quarta-feira, junho 20, 2007

Complicómetro

Encontrei esta preciosidade no meio do livro de leitura da 2ª classe, enquanto fazia arrumações.
A sabedoria das crianças demonstra-se tão inestimável como a anciã. Neste caso, revela que as coisas até são simples. Nós, pós fase da adolescência, é que temos uma "ligeira" tendência para as complicar.

Imediatamente, recordo a minha reacção ao receber este papelarucho nas pequenas mãos sapudas.

Li a custo, gaguejando cada letra, e senti o sangue a acorrer-me à face, à velocidade da luz, acompanhado do incómodo formigueiro. Fugi, rindo baixinho, trancando-me na casa de banho do colégio, durante a tarde inteira. Perdi o recreio todo.

A realidade é dura, cara blogolândia...

Desde cedo revelei uma estupidez galopante e disforme.

11 comentários:

Curiosa disse...

Do que me foste lembrar, quando a estas horas andava por aqui a tentar 'olvidar' porque hoje fui chamada ao colégio da minha filha!

"São precisas mudanças drásticas na educação da sua filha!"
Tou feita!!!
E eu que na idade dela só sabia jogar ao berlinde..........sniffffsssss :(

p.s. Este coment é muito explosivo! Nada de dramatismos! Afinal fui lá chamada por razões bem piores. Esta que falei é peanuts para o que se avizinha!!! I need a prof!!!!!!!!!!!!

pinky disse...

que lindoooooooo...tudo pode ser simples se não complicarmos ;)

Alf disse...

E assim ficaram os quadradinhos sem cruzes...

pensamentosametro disse...

Huuuuum,

lamento informar-te mas acho que ou estás aí com o dito relógio biológico a trabalhar, ou anda aí uma novidadezita qualquer e tu na fase de negação...

Oh Xaninha, os homens só «mordem» se nós deixar-mos, certo? e que piada tem um verão sózinha?

Tita

Alexandra disse...

Curiosa,

Coragem... coragem! Eu também era um verdadeiro terror lá para a adolescência e tornei-me nesta flor mimosa e apetecível!

Pinky,

É exactamente isso!

Alf,

Acho que o moço ainda não recuperou do desgosto.

Tita,

Foi uma série de coincidências! Estava na arrumação dos livros e caíu o papelarucho. Lamento informar mas não há novidade nenhuma. Quando houver eu aviso em letras garrafais! Até dava jeito... Verão sem calor já é mau e sem fogacho de verão...

Em último caso, faço aqui um concurso para fogachode verão da Xana. Vamos esperar, vamos esperar...

Laetitia disse...

Eu também me aconteceu isso na terceira classe, com os quadradinhos e com as cruzes e tudo.
Ia a sair da aula mais cedo e o rapaz diz:"Olha deixaste cair um papel!"
Eu levei o papel comigo porque tenho a mania de guardar tudo.
Quando o li! Fiquei tão envergonhada e senti também esse formigueiro.
Acho que nunca mais consegui encarar o rapaz de frente até ao final da quarta classe.
Lol...

Bjs

Anónimo disse...

Quando li o teu post e olhei para a imagem inocente que colocaste lembrei-me ainda há duas semanas do papel identico que encontrei também enquanto fazia a reciclagem de alguns móveis que tinha no quarto. É tão bom a inocência de se ser criança... a beleza das palavras e a simplicidade dos sentimentos... Às vezes tenho saudades... Porque mesmo sendo criança, porque todos somos um pouco... estes momentos já lá vão e não ha como voltar atrás... só mesmo recordar nos nossos primos... sobrinhos e filhos... um dia!

... disse...

Eu sempre fui bruta como a potassa! Agarrava nestes bilhetes, rasgava-os em pedacinhos mil e espalhava-os em cima da cabeça dos meus "pretendentes" (como eu os apelidava!)... Há lá paciência?!

Alexandra disse...

Estrellinha,

Era moda! Raios das mulheres que até em crianças conseguem ser parvas...

Brilho,

Uiii... Aposto que ninguém tem muita vontade de reviver esta criança terrorista! Agora somos crianças "melhoradas e afinadas". São outros encantos.

Picas,

Femme fatale! Um ano mais tarde, cheguei a fazer concursos para os meus pretendentes. O que ganhasse seria o meu namorado. Claro que alterava as regras do jogo, a qualquer altura, para poder ganhar o Tiago. O puto era giro que se fartava!

Restelo disse...

Nunca chegaste a responder ao rapazito?

Piston disse...

Colégio... Isso explica muita coisa.