segunda-feira, junho 30, 2008

Dum Dum é o fim!

Lírios Encantados do meu jardim de papoilas tingido,

Regozijo-me com a sublime lembrança que em mim depositaram, no entanto, contudo, e todavia, a intensidade com que o nosso astro rei tem andado a invadir a nossa Lisboa e, a bem dizer, todo o país, já há muito despertou o meu sangue latino sôfrego de se deleitar numa qualquer praia.

Pois bem, estando à beira de, a bem dizer, a umas semanas de um dias de liberdade, expontaneadade e de muita maluqueira, é pela virtualidade deste papel que reporto o meu último suspiro, o últipo sopro.

Veio o sol e reparo que já não é a mesma coisa.

Apetece-me findar uma jornada para começar muitas outras. Salgadas, temperadas, amargas, azedas, picantes.

Tanta panóplia de sabores para descobrir.
O que é certo é que sinto agora este braço direito como um apêndice pulsante, que ameaça rebentar.

Assim sendo, Pérolas do meu Imaculado Danúbio, dei por encerrada as minhas excursões de escrita, de mensagens, de diários, crónicas e reportagens no Leite Condensado às Colheradas.

Vou mesmo curtir o verão por aí, terras de El' Rei e por esse mundo fora. Rezar por novas aventuras e vivências, esquecer o lacticínio.

Ausentar-me da blogolândia.
Uma vez por outra, considerarei ir a um qualquer cibercafé espreitar o monstro quadrado, as vossas casas. Ver se estão bem.

Mas, férias são férias, arrumam-se os computadores, as pens, os relógios e palms... sobram o lápis e o papel para deixar recados no frigorífico ou nas mesas das esplanadas à beira mar.

Também não julguem que me encontrarão numa Costa da Caparica qualquer pela praia.

Para quê encetar tal jornada se tenho precisamente no lugar do meu coração gente mais gira e muitas praias costume made for me?


Para mais, diga-se que a vontade de desaparecer da arena é muita, portanto "Onde está a Alexandra?" será o hit, o best seller do Verão.

Tou sem paciência para desilusões, cheries. Este ano, mato mais uma vez saudades de Pier Ones, peixe grelhado, Tabuinhas e Sashas, mas por pouco tempo. Outras paragens longínquas me esperam.

Chega de lugares comuns, chega de gracejos, chega de rezar para que o/a X. não leia o post e o/a Y não pensar que é sobre ele/a. Chega de ter a vida à janela.

Eu cá vou correr na praia, saltar as dunas e dar cambalhotas na água. Parto para outra.

Parto da blogosfera.

Do Leite Condensado, para sempre.
Assim e pelo exposto, muito me penitencio por não poder satisfazer os vossos desejos de última hora, acompanhar as vossas peripécias e dar gargalhadas matinais com as vossas mensagens, mas é a vida.

Fazendo votos para que não desistam de fazer o que vos apetece. O que vos faz realmente feliz.

Até um Setembro próximo. Quem sabe, lavada a alma, talvez comprarei lápis e caderno novo, anónimo e indentificável.

De qualquer forma, a Todos os que acompanharam o Leite Condensado, a Todos os que figuram na coluna do lado direito, aos que leram, aos que comentaram, aos que sorriram, aos que me deram a mão, o meu muito obrigado.

Foi um prazer.

Aqui, neste papel virtual, ri, sorri, chorei, amei, sofri, estrebuchei, gritei. Foram dois intensos e repletos anos, feitos hoje. Fecha-se um ciclo.

Perfeito.

Largo este pedaço meu. Mas feliz.

Obrigada.

domingo, junho 29, 2008

Efemérides


Amanhã, perfazem dois anos de colheradas.

terça-feira, junho 24, 2008

Insónias

Não fosse o facto de envergar umas calças que não me serviam há meses (graças a um fim-de-semana muito dançado), parece-me que hoje almoçaria uma sachertorte inteira.

segunda-feira, junho 23, 2008

Ansiedades (again)

É tão estranho.

Estou disposta a abrir mãos de uma coisa que nunca pensei que fosse capaz de largar a frio.

Por ser minha, criada de mim, cá de dentro.

Estranha-me nem sequer ter saudades antecipadas, como quem vai terminar o curso e já sente falta da faculdade.

Estou mesmo ansiosa por o fazer.

Será que mudei? Que cresci? Que regredi?

Como é que uma coisa tão minha já não me diz nada?

Ando a contar os dias. Sete. Uma semana. Desculpa.

Mudando de assunto, diz que o espetáculo até correu bem. Diverti-me imenso, o ensaio geral, os preparativos, os stresses de camarins, de veste a correr, de ai que me falha o pulso para pôr o eyeliner.

Já tinha dançado antes mas não num espetáculo em que acompanhámos (e ajudámos) toda a produção. Amei o ambiente e saímos de lá todos mais amigos. Queremos outro!

A surpresa foi o Jedi Master ter aparecido por lá. Ao que parece subi as escadas mesmo ao lado dele. Não dei pelo moço. Nem sei como ele é!!

Mas se quiserem saber promenores das actuações, ele que se desbronque!

quinta-feira, junho 19, 2008

Em substituição do email anterior

E para quem diz que não quer jantar comigo mas sim ir ver-me dançar, poupo uma ida ao auditório:
Uma lata de leite condensado para quem adivinhar onde está a Alexandra!




domingo, junho 15, 2008

Admito

Sou normalissíma.

Pessoa em reconstrução - Pedimos desculpa pelo incómodo

Preocupar-me com o que os outros digam ou pensam.

Mesmo que sejam pessoas pelas quais tinha/tenho a maior consideração.

FUCK THEM.

Ansiedades

Faltam exactamente quinze dias.

A minha versão desastrada


Tenho a incrível capacidade de me maltratar nas alturas piores.

Basta acordar com a nuvenzinha cinzenta sobre a cabeça para ter medo de sair à rua.

Foi o que aconteceu.

No espaço de uma hora, bati com a cabeça no canto da mesinha de cabeceira ao levantar, parti duas unhas e queimei o pescoço todo com o secador.

Resultado: Um galo enorme e negro no lado esquerdo da testa, um dedo ensaguentado (foi mesmo no meio) e uma marca circular do cano do secador no pescoço, tipo ferro de gado.

Eram apenas oito da manhã e já me estava a ver a pisar o cócó do cão do vizinho ao sair de casa.

FODA-SE!

terça-feira, junho 10, 2008

Vamos fazer amigos entre os animais...

- Maria Alexandra, ainda tens a janela aberta com a luz acesa??

- Não! Já a fechei e desci a persiana! – Minto.

É um facto. Sou descuidada.

Não direi desleixada mas quando não tenho paciência, sou do contra. Especialmente com certo tipo de “recados”.

O que acontece quase sempre.

Estava a proporcionar um belo espetáculo aos vizinhos da frente.

Calma.

Segurem lá a imaginação fácil.

Não me estava a despir ou algo do género holliwodesco.

Quanto muito um pulito ou outro ao som da “Your song”, da banda sonora do “Moulin Rouge”.

Mas nada que fosse prender a atenção a algum mirone mais atento. Nada de pele à mostra ou movimentos sedutores. Era a “your song”.

O espetáculo foi mesmo o quarto todo à descoberta, dezenas de biquinis espalhados sobre os móveis e chão depois da decisão difícil que tive de tomar pela manhã.

Saio do quarto, fecho a porta, deixo a dita aberta com a luz acesa.

Só para contrariar.

Duas horas depois de ressonos no sofá, volto ao quarto.

Fecho a janela e corro a persiana (Não estavam à espera que fosse dormir assim, certo?).

Deito-me, aconchego os lençóis e abraço o ursinho, o único boneco que ainda mora no meu quarto e não no empoeirado sótão. Um urso de peluche castanho escuro da Ralph Lauren, oferecido pelo meu ex-namorado da faculdade.

Que ainda dorme comigo, não porque tenha saudades do finado, mas porque acabei por me afeiçoar ao escurinho e à falta de urso maior, adormeço agarrada a este.

Desejo-lhe as boas noites com um beijo sonoro, e semicerro as pálpebras, fitando o tecto.

Pisco os olhos três ou quatro vezes, foco a mancha escura no tecto e...

- Aaaaaaaaaaaaaahhhhhhh!

-Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhh!!!

Grito. Despejo os pulmões, abano o sininho da garganta, dou o máximo dos acordes pela goela.

Pulo da cama, saio a correr e fecho a porta com um estrondo.

-Aiiiiii...aaaaaiii...aaaiiii!!!

- Maria Alexandra, estás louca???? O que se passa???

(Havia acordado a casa e, mais tarde, constatei que o prédio também.)

- Tenho... Te...hic (soluço)...Tenho uma...ma.. osga...ga... no quarto!!!

- Ai, sim??? É bem feita!! Fechasses a janela! Agora aguenta-te.

As palavras finais do meu pai. Da minha mãe nem um pio pois, há bons anos atrás, esta senhora havia fechado à chave na cozinha a mulher a dias para que esta matasse à vassourada, intrusa rabuda semelhante.

Sim, a mulher a dias aos gritos na cozinha a dizer que se despedia e que ia chamar a polícia.

Nesse aspecto e quanto a esse ser, ganhei a coragem da minha mãe.

Tranquei a porta do quarto, desistindo de todo o MEU conforto.

Mal fechei os olhos no sofá da sala.

Acordei Quasimoda, e escrevo-vos agora, aqui, na minha secretária do escritório, olheirenta, sem maquilhagem, descabelada, elegantemente vestida com um fato de bombazina em pleno Junho, o mais fresco que consegui do armário do corredor.

Esperançada.

Que a Umi seja mais corajosa que a antiga Rosa e espanque, destrua, esquarteje violentamente a criatura à vassourada.


Que, quando chegar hoje a casa e abrir a porta do quarto, o único rasto da asquerosa que irei encontrar seja um muco gelatinoso esverdeado na parede no quarto e os restos mortais tenham sido diligentemente despejados sanita fora com um brilhante toque de autocolismo.

quinta-feira, junho 05, 2008

Se isto assim continua, vamos ter leite cinzento às colheradas

On 6/5/08, Alexandra wrote:

É assim,

O meu irmão daqui a pouco diz-me se conseguiu os bilhetes ou não.

Mas tem noção que se conseguir, o António Costa ou alguém do género não vai poder ir ao RiR!

Mais, isto é um favor que me vais dever para a vida, coisa para seres meu escravo por um mês!
:-))

L: LOL Muito querida.

Mas entretanto já consegui. E tanto me mexi que tenho dois VIPS e dois normais para despachar. Não sabes de quem queira os bilhetes?

Alexandra: dois normais, arranjas?

Lá se foi um dos meus escravos...

L: Arranjo dois normais sim. Se os venderes, fico a dever-te um mega favor, o que quiseres, tipo um jantar onde quiseres, ou isso.

Alexandra: looool Na boa. Tens noção que os vendes na porta por mais de € 100??

Epá, grande favor um jantar??? looooooool

Podes dar-me qdo? Hoje tenho um dia muito complicado. Posso ir ter contigo amanhã antes do trabalho?

L: Mas quantos queres? E a quanto?

Alexandra: Quero dois dos normais. A quanto vendes?

L: Quanto dás?

Alexandra: estás a gozar... Vais fazer negócio comigo???

L: Não são meus!!!!!!

Alexandra: E achas que vou pagar mais por bilhetes??? Só se fosse mesmo para mim. Tenho bilhete vip gratuito e passe para os camarins.

Era para uns amigos que se lembraram à última da hora, mas assim não quero.

L: Ahahahah calma!! Já sei que és a melhor do mundo.

Não e isso… É que o gajo que tem os bilhetes começou a vacilar por causa do que disseste de vender a porta... Só isso. Eu ia vendê-los por € 53,00!

Mas como disseste aquilo, o gajo quer vender à porta agora.

Alexandra: Sou a melhor do mundo porquê??? Não sejas totó.

Ele que os venda à porta. Pode ser que a policia o apanhe e assista ao RIR do TIC.

Alexandra: Polícia, muita polícia...

Tens pessoas com papéis a dizer que compram por € 100,00 e a polícia ao lado de olhos atentos!

L: Pois, também me lembrei disso.

Alexandra: Armada de metralhadora...

Também os pode colocar nos sites de leilões onde comprei o bilhete para os U2, mas... Ops... Já é tarde para isso!

O teu amigo é advogado?

Ele sabe varrer escadas ou virar hambúrgueres? Se for apanhado... :-D

L: Estas a ver ALex? É este tipo de merdas que não tem piada nenhuma. Pelo menos na minha óptica... Pode colocar no site dos leilões onde eu arranjei mas ops e tarde?? Mais valia estares calada, ou não?

Diz-me que sou só eu que não te acha piada nenhuma? Se for, prometo que faço um esforço para melhor o meu sentido de humor. Pateta...

domingo, junho 01, 2008

Leite Condensado Radiofónico


E tivemos programa.

Confesso que me foi estranho ouvir as minhas palavras neste registo.

Como opinativa número um, faria inúmeras sugestões, escolheria outras tantas escritas, recuperaria partes que foram obliteradas e omitiria outras.

Ficou um Leite Condensado menos provocativo. Um Leite Condensado mais açucarado. Levezito.

A selecção musical bem enquadrada.

De qualquer forma, tenho que agradecer à Rádio Comercial pelos momentos gloriosos de convivio e manifestações de carinho, por parte dos meus amigos, proporcionados à hora do jantar.

Nunca esquecerei tais momentos ternurentos.

Meiguinhos.

A começar pelas gargalhadas e piadinhas jocosas quando mencionaram o Sr. DRH.

A Sofes aos gritos. "A lasagna! O post da lasagna é que era!"

Mais gargalhadas.

Perante o meu rabiosque encolhido e mirrado de vergonha.

Coisa pouca.

Aguentei estoicamente o jantar.

De peito rijo e feito.

Isto é, refugiada debaixo da mesa, agarrada à garrafa de vinho tinto.

Debaixo da mesa, como uma lady, a emborcar em grandes goladas o precioso néctar, quando oiço " A Alexandra é uma heartbreaker."

Nova explosão de gargalhadas sonoras e lágrimas de tanto rir.

E não só.

Pois azares dos azares, tinha acabado de enfiar a garrafa na boca e enchido as bochechas com o líquido inebriante.

Que foi imediatamente expelido e espalhado pelos sapatos e calças de todos os que estavam sentados à mesa.

Vingando de encarnado sangue a minha honra beliscada. (Ora, tomem!)

Momento de regozijo de pouca dura.

Já que culminei esta noite magnífica agarrada a uma escova e ao super gel.

Quinze pares de calçado variado esfregados freneticamente, sob o olhar reprovador dos meus amigos.

Para não falar de terem anulado por completo a hipótese da profecia do post de 10 de Abril se vir a concretizar.

"Heartbreaker", pois.

Rádio Comercial,

Estão aqui, no fundito do meu coração!