. Revirei o quarto, cantei ao espelho.

Já frente ao pc, deambulei pelo Bedtime Stories e apeteceu-me começar a sexta-feira com a publicação de fotos de homens muito giros.

Para continuar o espírito.

Deambulei pelas páginas da net à procura de fotos. Muitas vi que me agradaram. No entanto, não consegui escolher uma única fotografia.

Não me apetece publicar fotos de actores, modelos, homens longínquos/"inatingíveis". Homens que só tenho a possibilidade de admirar através do papel.

Apetecem-me as fotos de homens "reais", sem makeups e photoshops, produções fotográficas.

Daqueles com que me cruzo na rua, na praia ou numa discoteca.

Dos meus amigos muitos giros, dos amigos dos meus amigos muito giros, do P., do A., do B., do M., do F., por aí adiante.

São esses que me apetece admirar, cada pedaço de beleza palpável e disponível. Pronto, e o Filipe Duarte.

O que se torna complicadito.

Ou correria o facebook e o hi5 à busca dos mesmos e seria trucidada pela ousadia.

Ou publicaria as suas fotos com o rosto irreconhecível, de forma a que não fossem identificados, mas o objectivo perder-se-ia nesse instante e os próprios reconhecer-se-iam na certa. Não quero amigos convencidos.

Ou não publico nada e lá fica uma sexta-feira com um desejo por cumprir e menos colorida.

Assim, homens giros deste país, enviem as vossas fotos para alegrar este último dia de labuta da semana.

Percam a vergonha e demonstrem que podem muito bem estar a par de qualquer Jensen Ackles ou Colin Farrell.

leitecondensadoascolheradas@gmail.com

Aqui a menina agradece.

As que acompanham o blogue, calculo que também.

quinta-feira, abril 23, 2009

Carta aberta ao Senhor Belmiro de Azevedo


Ora bem, é um facto.

Até dia 3 de Julho, nem eu nem os meus colegas conseguiremos pensar em mais alguma coisa que não seja dança.

Ok, um pouco de trabalho também. E sexo... mas a ideia a reter é dança. Dança, dança, dança. (Falar também será difícil, preparem-se.).

Sendo assim, uma das grandes preocupações femininas é a dieta. Tanto os figurinos (Já viram o Cell Block Tango?), como o facto de os homens terem que nos elevar, de um lado para o outro, o propiciam. Sim, a nossa preocupação nem é estética. É mesmo eles poderem connosco. 

Portanto, amiga e compreensiva que sou com a classe masculina, já principiei um certo cuidado com a alimentação.

Uma vez que o meu trabalho tem exigido uma rotina que implica levar almoço de casa (e, pela primeira vez na vida, desde os tempos do colégio, aprender o que isso é), hoje de manhã, decido fazer uma bela salada de alface acompanhada de rissóis de camarão, da marca Continente.

Sete da manhã, e um cheiro insuportável a fritos, na cozinha. O Reggae furioso pelas penas oleadas e pela janela escancarada que não lhe permitiu ter ordem de soltura logo cedinho, como é costume.

Lá acomodei a meia dúzia de rissóis entre duas ou três folhas de alface, no tuperware (Sou oficialmente uma bimba da periferia.), tremelicando o lábio inferior a contragosto, pois muito me custam estes regimes dietéticos desprovidos de alimentos lascivos.

Posto isto.

Senhor Belmiro,

Reconheço que estamos em época de crise e que a poupança pode ser o ganho. 

Mas daí a ter engolido os seis rissóis, tacteado o seu interior, um a um, com a língua, espreitado, certificado, não se compreende porque é que só no último é que encontrei vestígio de metade de um camarão do tamanho dos camarões vendidos em Alcácer, mais seco, enrugado e chupado que as minhas mãos no inverno.

Telefono para casa, peço à minha mãe para ler o rótulo da caixa.

"Ingredientes: blá, blá, essência de camarão."

Essência de camarão? Quer isso dizer que me calhou o brinde?

O camarão explorado, chupado, do qual retiraram a ferros a essência para meia dúzia de rissóis (Julgava eu que as essências eram sempre mais caras por serem concentradas.).

O desgraçado que deu o suco, o sabor ao manifesto?

Sr., Belmiro,

Para a próxima, faça como se faz com os toiros de lide. 

Retire-lhe a essência mas premeie com uma aposentação num oceano desafogado.

Ou preencha-lo de botox.

Não o traumatize mais num rissol, com a carne seca e encorrilhada.

É que o dito estava mesmo enfezadinho.

Para além de saber a nada.

Nota: Atenção que os da foto estão fora da validade pois datam de 29/03/2007. A não ser que pretendam camarões corrosivos, em vez de encarquilhados.

A insustentável leveza do ser



*Em Tóquio fizeram o impensável. Puseram os apáticos nipónicos a abanar o rabo. Em histeria!

Eu, já me rendi há muito.

Os concertos são pura adrenalina de improvisação do movimento.

Mas sou suspeita.

Sou muito dada a africanices.

quarta-feira, abril 22, 2009

Quero lá saber que ainda só seja quarta-feira

Como está tudo cheio de vontade de festa,

POOL PARTY EVERYONE!



Vistam o fato de banho, puxem uma espreguiçadeira, agarrem uma caipirinha e instalem-se!

Para aproveitar o calor e a falta de vontade de trabalhar,

A festa está oficialmente aberta.



Vale tudo menos fazer chichi na àgua.

Na àrea,


A contar pela maioria dos comentários dos posts anteriores


Eu bem posso escrever qualquer treta, certo?

Posso até mandar-vos para muitos sítios, uns mais agradáveis que outros, discorrer sobre Dalai Lama, que vocês vão entrar no regabofe do costume e que nada tem a ver com o post, verdade?

Querem um cházinho?

Branco ou de menta?

Uma infusão de maçã e canela?

Bolachinhas Oreo para acompanhar?

terça-feira, abril 21, 2009

Stencil



Gosto de marcas. De rugas, cicatrizes, tatuagens, sinais. Marcas do sol, de sorrir, até das estrias que me enfeiam.

Tenho momentos em que julgo poder deitar fora todos os cadernos e folhas que guardam as minhas memórias e pensamentos.

O meu corpo é o diário mais exacto e fidedigno que posso aspirar possuir.

segunda-feira, abril 20, 2009

À parte de me apetecer publicar apenas música


Porque é isso que oiço em todo o lado, oiço música em cada gesto, em cada pedaço de vento e apetece-me partilhá-la tanto como me contive nesta semana que passou.

Tudo é música e a música é tudo neste rodopio de dias que inspiro e expiro.

Não sei o que se passa comigo, já devem estar a interrogar-se mas não sei responder.

Como dizia, à parte de me apetecer apenas publicar música, quero confidenciar que encontrar um pequena formiga no chão da sala é fôfo.

Por pouco não a pisamos, mas logo nos rendemos embevecidos ao seu singelo, minúsculo e frágil corpinho que luta pela sobrevivência.

Então, descobrimos que à frente dessa formiga, caminha outro frágil corpinho e, atrás, mais outro, formando uma linha de frágeis corpinhos da labuta do armazenamento.

Nessas alturas, a ternura é imensa e o nosso sorriso embevecido dá lugar à lata do Dum Dum para formigas e baratas. 

Que é despejada em exagero, conspurcando a sala inteira com aroma nada agradável, obrigando-me a lavar o chão inteiro com detergente de aroma floral, a escancarar a porta da rua e a queimar uma vela de baunilha, visto que o detergente não foi suficiente para arrumar com o fedor que se instalou.

A nobre vontade de despejar latas de insecticida, que sinto ao ver o carreirinho de formigas na minha sala, é a mesma que se despoleta perante o fenómeno da Susan Boyle*, a britânica que chocou o mundo não pela sua voz mas pelo facto de um ser visualmente amorfo poder soltar trinados tão celestiais.

A julgar pelas latas necessárias, estas comoções globais, geradas em torno da perplexidade por um ser feio* e coitadinho** afinal poder soltar algo admirável, facilmente tornariam o mundo irrespirável.

*Substituam por um visualmente repugnante. Atentem, sempre tive dificuldade em considerar alguém feio, se bem que aquela senhora nas minhas mãos tornar-se-ia uma lady Di.

**Antes que me queimem em praça pública, as latas tão somente se aplicariam aos comovidos. Não à senhora, que não tenho nada contra. Até tenho muito a favor. Sobretudo, a favor que depile as sobrancelhas e dê um "up" geral no visual. Coisinha pouca. Cisne já ela é.

Esta semana

Lasciva? Revoltada?



Esta semana? Digam antes até ao dia 3 de Julho.

sábado, abril 18, 2009

Romantismo

Afinal ainda há mais.

Palavras de conforto à blogosfera

Acabaram-se os posts de merda, ok?

Semana romântica, a quanto obrigas

Não era de desistir quando movida pela curiosidade.

Punha uma coisa na cabeça e diabo se alguém a demovia. 

É pertinaz, diziam uns. A rapariga vai longe. Assim se fazem os grandes.

É cabeça dura, retorquiam os restantes. Perde tempo com comezinhos e ignora as coisas importantes.

Nunca desistiu.

Experimentou cantar o "My way" do Frank Sinatra. Os vizinhos escutaram e chamaram-lhe plagiadora.

Procurou na garagem, inclusivamente por trás da bicicleta, que usara somente uma vez. 

Afixou cartazes e distribuiu folhetos com "Procura-se".

Foi ao Guincho e, a favor do vento, chamou por ele, mas a voz foi suprimida pelo marulhar.

Nada.

Nunca o encontrou.

De vez em quando, lembrava-se e vasculhava a dispensa.

Mas nada. Nem um sinal.

Então, pouco a pouco,

Com tristeza no olhar,

Teve que aprender a viver com isso.

Com o sentimento de que não ia conseguir.

O não conseguir matava-a.

Ainda assim, aprendeu a tolerar, a admitir, com dormência, que seria assim.

Que viveria sem descobrir.

Sem sequer imaginar

Que ele já a havia encontrado há muito.

Sim, há muito que a encontrara.

Estava em cada gesto, em cada nota de música ouvida, em cada respirar.

O romantismo era parte dela.


sexta-feira, abril 17, 2009

A queimar as últimas, esta semana romântica

Chegou à porta e seguiu o ritual de sempre.

Pousou o saco, encostou o chapéu de chuva ao canto.

Abriu a carteira, enfiou a mão tacteando cada objecto.

Caixa dos óculos... não. Porta moedas... não. Não ao telemóvel, ao kit de maquilhagem, ao ipod, ao Molesquine...

Procurou... remexeu. Nada.

Agacha-se, pousa a carteira no chão e começa a retirar os objectos que deitava a mão, um a um.

Baton do cieiro, ganchos para o cabelo, lenços de papel, esferográfica, lanterna, Trifene, telemóvel... Não.

Nada.

Senta-se no chão e prossegue a busca, agora com menos paciência.

Remexe, os objectos tilintam.

Procura e procura. 

Já desesperada.

Desolada.

Mas nada.

Por mais que remexesse.

Não encontra.

Naquela carteira não.

Nada!

Nem uma ponta do romantismo.



Eu, com tanto romantismo para dar

E a semana romântica quase no fim.



quinta-feira, abril 16, 2009

Parece que

A moda pegou e dia nove vamos invadir um espaço destes.

Semana romântica. Ainda?

Bater letras na máquina não é fácil mas ela embirrou que antes queria uma máquina de escrever.

- É mais romântico. - disse - Onde já se viu uma escritora de romances Halerquin sem uma máquina de escrever?

Então, continuou, batendo furiosa cada tecla. Enganando-se aqui e ali e dando início a todo o processo quando tal sucedia.

- Como poderei escrever um livro senão numa máquina de escrever? - replicou - Um portátil pede net, pede msn, pede contactos, um olá, um update no profile. O meu livro seria esventrado a cada paragem!

Bate furiosamente. Deve ter tido uma ideia e outra e outra mas, entretando, enganou-se.

Amachuca a folha de papel tingida, que é atirada para o cesto, coloca outra com pressa não vá perder o fio que não se pode cortar.

"Qual era mesmo a ideia?"

"Qual era...?"

Os dedos pousam delicadamente sobre a máquina.

Perdeu-se.

Perdeu-se na máquina de escrever. Perdeu-se no mudar da folha. Perdeu-se naquela secretária com vista para a paisagem que imagirara adequada. Um outeiro com um baloiço, uma seara ondulante bafejada pela brisa de final de verão. Tudo tão Harlequin. Era suposto que desse certo!

Arrumou a máquina, arrumou o papel. Guardou tudo no carro e fez-se à estrada, em direcção à cidade.

Não seria desta que descobriria o que é o romance.

No rádio,


terça-feira, abril 14, 2009

Hotelaria Low Cost

*Foto tirada no Parque das Nações, junto à Torre Vasco da Gama, em 05/04/2009. 

Leia-se "Sana Hotels A Construir o Futuro".

Não vos disse?

Semana romântica.

Selecção da Rádio Comercial no programa "O meu blog dava um programa de rádio" para este post.




Everything - Michael Bublé

E ainda só vamos na terça-feira.

Agora, agradeçam ao Youtube pelo facto de a única versão da música que se encontra ser esta.

Um passo à frente para o romantismo.

segunda-feira, abril 13, 2009

TPM, o que obrigas

Prevejo uma semana muito romântica.

Ora bem, este mês, sensível e lamechas. No mês passado, triste, deprimida e o mundo vai acabar. Próximo mês...

Alexa rosna a todos.

 Que brinde. A vida não é linda?

Gosto tanto destes calendários.

Neste fim-de-semana de Páscoa


Devorei seis pacotes de amêndoas cobertas de chocolate.

Já só me faltam três pacotes de amêndoas de licor.

Ser Alexandra não é fácil.

domingo, abril 12, 2009

Túneis



Minha querida,

Alturas surgirão em que escutarás estas palavras e já não te apetecerá chorar.

Perceberás que, de todas as identificações possíveis que poderás ter com esta música, a mais visível e importante será o renascimento deste sentimento de força, de poder, de auto-afirmação.

A tomada de posse de nós mesmos.

Que será mais que um reencontro, que uma redescoberta de ti própria.

Será antes uma reconciliação libertadora com quem és e com o que te define como ser humano singular e dotado de infindáveis características únicas e maravilhosas que deverão ser partilhadas.

Tudo o resto será insignificante e longínquo. Prometo, insignificante.

Por essa altura, quando passarem esta canção, sentirás a tua própria força pulsar. Inspirarás liberdade. Desejarás sorrir.

Saberás que estarás pronta para uma nova volta.

Digo-te isto, minha querida, porque já só sei sorrir com esta música.

E estou à porta da barraquinha das fichas.

Um beijinho.

quinta-feira, abril 09, 2009

Distracções e fios de meada


À conta de uma blogger, andei a fazer incursões por este site.

Quando dei por mim, autêntico animal feminino embriagado pela volúpia de ofertas e imagens, estava a escolher vestidos de casamento e demais imprescindíveis!

Agora já só me falta o noivo.

Posso sempre abrir um concurso por aqui.

"Quem quer casar com a Alexandra? Mata ratos e é gostosinha."

Não, esperem!

o encontrei.

Objectivo: treinar, treinar!


Existem coisas verdadeiramente preciosas que só por si conseguem arrancar de nós todo um melhor, até quando este persiste em não se revelar.

No meu caso, uma delas é a música do post anterior.

Enquanto a ouvi, repetidamente, consegui lavrar no papel linhas que há muito não desenhava.

Tenho concentrado-me amiúde na dança e há muito que não dançava com as palavras.

Tanto que já se transformara numa preocupação. Já não conseguia marear as letras, mesmo com este meu jeito trôpego. Como é que hei-de explicar... Não me saíam palavras com sentido. Apenas as que se cospem para fora com a letargia de uma natureza morta, tocada e abandonada no chão, no final de um dia quente de mercado.  

É genial, já repararam? Singela mas tão completa de contos de fada. Isso, contos de fada. Escuto-a mais uma vez e outra e dou por mim com veleidades na boca, no nariz, no pensamento, na carne. De cumprimentar toda a gente com um bom dia. Abrir a janela e lançar "Bom dia! Sim, estou feliz!", à boa maneira de um qualquer anúncio a uma instituição bancária, que oiço na rádio, pela manhã. Até porque a felicidade é isso e nada mais. Frugais momentos em que nos sentimos bem.

Como muitos escrevem, em livros de auto-ajuda e progressão pessoal e espiritual, a felicidade também se treina. Por isso, vou auto-ajudar-me e ouvi-la só mais uma vez, outra e mais outra.

Ontem já tive um final de noite quase perfeito.

Para hoje, quero muito mais.


Já havia publicado esta música aqui há pelo menos ano e meio/dois anos. Se não tanto, parece, contudo, há uma eternidade.

Mas hoje preciso dela, preciso de a beber, sentir.

Talvez por sentir-me romântica, apetecer-me saltitar entre as ondas e correr na areia molhada da maré vazia.

Isso ou então é o efeito dos anti-inflamatórios e dos relaxantes musculares.

quarta-feira, abril 08, 2009

Os meus sete segredos de beleza (aproveitem que abébias destas não se dão assim do nada)


Ora, pois claro, como eu ADORO desafios... Até tive que respirar várias vezes e conter-me para não os publicar de enfiada.

A menina Mad é a responsável. Pede ela que confidencie os meus sete segredos de beleza.

Cá vai, a custo:


1 - Dançar. Evidentemente. Não estão surpreendidos? Então preparem-se para roncar nos próximos. O que é certo é que faz maravilhas, limpa e oxigena o espírito, o corpo, o cérebro... as sapatilhas (Conquanto não as deixem fechadas no cacifo durante uma semana.). Torneia qualquer rabiosque, faz bem à alma e ganhamos umas quantas de avanço no que toca a tácticas de sedução e de acasalamento.

2 - Rir. Também não é novidade? Aguentem-se. Balela não é de certeza. Faz rugas? Adoro rugas de expressão de felicidade. Quem não sorri daqui a uns anos está um Basset Hound autêntico. É que, depois da boca, cai tudo, orelhas incluidas.



3 - Chocolate. Não me refiro a essas massagens anticeluliticas que utilizam o chocolate. Falo mesmo de chocolate para o estômago. Em grande quantidade. O que faz à beleza? Dá felicidade. Não chega? Meus caros, uma pessoa feliz é muito mais bonita, mesmo com borbulhas, pneus e celulite.


4 - Sol/solário. Sim, disse bem. Solário à falta de sol. So-lá-ri-o. A minha pele fica muito mais bonita (não me refiro somente à cor, mas à qualidade propriamente dita - fora com borbulhas, pontos negros, falta de brilho) após a exposição. Depois são os tais quilos de vitamina D que de outra forma não se absorve em tanta quantidade. Já sei, a balela do costume do cancro e que envelhece. Quanto à primeira, exposição sempre com muito juizinho e cremes/protectores adequados. Quanto à segunda, por amor da Santa, acabei de chegar aos "intas" e ainda ontem fui assediada por uns miúdos de dezoitos e picos, julgando que tenho a idade deles. Dão-me sempre idade escandalosamente baixa, a não ser em determinadas circunstâncias (Trabalho, quando visto fatos, e por aí adiante...), onde apenas me retiram cinco ou seis anos.




5 - Vestir na Maria Côco. Obviously. Que agora também está no Facebook, com fotos de algumas peças das colecções. Numa saída/festa então é obrigatório. E no ginásio. E na praia... então na praia!




6- Bons cosméticos. Guerlain e Estée Lauder são excelentes nas bases, pós e blushes. O corrector de olheiras da Lancôme milagroso, não passo sem o mesmo.

7 - Já disse dançar? Dormir e alimentação correcta fazem maravilhas mas porto-me mal nessas àreas. Dançar ajuda muito. Dançar, dançar e dançar. Ok, e namorar. Beijos e sexo deixam-nos lindas. E roupa interior gira... e perfume, banho, férias, praia, leite condensado... e blá, blá, Mad, querida, estes desafios são uma treta!

Desta vez, e na onda de miúda muito chata, espanto todos e passo o desafio. Mas só aos compadres! Entretanto, vi que o Ervi já se chegou à frente. Textículos, Mozka Tché Tché, Paulo, Jedi Master Atomic, PistonAlf e Tiagugrilu é a vossa vez!

Convulsões

Hic-Is-hic-isto-hic-hic-e-só-hic-hic-par-hic-para-hic-hic-dizer-hic-e-hic-viv-hic-a-os-hic-hic-so-lu-hic-viva-hic-os-hic-soluços!

terça-feira, abril 07, 2009

QUEM É QUE DEIXOU A PORTA DO FRIGORÍFICO ABERTA?

Sei que isto não vos interessa nada

Mas três já cá cantam.




Baryshnikov, aqui vou eu!

E se a vida for uma valsa?

Os tempos da música não se contam. Cantam-se.

Analogicamente, os nossos feitos também.

segunda-feira, abril 06, 2009

Hoje, o que me salva é


A forma lúcida de atingir o vigor.

Ou de não partir o teclado com a cabeça.

O dia do meu aniversário

Chego à porta de casa às 7h00 da manhã, carregada de sacos e da caixa do bolo com o que sobrou do mesmo.

Reparo que o sol se preparava para nascer e relembro o quanto detesto presenciar esses momentos sem ter ido à cama.

Corro para dentro do prédio.

Primo o botão do elevador e este não responde. Primo novamente. E novamente. E novamente. E novamente. E novammmmm...

Adormeço com a cabeça encostada à ombreira do aparelho, por onze segundos.

Volto a mim, lamentavelmente, percebo que não se tratava de um sonho.

Descalço os doze centímetros de salto, reparo que, em vez de pés, tenho cotos muito amachucados.

Escalo sete lanços de escada, com o bolo numa mão, sacos e sapatos na outra, embalada por não sei quantos vodkas maçã e maracujá ( As caipirinhas e sangria do jantar não contam.).

Três horas depois, após telefonemas para os amigos e hospitais, os meus pais dão comigo nas escadas, a meio do percurso, dormindo principescamente, agarrada ao vaso de flores da vizinha do 4.º andar, com a cabeça sobre a caixa do bolo.

Sinto pancadas no rosto.

Abro os olhos, estremunho, bolso e arroto os vodkas, logo em cima do filho da vizinha que, por sinal, é a única cara laroca do prédio.

Passada a vergonha, o almoço e a tarde até correram muito bem.

Apareceu a família em peso (tios, primos, Sra. Joaquina do bar da escola preparatória). Cantaram-se os parabéns efusivamente (MY HEAD! MY HEAD!),  passeou-se para os lados da praia das maçãs e comeram-se gelados na Santini. Tiraram-se muitas fotos porque trinta anos só se fazem uma vez. A festa foi de arromba. Memorável, até.

Pelo menos é o que se diz.

Além do mais, durante todo esse tempo, os lençóis souberam-me a ginjas.

Agora que sou uma party animal, mal posso esperar pelos quarenta...

Não sou fã de correntes

Mas vi no blogue da Cris e não pude deixar de partilhar e subscrever (e "aportuguesar").


"16 ou 17 coisas que precisa saber sobre uma pessoa tatuada.

1. Não, ela não quer falar sobre isso.

2. Sim, ela teve coragem. Ao contrário de ti, que estás a pensar fazer uma tatuagem há catorze anos.

3. Não, ela não se arrependeu.

4. Ela é tatuada, não tatuadora. E não quer dar-te todas as dicas de como, onde, quando e que desenho tatuar.

5. Cuidado com perguntas do tipo “Trabalhas com tatuagens?” se não quiseres ouvir respostas do tipo “Sim, eu não tiro a tatuagem para trabalhar”.

6. A não ser que surja um clima, não metas a mão.

7. Não, ela não é um outdoor, nem um pássaro, nem um avião. Pessoas tatuadas não gostam de ser observadas como se fossem um filme. Nem de ser observadas e avaliadas como num programa de caloiros. Evita dar voltas em volta dela e olhar de cima a baixo.

8. Pode parecer estranho, mas, não, ela não quer chamar atenção. Pode parecer ainda mais estranho, mas as tatuagens são desenhos dela para si mesma, não para os outros. E têm muito mais a ver com o que ela quer dizer para si mesma do que para o mundo.

9. Perguntas do tipo “E esta aqui, o que significa?” só significam uma coisa: és um chato. Gostarias de ouvir perguntas do tipo “O que significa o teu cabelo chanel?”

10. Proibido fotografar, filmar, tocar ou comer no recinto.

11. Não, ela não quer pensar em um desenho para tatuares.

12. Sim, ela respeita se achares ridículo. Mas nem tudo precisa ser dito. Ou ela será obrigada a opinar sobre o seu enorme brinco de pena.

13. Doeu, sim. Mas o que dói mesmo é esse olhar de turista.

14. Sim, ela já sabe que você és louco pra fazer uma, mas nunca tiveste coragem. A pergunta é: “E daí?


15. Não, ela não tem tatuagem onde estás a imaginar.

16. Sim, ela trabalha num lugar muito democrático. Ou usa fato e gravata."

Posto isto, é desta que faço outra.

sexta-feira, abril 03, 2009

Para complementar os posts anteriores


Homem Muito Brasa - Gabriela Schaaf

Constatações


Dois posts seguidos, nos quais deliberadamente menciono que quero afugentar os homens.

Domingo faço trinta anos.

Agora, só me falta comprar um gato.

Como despertar o Rambo que há em mim*


Recordam-se disto?

O sujeito nunca foi mal educado mas há ali qualquer coisa que não joga comigo. O olhar, toda a postura, qualquer coisa (ou muita) que desperta em mim alguma (ou muita) repulsa.

Apesar de incómoda, adoptei a táctica do telefone. 

Funciona que nem uma maravilha.

Hoje, assim que o vejo a estacionar o carro, pego logo no telefone e inicio um monólogo muito profissional.

Não é que, percebendo que estava ao telefone e a ter um "diálogo de trabalho", a criatura fez questão de entrar, interromper a chamada para me dar dois beijinhos e ainda tentou iniciar uma conversa? Mesmo tendo dado todos os sinais que estava ocupada e não me dava jeito ser interrompida?

Aaaaahhhhhhh!

*Uma caçadeira nas minhas mãos e desgraçava a minha vida...

quinta-feira, abril 02, 2009


Facilmente crio hábitos e vícios. Um deles  é a ferradura de chocolate do Pingo Doce.

Por conseguinte, todas as manhãs, desloco-me ao estabelecimento mais próximo para adquirir uma ferradura de chocolate acabadinha de sair do forno.

Considerando que os artigos são frescos e saborosos e os preços jeitosos, àquela hora reune-se muita malta, pelo que aguardo sempre cerca de vinte minutos pela minha vez.

Acabo por encontrar as pessoas de sempre, que trocam "bons dias", vão conhecendo-se pelo nome e já tomam o pequeno-almoço juntas.

Uma vez que não pretendo socializar no supermercado, deixo os óculos escuros na cara e coloco o meu ar de quem rosna e morde.

Não que seja pretenciosa e não queira conhecer pessoas que frequentem supermercados. Nada disso.

É que, se o fizer, de um bom dia a um convite para tomar café é um instantinho e para isso já me bastam os stalkers do blogue que passam a vida a convidar-me para jantar e para sair.

Simpática, só mesmo para a senhora dos bolos, a quem brindo com um sorriso terno e amoroso e educação aprumada, na ânsia que escolha a maior e mais vistosa ferradura, entre tanta massa folhada.

Lá fico, pacientemente à espera do sinal sonoro, enquanto uns demandam merendas mistas e galões para cá, outros croissants com chocolate, pastéis de nata e sumos de laranja para lá, sandes de queijo, scones com manteiga, tudo rematado com cafés curtos ou descafeinados.

Sacrifício bem vindo, para chegar ao trabalho, deixar um chá verde a repousar na àgua quase fervida, aquecê-la por uns segundos no microondas e, prazeirosamente, debicar a massa folhada à volta e deixar o centro repleto de chocolate morno para o fim, entre golos sofregos de chá.

Assevero que aquela textura suave e envolvente faz e muito com que os vinte/trinta minutos valham a pena.

Pedidos de menus, verdadeiros repastos de rei, chega à minha vez e tão somente aponto para uma ferradurazita.

Naturalmente, já todos sabem ao que vou.  Cabecitas mentecaptas, já me julgam como uma gulosa devoradora de chocolate. E dependente, dado o tempo de espera. Não me encontram traços de maternidade, pelo que confiam que a dita se destina a sossegar a minha gula.

"Agarradinha às ferraduras", replicam em silêncio.

Gosto pouco que detectem as minhas rotinas ou me topem as fraquezas.

Então, tive uma ideia genial.

Em vez de uma, passei a pedir duas ferraduras de chocolate.

Como se fosse uma querida e levasse encomenda para um(a) colega mais simpático(a) ou para o amor da minha vida, que aguardaria pelo seu pequeno-almoço preferido, nos lençóis da cama do nosso aconchegado lar.

Duas ferraduras saberiam melhor que uma e não seria isso que iria impedir com que conseguisse abotoar o botão das calças.

É o que tenho feito. Por vezes peço duas ferraduras, outras alterno e trago uma ferradura e um travesseiro de Sintra.

Desde então, vivo feliz e tranquila. Mais, com o dobro da felicidade e, mais importante ainda, salva dos olhares indiscretos.

Hoje, cheguei ao Pingo Doce, à hora habitual. Espero vinte e cinco singelos minutos, entre cheiros a doces, tostas, bolos e pão ainda morno. Peço as ditas.

Sinto uma voz quente junto ao ouvido:

- É muito gulosa mas olhe que o verão está a chegar...

Perante o meu ar de espanto, não se demove.

- Sou o João. Não quer vir tomar o pequeno-almoço connosco? - Aponta para os amigos.

Malfadada sorte.

Cheguei à secretária, liguei o p.c. e fui directa ao site do Pingo Doce, para ver a localização de todos os supermercados em Lisboa. Já delineei o plano.

Em alguns dias, terei que acordar uma hora mais cedo. Dias haverão que terei que apanhar o combóio, noutros, atravessar bairros desagradáveis.

Se fizer a média de uma visita por semana a cada Pingo Doce existente em Lisboa, pode ser que me safe.

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