sábado, junho 30, 2007

Happy Birthday to Gulodisse!

O Leite Condensado às Colheradas (actual formato) faz hoje um ano*. Yuuuupiiii! Festa!

Por isso, o governo resolveu decretar feriado nacional neste dia, a comemorar com pompa e circunstância.

Será também criado um novo subsídio de €2500,00 mensais (limpos de qualquer imposto) para sustentar a dedicação desta vossa adorada açucarólica.

Errrrrrr... Não????????????

MAS ANDAM A DORMIR OU QUÊ??????

*Leite Condensado às Colheradas versão diário que preexistias a este, deixas muitas saudades.

Sabia tão bem vir para aqui revelar todos os meus segredos e os dos outros, do mais cândido ao más pérfido, porque ninguém sabia quem eu sou. Podia mandar muita gente à m**** ou chamar à dita ou ao dito de elefante careca nojentinho desprovido de inteligência ou sensibilidade. Podia dizer que o meu passatempo favorito não é o desporto mas sim empanturrar-me de pão ou mandar cartas de amor anónimas para debaixo da porta da minha vizinha encalhada (OPS!!). Célia, brincadeira! Não fui eu!!!!

Aquilo é que eram tempos! Vai um dia, para me armar em boa, descaio-me com alguém e digo que tenho um blogue. Desde então, nenhum anormal descansou enquanto não o revelei aos amigos. Aquilo é que foi apagar... Um carregamento de Rotrings brancas das macias. O nojo de lixo de borrachas que a minha secretária ficou. Valeu-me um dia de castigo, a limpar o quarto e o resto da casa, que aquela porcaria espalhou-se e instalou-se em tudo o que era canto.

Ok, esta lenga-lenga toda para dizer, meu finado anterior Leite Condensado às Colheradas, que sinto muito a tua falta, todos os dias coloco um raminho de papoilas encarnadas na tua campa (Que queres? Aprende a produzir o resto!) e estou tentada a comprar um livro de bruxarias para te ressuscitar.

Faz um ano que morreste e eu tão arrependida do meu acto. Não! Não foi meu, o acto! Raio dos vírus que me deram cabo do blogue!! Sacanas! PJzinha, quietinha! QUIETINHA! Também há quem acredite que, tal como o Elvis, tu também estás vivo. Que sofreste apenas uma intervenção de cirurgia plástica e por isso estás côr-de-rosa, como a Lili. Má língua, esta gente! Já só falta virem dizer que todos os dias levo chocolates para o ginásio! Cospe neles!

Beijo, fofo!

quarta-feira, junho 27, 2007

Relógio biológico vs relógio fisiológico? They stand together!

0:30 a.m. Repasto: Sandes de presunto e queijo da Serra da Estrela da FIA, engolida a eito, seguida de entrada directa no mundo dos lençóis.

Ao terceiro ronco, já estava estendida na areia de uma praia deserta qualquer, náufraga a despertar para a realidade isolada. Ao meu lado, um Adónis desconhecido de cabelo escuro e olhos intensos demonstra preocupação com o meu estado.

O típico cliché de um naufrágio, numa ilha deserta com um bonzão. Bonzão moreno e musculado, letrado e de conversa sedutora. Logo, faíscas. Muitas faíscas. Este sonho promete! Venha ele, esfrego as mãos de contente.

“ Toc. Toc.” Um puto careca, de seus oito meses, bate no interior da minha barriga. – Tenho sede!

Absorvida pelo envolvente e saboroso enredo, ignoro.

“Toc. Toc.” - TENHO SEDE! – Secura na garganta, a língua é um coxo de cortiça ansioso pelo refresco do tintol. Assim ninguém avança... “Raios do puto inconveniente!”

Ensonada, levanto-me aos tropeções com os olhos colados pelas ramelas amareladas. Estico o braço, derrubo um frasco de perfume ("DOPE"!!!), acordando o prédio inteiro e os cães da vizinha do lado. Miraculosamente, não se parte (!!!) mas, entretanto, já dei uma valente joelhada no canto da mesa de cabeceira, deixando-me aos uivos, em competição com os canídeos esganiçados. Piso a escova de cabelo que deixei caída no chão, tropeço no calhamaço que me socorre nas insónias (Duplo "DOPE"!!!) e tombo com o rosto de encontro ao chão. A custo, movo o maxilar dorido e esfrego os olhos, limpando as ramelas. Lá dou de caras com a garrafa de água, que imediatamente despejo em “glups” guturais.

Cama. Boa, boa! Apanhei o fio à meada e estou, novamente, frente ao Adónis. Momento romântico. O crepitar da fogueira, o canto dos grilos e o barulho das ondas do mar como banda sonora. À nossa volta, chalet e spa, equipados com cozinha industrial e sofás de pele de mosquito, construídos a suor com pedaços de barbante, folhas de palmeira e restos do bolo da minha tia Bia (mistura potente já patenteada e vendida à NASA, como a substância mais dura e resistente do mundo).

Abraçados, envolvidos. A Alexandra a espetar os lábios de encontro aos carnudos do Adónis. O Adónis a espetar os lábios de encontro aos sensuais, bem desenhados e devidamente hidratados da Alexandra... vai...vai...

“Toc. Toc.”, outra vez o puto. – Xixi.

Ignoro. Atordoada, volto ao cenário paradisíaco. Espeto novamente os lábios.

“Toc. Toc.” - Xixi!

Ignoro. Já a espumar sem paciência, o moreno apetitoso cruza os braços de Popeye e atira o lábio inferior para fora, amuado.

- “Toc. Toc.” - XIXI!!! QUERO FAZER XIXI!

- Ó MEU CAB***ZINHO, DO CAR****! SE NAO TE CALAS JÁ, DAQUI A NADA ESTÁS A IR A BADAJOZ! AI ESTÁS, ESTÁS, MEU MERD***!

Azar do catano, ao menos o da Ally Mcbeal dançava com ela...

segunda-feira, junho 25, 2007

Lasagna Infernal

Numa daquelas saídas com os amigos, fui a um restaurante italiano que adoro.

Para não variar, peço uma lasagna e uma garrafa de água das pedras para facilitar a digestão do pitéu.

Jantarada do costume, tudo à conversa, já animados pelos copos de vinho.

Eis que que trazem o repasto. À minha frente, uma lasanha fervilhante e borbulhante exalava uma mescla de aromas apetecíveis e irresistíveis. Pego no parmesão e afogo umas boas colheradas por entre massas e sucos. A medo, ignoro o olhar aterrorizado e de reprovação do meu namorado.

Mal espero que arrefeça, devoro o festim em três tempos, com espalhafatosas engolidelas, um concerto ao vivo de “schhhhlerp”, “nham nham”, findado com um ruidoso e ostensivo arroto de aprovação.

Terminado o jantar, seguimos para os barzinhos do costume. No carro, sinto o prelúdio daquilo a que iria tornar a segunda guerra mundial numa festa de lambidelas entre cães bébés fofinhos.

- Querido, leva-me a casa... – A guerra havia sido declarada. Salvem as mulheres e as crianças!

- Hã? O que se passa?

- Errrr... É o meu estômago. Não me estou a sentir muito bem e preciso dos medicamentos. – Minto despudoradamente. Suores lívidos, já sem posição para estar.

- Mas... Estás bem? Vamos ao Hospital! – Declara, horrorizado com o meu rosto branco putrefato com verde nojo, escorrido em lágrimas de desespero. Liga os quatro piscas e carrega no acelerador.

- Não! Já te disse para me levares a casa! ACELERA MEU GRANDE PANHONHA! ACELERA! – Grito estericamente, já sem saber como aguentar os tambores, os misséis, as metralhadoras de última geração, as infantarias completas que belicavam no meu interior. O parmesão dava urros de vitória.

Cenário à filme. O carro a gingar a alta velocidade por entre automóveis descontentes. Grande travagem em frente à minha casa. Saio a correr soltando um “Já te digo qualquer coisa!”. Tropeço pelas escadas em busca do alívio da casa de banho.

Meia hora depois, após trezentos desesperados toques e mensagens do meu namorado, desço tranquila e serena, com um sorriso estampado no rosto.

- Já podemos ir, querido. Estaremos muito atrasados?

- Mas... mas... Estás bem? O que se passou???

Nunca soube, o infeliz. Agora, coitado, quando ler este post, vai perceber que a sua “ex-princesinha” também tem cólicas e faz pupu. Nunca mais irá olhar para mim da mesma forma, o desgraçado.

É assim, cara blogosfera, que se desfazem divas e mitos.

sexta-feira, junho 22, 2007

Wax on, right hand. Wax off, left hand

Cheguei há pouco da minha primeira aula de Capoeira.

Já andava a namorar a aula há algum tempo, pelo que hoje saí do step e troquei as massagens da piscina por uma aula “à macho”.

O professor, simpaticíssimo, explicou-me uma série de coisas quanto à origem, aos instrumentos musicais, filosofia, etc.

Começámos pelo gingar, base que apanhei logo lindamente, com ébrios elogios do mestre.

De seguida, passámos à execução de vários movimentos e golpes.

Alexandra seguia atenta e cuidadosamente os passos do seu mestre, qual pupila empenhada na busca dos gloriosos vinte valores. Exímia! Alexandra era meias-luas, meias-luas de compasso, Alexandra era queixadas, rabos-de-arraia, intercalados com vários esquivas e esquivas com rolê. Não poderia estar a correr melhor! Aliás, ia jurar ter visto até uma lágrimazinha sorrateira, no canto do olho do mestre, orgulhoso e ensoberbado com a sua nova e diligente aprendiz.

Repetimos várias vezes a execução dos golpes e esquivas até que o mestre considerou estarmos preparados para os pôr em prática a pares, como simulação de luta.

Verdadeiramente reencarnada na personagem de escrava guerreira de sangue africano, iniciei a ginga, tendo como oponente o mestre, que me ia dando indicações dos golpes e esquivas a executar. E eu já completamente embalada, por vezes um pouco atabalhoada, mas sempre com grande determinação, pelo que o professor resolveu puxar por mim.

- Agora tens que adivinhar quando e para onde deves esquivar-te e tentar atacar. Atenção! Se não te esquivares, ACERTO-TE! – Tremo o lábio inferior e concentro-me franzindo o sobrolho, táctica ancestral utilizada para intimidar o astuto adversário.

- Esquiva-te! Esquiva-te! ESQUI...

Vejo um pé direito a mim! Vejo a perna musculada a passar a cinco milímetros da minha vista!

Sem pensar, agaixo-me no chão, olho em frente e desfiro impiedosamente um murro certeiro e direitinho aos ditos, às partes baixas, sim, blogosfera... aos tomatitos do mestre.

Completamente atónito, o capoeirista cai ao chão, encolhido, agarrado aos doridos pertences, gemendo e chorando baixinho.

Apercebendo-me da asneira, e perante os bufos agonizantes do estrunfe desarmado, desencarno a guerreira escrava e adopto a formiga atómica. Pego na toalha e na garrafa de água e corro velozmente em direcção ao balneário. Estremosa, descanso os corações, certamente inquietos, gritando-lhes através da porta:

- Não se preocupem! Eu estou beeeeeeem!

Agora, pensem comigo: Séculos de aperfeiçoamento duma arte marcial perdidos num murro nos tomates...

Xana: 1 Arte secular da Capoeira: 0

quinta-feira, junho 21, 2007

Efemérides

O dia de hoje marca o princípio do Verão.

Já demos início às comemorações.

Infelizmente, o nosso convidado de honra, o Verão, apanhou um resfriado e está de gripe, pelo que não pode comparecer às mesmas.

Desejamos as suas rápidas melhoras para podermos passar de


a

quarta-feira, junho 20, 2007

Ser gulosa é... (1)

Colocar a taça de gelado no microondas para não ter que esperar pela digestão.

Complicómetro

Encontrei esta preciosidade no meio do livro de leitura da 2ª classe, enquanto fazia arrumações.
A sabedoria das crianças demonstra-se tão inestimável como a anciã. Neste caso, revela que as coisas até são simples. Nós, pós fase da adolescência, é que temos uma "ligeira" tendência para as complicar.

Imediatamente, recordo a minha reacção ao receber este papelarucho nas pequenas mãos sapudas.

Li a custo, gaguejando cada letra, e senti o sangue a acorrer-me à face, à velocidade da luz, acompanhado do incómodo formigueiro. Fugi, rindo baixinho, trancando-me na casa de banho do colégio, durante a tarde inteira. Perdi o recreio todo.

A realidade é dura, cara blogolândia...

Desde cedo revelei uma estupidez galopante e disforme.

segunda-feira, junho 18, 2007

Nature finds its way

*Imagem retirada daqui.

Levamos horas, dias, semanas, meses, anos dolorosos da nossa vida a tentar esquecer alguém, sem êxito.

Vivemos segundo a segundo de angústia, num esforço incomensurável para passarmos à frente. Nada feito. A possibilidade de isso nunca vir a acontecer esbofeteia-nos com a precisão do cuco do relógio de parede.

Criamos desculpas, culpamos as ausências, as distâncias, as oportunidades, os planetas desalinhados, a falta de disponibilidade. Queremos esquecer mas com a esperança à espreita.

De repente, no dia seguinte, sem termos feito nada de especial, reparamos que esse alguém deixou de o ser.

E nada do que se fez ou ficou para trás importa. Parabéns X.

Previsões desastrosas

Fez esta sexta-feira duas semanas que fui a um cartomante.

Já lá tinha ido. A catapulta de confirmações sucessivas e rigorosas das previsões do vidente revelou que o ancião é tudo menos um charlatão. Todavia, efeito inverso ao desejado. Nunca mais lá pus os pés. Isto de saber antecipadamente o que vai acontecer mete muito respeitinho e muita miúfa e as pernas varejam só de pensar em voltar a enfrentar aquelas palavras certeiras e inequívocas.

Ainda assim, estava na hora de renascer a Xana corajosa. A super-mulher que não admite um apalpão e corre atrás do atrevido para o esmurrar violentamente, a super-mulher que desafia os poderes do açúcar. Afinal, és uma mulher ou uma avestruz?

Inspirei fundo, espetei o peito para fora. As varas verdes a tremer. Comi o Nestum, retesei os bíceps, qual Chuck Norris a enfrentar cinco bandidos armados até aos dentes, munido apenas de um lenço côr-de-rosa de cetim, e lá voltei ao mundo esotérico.

Estava tudo a correr bem, as cartas espalhadas à minha frente a velocidade supersónica, até que o ancião esboça um sorriso.

- Tem aqui um período muito bom da sua vida. Entre 2008-2010 vai casar-se ou juntar-se e até surge a possibilidade de ter um filho.

Embalada na voz tranquila do vidente, tenho um soluço estrangulador e esbugalho os olhos de peixe morto.

- O QUÊ???? CASAR???? NÃOOOO!!!!!!!!!!!!!

Saí de lá a correr, sem pagar a consulta, rogando pragas ao dito.

A partir daí, mandei o S. Pedro para a reforma. Desconfio ser a responsável pelo dilúvio que assola o país. Para não correr riscos, apaguei todos os contactos masculinos do telemóvel e enterrei-o no fundo do quintal da casa no Alentejo, a quatro metros do chão, junto aos restos mortais do Tareco e do Pom-Pom, que descansem em paz.

Desde então, para evitar conhecer qualquer espécime que seja, barriquei-me debaixo da cama e recuso-me a atender a porta. Não vá o diabo tecê-las e enviar-me o dito marido sob a forma de estafeta da Telepizza ou vendedor do Círculo de Leitores.

Trouxe a lanterna, o p.c., a cassete da Jane Fonda e não saio daqui por nada. A minha mãe empurra-me as refeições cá para baixo com uma vassoura, que degluto ferverosamente, entre espasmos nervosos. As únicas notícias que a minha família tem de mim são as tijelas devolvidas com os ossos roídinhos até ao tutano, guardadas religiosamente com carinho e saudade.

Avestruz? Pior... Pior...

quinta-feira, junho 14, 2007

Provocações*

Quais subir os Himalaias, tomar atitudes ousadas ou nadar com os tubarões.

"Living on the edge" é dizer que se simpatiza com o Cláudio Ramos e a Merche Romero!

Isso sim é ser radical, desafiar os limites...

*Em especial para o Jorge e para todos os que , durante esta semana, se lembraram destes dois .

quarta-feira, junho 13, 2007

Rebanhos

A menina Tita passou-me um "meme". Não a espécie lãzuda, como alvitrou a Picas.

"meme é um «gene cultural» que envolve algum conhecimento que passas a outros contemporâneos ou aos teus descendentes. Os memes podem ser ideias ou partes de ideias, línguas, sons, desenhos, capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade autónoma."

Definição Wikipédia aqui.

Que responsabilidade! Tanta informação, tanto conhecimento que tenho para passar a esta blogolândia... Meu Deus, que escolher?

Cá vai...

(Tambores)

Não comas leite condensado com os dedos que ainda te cortas na lata.

Ok, ok... Antes de reclamarem, fica este.

Utilizar mesmo nas condições mais adversas (Se bem que com o outro evitam trabalhos maiores, sangue a escorrer pelo lava-loiça, idas ao hospital, pontos, pensos, àgua oxigenada e nojeira de sangue pela cozinha, qual cenário do Psico...).

Agora, desculpem lá, não vou nomear ninguém. Quem quiser continuar o desafio que continue, que isso de passar, transmitir, propaguear é obra de doenças. Blerghhhh!

Momentos altos da noite

  • Não caí.
  • Bola de berlim gigante e açúcar por todo o lado (Por pouco, a mulher dos bolos julgou que ia ser assaltada por um diabo da Tasmânia.).
  • Aprendi a identificar um metrossexual a cair de bêbado. Quando ele diz "Ai como eu namorava uma 'senhora' (Bêbado! A roçar para o coma alcoólico. Quase às portas do hospital.) vestida de verde com o cabelo 'esticado' (Note-se que não disse liso. Só um metrossexual ou um gay para saberem a diferença. Como o gosto de vestir era pouco apurado... metro, só pode.)!

  • Entrar no táxi e perguntar "Por acaso, o senhor tem casa de banho?"

Campanha pela beleza real: quando a Dove resulta mesmo

És mulher? Tens a auto-estima baixa? Olhas-te ao espelho e consideras-te um patinho feio? Sentes-te ignorada? Deprimiste a tua psiquiatra? Queres sentir-te bela e desejada?

Larga já esses Xanaxs, Prozacs ou a Herbalife! Manda os tipos do Holmes Place darem uma volta e faz um manguito à Corporación Dermoestética. Troca os exercícios de abdominais e as bases da L'oréal por batidos de banana e chocolate e a poluição da 2ª circular. Esquece o Dulcolax.

Temos a solução ideal para ti*. Sem esforços, privações e com resultados imediatos, depressa renascerá uma mulher atractiva, resplandecente e confiante.

Basta saíres à rua na noite dos Santos Populares. Sobretudo lá para os lados de Alfama, Castelo, o percurso turístico da praxe.

"E porquê?", perguntas tu.

Fácil.

1.º - Está escuro. Para eles, és a encarnação portuguesa da Gisele Bündchen e far-te-ão saber disso.

2.º -Eles estão bêbados. Muito bêbados. Mesmo nos espaços mais iluminados, estás safa. Para o sexo masculino, irradias beleza e inteligência sobrenaturais. Ainda que, na realidade, te pareças com um coto, acabado de ser esmurrado à porta do talho, após ter sido despedaçado por uma armadilha para ursos, e utilizes "gostastes" no teu vocabulário.

3.º - É dia de loucuras, de desinibições. É o dia em que eles dançam, cantam e gritam pelo amor da sua vida aos céus. Com o aval do S. António! Portanto, se a loucura for meter-se com uma tipa assustadora... seja!


*Resultados comprovados em 99% das mulheres que por lá passaram por ontem. Não peçam mais. O 1% que fica de fora devia ser mesmo um grande trambolho...

segunda-feira, junho 11, 2007

E quando um passeio pela Fnac

Nos transporta para os anos de estagiária, em que a grupeta de estagiários se debatia para descobrir quem era o "Javali da sps"...

Esperas e risadas à porta da casa de banho... Rendez vous clandestinos à hora do almoço que deixavam rastos de aroma a chouriço pelo ar, olhares cúmplices, acusações sem fundo, alcunhas discorridas nos messengers jurássicos... Interrompidos apenas por um "Red alert, Dra., afirmativo! Sai já on the rocks!", lançado pelo estafeta ou por um "Sérgio, já te disse que cuidas da menina!" enraivecidamente soltado pela secretária do inferno da alta voz.

Nota à TVI: Com enredos destes, estão à espera do quê para me contactar?

Mulheres, homens e teorias

Já dizia a minha amiga Mónica, a melhor arma que uma mulher pode ter face a um homem não é o peito firme, ou o rabo sinuoso, nem mesmo o sorriso encantador. A melhor arma é o choro.

A Mónica estagiava no mesmo escritório que eu. Tinha responsabilidades e uma mulherzinha que a chefiava, cujas preocupações eram bem mais mundanas que o trabalho e o seu sucesso. Semana sim, semana sim, a megera enfeitada acordava da vida cor-de-rosa, deparava-se com a estagiária labutante e via o seu lugar de sócia "competente" ameaçado. Perdida no estado dos processos, a minorca imputava-lhe culpas só suas, inventava situações, revelava a todos uma personagem estagiária deveras irresponsável.

A Mónica, lá aguentava, umas vezes firme e hirta, outras a fugir para a casa-de-banho ou para o vão das escadas, num pranto inconsolável.

Certo dia, o meu patrono chamou-a, para mais uma vez a confrontar com as acusações da megera pinypon. Esgotada, treme o lábio, pestaneja os olhos brilhantes e solta o maior dilúvio já visto, digno de provocar monções e inundações por esse mundo fora. Nesse dia, ler-se-ia no boletim meteorologico: Mónica mete S. Pedro a um canto, os Londrinos sentem-se em casa.

Aquilo é que foi um homem atrapalhado. Era o Manel tremeliques a levar as mãos à cabeça, o Manel tremeliques a desfazer-se em "cleanexes", festas e confortos. Imbutido no espírito másculo protector da donzela “in distress”, percorreu todos os processos e diligências da miúda. Descobriu a falcatrua da megera e deu-lhe uma reprimenda pública. Finalmente, para espanto de todos, deu férias extra à estagiária desconsolada, abrindo os cordões à bolsa, normalmente fechada a cadeado, envolvida em correntes e cintos de castidade.

Sexta-feira, de regresso do ginásio, rumo a casa. Jipe no alentejo. O metro atrasa-se, perco o autocarro e vejo o tempo para me arranjar para sair a esfumar-se. Chego a casa desesperada. Qual lâmpada luminosa a anunciar-se com um “tlim” sob o meu cocuruto, recordo-me da Mónica. Fungo o nariz e dirijo-me ao meu pai sempre solícito.

- Chuif... chuif! Pai, hoje tive um dia tão complicado... Corre-me tudo mal! Perdi o autocarro e não tenho tempo de ir buscar as calças à lavandaria. Chuif, chuif... Eu que queria tanto sair com aquelas calças... Estou sem carro... vou levar séculos! Chuif... buáá... – as lágrimas gordas escorregam-me pela face desgostosa.

- Ó Maria Alexandra, por favor! Tanta coisa naquele armário que já rebenta com as costuras! Veste outra coisa!

- Mas, pai... – encolho-me qual formiguinha Mónica, criatura frágil e carente de mimos e consolo, esfrego os olhos afogados nas lágrimas e afino a goela chorona.

- Qual mas pai! Sê adulta! - Encerra o progenitor, com voz firme e irrebatível.

Diminuida a playmobil, qual Alexandra engole abruptamente o comprimido do Pai Natal para descer a chaminé, retiro-me rastejando para a toca do quarto, derrotada. Mais uma bela teoria pelo cano abaixo.

domingo, junho 10, 2007

Batatas quentes

Alarvezinhos das curiosidades e vidas alheias, olhares inquietos que atravessam as fechaduras das portas,

Em resposta à Picas, aqui fica a lista das minhas últimas cinco leituras. Knock yourself out!

- Código das Sociedades Comerciais;
- Stress no Local de Trabalho: Como Provocá-lo, de Howard Edwards;
- Droit des Assurances, de Yvonne Lambert-Faivre;
- Sociedades Comerciais, de António Pereira de Almeida;
- Show Disney N.º 72.

Ok, ok, vamos lá espreitar antes a mesa de cabeceira...

- As Melhores Receitas com Leite Condensado, de V.A (sonhos psicadélicos garantidos);
- Sexo para Gente Ocupada, de Emily Dubberley (Oferecido pela minha mãe, se bem que ainda não percebi bem porquê...);
- Aprender a Bordar, de V.A;
- 8 Regras Simples Para Namorar com a Minha Filha e Outros Conselhos de um Pai Sitiado, de W. Bruce Cameron;
- Dicas para Enriquecer com o seu Piriquito.
Batatas quentes para: Tita, Maria Strüder, Maria Ostra, Curiosa e RP.

terça-feira, junho 05, 2007

A partir de agora, tratem-me por "Alexandra, A Avestruz"

O sol quase posto. Os pés ritmados contra a terra batida. A brisa morna no rosto.

Para os lados da mata, lá sigo eu, embalada na música, tentando bater os recordes do Obikwelu, versão moderna Rosa Mota cuidada e depilada.

Os campos abertos esfumam-se ao fundo, entro no labirinto de árvores. A folhagem escura das copas move-se lentamente, num marear, ondas suaves ao som do entardecer. Desvanecem-se os campos, os jogadores, as pessoas.

Demasiado embalada, dei por mim a fazer o costume. Lá, lá, lá e já corro de uma forma estranha. Olho ao meu redor, vejo ninguém, e asas para a liberdade! De uma corrida estranha, aos passos de dança improvisados é um instantinho. Dança contemporânea meets Hip Hop.

Adeus, Obikwelu. “Hello”, Fred Astaire!

Embaladíssima, piruetas, contratempos, voltas e meia, arqueia aqui, balança ali. Qual corrida, qual carapuça! Já estava sozinha no meu quarto, com a música a invadir-me o cérebro. “The usual”.

Embaladíssima. Quando me viro de costas e vejo um PELOTÃO de corredores, agarrados à barriga de tanto rir.

Primeiros quatro minutos D.V. (Depois da Vergonha): Sorriso amarelo, acompanhado de gaguez compulsiva.

Quinto e sexto minuto D.V.: Acordo para a vida, tento disfarçar. Finjo alongamentos. Atrapalho-me no fio do mp3 e emaranho-me qual almôndega sofocada pelo esparguete.

Sétimo e seguintes minutos D.V.: Ignoro as silvas e os espinhos, mergulho sofregamente no arbusto mais próximo. Cubro a cabeça com as mãos e gemo baixinho, rezando para que todos se vão embora.

domingo, junho 03, 2007

Alvíssaras

A pedido da Ana, aqui ficam as alvíssaras para todos os que atenderam ao meu pedido.

Trata-se de uma gulodísse que adoro desde que me conheço e muito fácil (mas mesmo muito fácil) de confeccionar.

Gelado de morango

Ingredientes

1 lata de leite condensado pequena;

1 kg de morangos.

Lavem e retirem os pés aos morangos, triturem e juntem ao leite condensado, misturando bem.

Distribuam o preparado em cuvetes de gelo. Levem ao congelador. Depois de gelado, retirem das cuvetes e sirvam com palitos de madeira.

(Tãooooo dífícil...)

P.S.1 - Este gelado não é cremoso, uma vez que não leva natas ou iogurtes, mas ganha muito no sabor. Se não quiserem que solidifique muito, não o deixem muito tempo no congelador.

P.S.2 - Pode ser preparado com outro tipo de fruta, mas com morangos é tão bommmmm...

P.S.3 - O preparado também acompanha muito bem crepes e outros doces. Fiz receita dupla na 6ª-feira e já desapareceu quase todo...

Boas colheradas!