O sol quase posto. Os pés ritmados contra a terra batida. A brisa morna no rosto.
Para os lados da mata, lá sigo eu, embalada na música, tentando bater os recordes do Obikwelu, versão moderna Rosa Mota cuidada e depilada.
Os campos abertos esfumam-se ao fundo, entro no labirinto de árvores. A folhagem escura das copas move-se lentamente, num marear, ondas suaves ao som do entardecer. Desvanecem-se os campos, os jogadores, as pessoas.
Demasiado embalada, dei por mim a fazer o costume. Lá, lá, lá e já corro de uma forma estranha. Olho ao meu redor, vejo ninguém, e asas para a liberdade! De uma corrida estranha, aos passos de dança improvisados é um instantinho. Dança contemporânea meets Hip Hop.
Adeus, Obikwelu. “Hello”, Fred Astaire!
Embaladíssima, piruetas, contratempos, voltas e meia, arqueia aqui, balança ali. Qual corrida, qual carapuça! Já estava sozinha no meu quarto, com a música a invadir-me o cérebro. “The usual”.
Embaladíssima. Quando me viro de costas e vejo um PELOTÃO de corredores, agarrados à barriga de tanto rir.
Primeiros quatro minutos D.V. (Depois da Vergonha): Sorriso amarelo, acompanhado de gaguez compulsiva.
Quinto e sexto minuto D.V.: Acordo para a vida, tento disfarçar. Finjo alongamentos. Atrapalho-me no fio do mp3 e emaranho-me qual almôndega sofocada pelo esparguete.
Sétimo e seguintes minutos D.V.: Ignoro as silvas e os espinhos, mergulho sofregamente no arbusto mais próximo. Cubro a cabeça com as mãos e gemo baixinho, rezando para que todos se vão embora.
Para os lados da mata, lá sigo eu, embalada na música, tentando bater os recordes do Obikwelu, versão moderna Rosa Mota cuidada e depilada.
Os campos abertos esfumam-se ao fundo, entro no labirinto de árvores. A folhagem escura das copas move-se lentamente, num marear, ondas suaves ao som do entardecer. Desvanecem-se os campos, os jogadores, as pessoas.
Demasiado embalada, dei por mim a fazer o costume. Lá, lá, lá e já corro de uma forma estranha. Olho ao meu redor, vejo ninguém, e asas para a liberdade! De uma corrida estranha, aos passos de dança improvisados é um instantinho. Dança contemporânea meets Hip Hop.
Adeus, Obikwelu. “Hello”, Fred Astaire!
Embaladíssima, piruetas, contratempos, voltas e meia, arqueia aqui, balança ali. Qual corrida, qual carapuça! Já estava sozinha no meu quarto, com a música a invadir-me o cérebro. “The usual”.
Embaladíssima. Quando me viro de costas e vejo um PELOTÃO de corredores, agarrados à barriga de tanto rir.
Primeiros quatro minutos D.V. (Depois da Vergonha): Sorriso amarelo, acompanhado de gaguez compulsiva.
Quinto e sexto minuto D.V.: Acordo para a vida, tento disfarçar. Finjo alongamentos. Atrapalho-me no fio do mp3 e emaranho-me qual almôndega sofocada pelo esparguete.
Sétimo e seguintes minutos D.V.: Ignoro as silvas e os espinhos, mergulho sofregamente no arbusto mais próximo. Cubro a cabeça com as mãos e gemo baixinho, rezando para que todos se vão embora.
18 comentários:
:D
Epá, queres companhia?
Parece-me bem! Mais valem duas do que uma avestruz...
Só rir... mas acho que devias ser um pouco mais benevolente contigo própria e pedias à malta para te tratar por Ema...(pt.wikipedia.org/wiki/Ema)ia dar ao mesmo e custava menos a escrever :P Agora a sério... o pelotão que ia atrás de ti queria era dar largas ao movimento de ancas pá... só inveja... só inveja lol
Adoro uma boa humilhaçãozinha.
Agora há um corneto de leite creme... qualquer dia inventam um de leite condensado... isso é que era...
LOLOLOLOL !
Terá sido do gelado de morango ?
Este relato pareceu-me o Blair Witch...
;)
Manda-os dar uma volta e solta a franga, digo avestruz, quando te apetecer. Eu canto e falo sózinha no carro rio, choro o que me apetece que o carro é meu... imagina os pobres que se cruzam comigo no trânsito...
Tita
Pedro,
A ema é a sósia da avestruz, mas o ditado não se lembrou dela!
Acho que deram mais largas ao movimento de queixo. Mas, graças a mim, tiveram uma sessão de abdominais para não esquecer. Muitos não aguentaram, sucumbindo com o esforço...
Jorge,
Foi a pensar em ti.
Marsupilami,
Até lá tens o doce de leite da Hägen Daz!
Tavguinu,
A presença de açúcar no meu sangue provoca efeitos "curiosos".
Xá-das-5,
Garanto-te que a minha dança não é nada assustadora!
Tita,
Soltar a avestruz é muito à frente!
Também tenho essas manias de fazer isso no carro... e na rua... Pena que o estádio não seja meu!
Desafio na minha estação...
Esquece os animais.Uma pergunta!Já te disseram que dás a volta a um gajo,facilmente?
Não me esqueci, Picas!
Zetrolha,
Esqueço os animais?????
Já. Sobretudo o estômago.
Olá, entrei pelo leite condensado..por coincidencia estou a comer às colheradas o meu!Ainda a ler o teu blog...bjjj
Ahahahah! Tb já me aconteceu estar parada no trânsito a cantar e com a mão em punho a fazer de microfone e olhar para o lado e ver uma carrinha daquelas das obras cheia de homens às gargalhadas às minhas custas. Portanto, isso não é grave! :-D
Não fiques assim, avestruz, uma vez estava eu embalado em cima dum carrinho de compras, a tentar evitar os carros, e vejo um ar reprovador. Era um director da minha empresa...
Quem Tecla,
Já estou a salivar...
Kitty,
Cantar, só no chuveiro e em playback...
Rafeiro Perfumado,
Acho que vou abrir a rubrica "Histórias embaraçosas com chefes e clientes - um testemunho real"!
Genial!
Já li o post várias vezes e ainda não consegui parar de rir só de imaginar a cena!
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