Depois leio isto e percebo que há muito estou rendida, enfeitiçada, enamorada.
Fantástica Mónica Marques que me tenta, tenta e tenta...
Depois leio isto e percebo que há muito estou rendida, enfeitiçada, enamorada.
Fantástica Mónica Marques que me tenta, tenta e tenta...
Foi preciso estar na brincadeira e mexer com as definições do web referer para perceber que afinal o mesmo estava limitado a mostrar quinze referências ao blogue.
Tal foi o meu espanto ao verificar que as mesmas ascendem as noventa e cinco! Não fazia ideia. Tanta gente.
Tanta gente a referenciar calinadas, gralhas, erros ortográficos e, sobretudo, muita, muita parvoíce.
Estou babada convosco.
Nota: Sei que tenho os seguidores para me orientar mas, ao invés do IExplorer, uso o Opera, programa que ocupa muito menos espaço. Todavia, ultimamente, o Opera não me mostra esse quadro, logo, estou às escuras. Tal como no Facebook não mostra os amigos a presentear no Farmville e depois é uma chatice para distribuir porcos, ovelhas, vacas e àrvores de fruto. Só eu sei o que sofro e a ginástica que faço para manter os meus vizinhos felizes e satisfeitos.
Lá por o professor de ioga ser giro que se farta, com daquelas tatuagens japonesas que adoro pelas pernas acima, não quer dizer que tenha que me esforçar assim tanto, flexibilidade aqui, estica e força ali, invertida acolá.
Já agora, também não quer dizer que o tenha que fazer depois de hora e meia de treino.
O dia seguinte é o maior "Eu bem te avisei." que existe.
Escrever num blogue pode ser uma arma poderosa.
Sobretudo, contra aqueles que nos conhecem e o seguem, lêm-no de uma ponta à outra, a fim de dissecar todo o nosso coeficiente emocional, mas que são incapazes de dizer "Olá, como estás? Sim, procuro saber de ti."
Por muito que nos custe essa exposição e entrega unilateral, podemos sempre manipular todo o resultado que chega ao receptor.
Podemos gritar ao mundo "Eu estou fantástica!" e levar o outro a entender que estamos nem aí para o drama que nos criou, ou que temos uma vida espevitada ou ainda, pura e simplesmente, ganhámos o prémio na rifa do Santo António.
Inversamente, podemos chorar as mágoas da novela das oito, como se nos importasse tanto, tanto, como a àgua que necessitamos, tudo e mais qualquer coisa, a sua ausência, as palavras que nos feriram, a crise que nos empobrece.
Desta forma, manipulamos o resultado e, por consequência, a percepção do lado de lá. Sem que se apercebam. Tão calculistas que somos.
Não se deixem ludibriar.
Trata-se de uma guerra desigual.
Qualquer que seja (estes ou qualquer outro) o ardil utilizado, conscientemente, sim, conscientemente, saímos sempre a perder.
Sabemos que essa pessoa está lá, fazemos chegar o resultado que entendemos. E depois?
Depois? Depois, nunca ouvimos um "Olá, como vais? Olá, estou aqui."
Não largamos a unilateralidade.
Eu acabei de ter essa sensação.*
*Maldito sitemeter.
Basta uma mulher andar um pouco murcha, um pouco sentimentalmente desiludida ou desanimada para receber inúmeros convites para jantar ou os "amigos homens" entenderem desenrolar conversas de piaditas de cariz sexual. Só brincadeiras, ressalvam sempre.
Não percebo mesmo e muito menos onde querem chegar.
Sou tão ingénua.
Tudo para se resumir nisto.
Percebo ainda que se enamore pelos encantadores textos que para aqui cuspo com a mestria de quem serra uma cabaça de abóbora, convencido que está a lidar com um violino.
Textos que me descrevem como uma princesa flawless, adorável e não menos atraente.
Percebo que muito tenha sonhado, comigo, de mãos dadas, os dois a passear por aquelas calles repletas de salero.
Mas desengane-se.
Você não vai comigo a lado nenhum.
Muito menos irá depenicar beijos nesta saudável boquita. Ou largar palmadas de reconhecimento no rijo rabito.
E aqui entre nós, na verdade, sou um marmanjo de muitos quilos para além dos cem, com sessenta e alguns anos vividos, que se entretém, com a devida pontaria, a arrotar pevides de melância e coçar o rabo entre a publicação dos posts.
Não queremos, pois não?
Bem me parecia.
Beijinho.
Quer dizer, abraço. À homem.
Espojada no sofá, com um pano da loiça no colo para amparar as migalhas, deliciava-me com uma enorme fatia de pão alentejano barrada com goiabada, enquanto dividia a atenção entre o filme e o pão com doce.
- Ó Xana! - Voz da minha mãe.
- Ó Xaaaanaaa!
- Que é? - Esforço-me para suster as migalhas.
- Anda cá! Anda cá depressa!
Nisto, e aflita que sou com a saúde e tudo o que gira à volta da minha mãe, dou um pulo do sofá, largo tudo pelo chão, a boca cheia de pão, quase que me engasgo e engulo tudo a duro, em dois tempos estou na cozinha.
- O que foi? O que foi?
- O Reggae... - Replica chorosa e inconsolável. - O Reggae... Esqueci-me que estava solto e abri a janela. Está aberta há mais de uma hora. Agora, quando dei conta estava ele no parapeito e voou lá para fora.
- O QUÊ? TU o QUÊ? - Lanço-me para a janela.
- REGGAE? REEEEEEGGAEEEE? Ó REEEEEGGAEEEEEEEEEEEYYYYYY? - Chamo entre lágrimas.
Nem vê-lo.
Entretanto, todos os vizinhos, que não foram de férias e se encontravam em casa, assomaram-se à janela, alertados pelo meu desespero.
- REGGAEEEEEEEE? REGGAEEEEEEEEEYYYYY?
- Reeeggaeeeyyyyy... Chuif... O meu Reggaeeeeey... Coitadinho, nem sabe a que janela do prédio regressar... Chuif... Ainda vai contra um vidro a tentar voltar para casa... - E lanço-me num pranto.
Eu e a minha mãe, agarradas uma à outra, desesperadas a chorar.
- REEEEEEEGGAEEEEEYYYYYYY? Estás a ouviiiir? Anda cááááá! Vai já para casa! - Tento uma última vez antes de me render às evidências de que nunca mais poria os olhos no meu penudo.
E dito isto, num pulito rápido, o sacana do bicho entra pela janela, salta do parapeito directamente para dentro da gaiola e encolhe-se no galho mais escondido da dita, tremelicoso.
Fechada a janela, ainda o tentei tirar da gaiola para lhe dar mimo, mas sem sucesso. Não arredou pé do canto.
Posto isto, entendi não ser necessária a aplicação de castigo a ninguém.
A minha mãe tão cedo não abre uma janela lá em casa. Ainda ontem grelhou peixe e "esqueceu-se" que o exaustor só por si não dá.
Por conseguinte, prevejo que a sua próxima peripécia seja um incêndio na cozinha.
O Reggae tão cedo não fica curioso em sair.
Não sei que susto apanhou o penudo lá fora mas aquelas andorinhas que habitam na parte superior da janela do meu quarto sempre me pareceram umas verdadeiras bullies do ar.
Voavam a rasar a janela, como quem procura comida, mas na verdade desafiavam-me o bicho que corria de um lado para o outro, doido, ao avistá-las.
Nunca me enganaram, as parvas. Devem ter-lhe feito a bonita.
Além disso, revelei-me uma óptima educadora. O Reggae obedece aos meus comandos tanto dentro como fora de casa.
Próximo passo: Arranjar um cão.
Acabei de receber uma caixa recheada destas maravilhas, com um convite para jantar em Barcelona.
Definitivamente, tenho de deixar de dormir com um bloco de notas e esferográfica ao lado, para apontar coisas que me lembro durante a noite.
Hoje, amanheci com os seguintes rabiscos:
"Não entres no avião do lado pois não há arroz doce e todos estão muito longe. As cuecas são cor-de-laranja. Pelo caminho, comprar detergente."
Espera-me uma tarde interessante a tentar decifrar isto.
Compreendo que isto da gripe generalizada não esteja a ser fácil, ainda para mais em plena época balnear e de descanso.
Contudo, não fosse chegar a casa e encontrar a mesa da cozinha pejada de frascos de doce de tomate ainda morno, mal saído da panela, estaria a ponto de cortar relações de vez e engrossar as fileiras de quem afirma que estás de costas voltadas e não estás nem aí.
Na verdade, não tens estado muito presente não. Logo agora que ando tão bem comportadinha. E mais adulta, iada, iada. Tu sabes.
Mas o doce de tomate abriu-me os sentidos, melhor, as recordações e a ternura de três gerações religiosamente à volta da panela, do açúcar, dos paus de canela, entre sorrisos e explicações. Que doces eram os olhos da minha avó, tão doces quanto o doce de tomate. Tão doces deveriam ter estado os da minha mãe esta tarde. Que pena não ter partilhado o momento.
Essas gerações já não se reunem mas o doce é prova viva da sua terna existência. Dos anos que somo, todos eles povoados de doce confeccionado no final do verão. Da história de uma família, de todos os momentos únicos e convívio que proporcionou.
Obrigada.
P.S. - Juro que nem vou reclamar dos três ou quatro quilos que ganharei quando despachar tudo aquilo. You made my day.
E publico tudo no blogue.
Aumento brutalmente as visitas, fico famosa e vendo os direitos a um canal mexicano.
Que fazer?
A dúvida, a dúvida...
E que me confirme que há muito saí do liceu.
Emails de mulheres a pedir justificações sobre o ex/actual/sei lá-o raio-que-os-parta não quero ter nada a ver com isso?
A que propósito?
A sério!
E o que se segue?
Esperas à porta do trabalho?
Juro que ainda não caí em mim.
Inexplicavelmente, aposto que sou a única com uma incomensurável vergonha disto tudo.
E há quem troque uma semana de férias por três diazitos em Barcelona.
Para matar saudades das minhas calles favoritas.
Da última vez que lá fui, ia de férias uma semana e fiquei três meses a trabalhar.
Vamos ver.
Diga-se de passagem que não era NADA disto que pretendia.
Começo com grandes ideias e acabo sempre por fazer coisas bonitinhas, fofinhas e, acrescente-se, pirosíssimas.
Não há chá.
Por ora, fica que quero ir de fim-de-semana e não há mais pachorra para html.
Não me parece que dure mais de uma semana, daqui a dois dias estarei a vomitar tanto açúcar e a substitui-lo por um hot tamale.
Tipo o protagonista da novela mexicana do momento que não é nada de se deitar fora.
Isso, ou terei o espírito da Celia Cruz a infernizar-me os pés-de-salsa. Azucar!
Queria mesmo um designer gráfico, decorador informático ou lá o que se chama, um daqueles simpáticos entendidos em informática e design, com bom gosto e que percebessem a visão do cliente. Um que fizesse e desfizesse os templates do blogue conforme me apetecesse carne, peixe ou tofu. Paella é que não.
Agora que falo nisso, ainda não almocei. Provavelmente, lá irei ao sushi arrumado nas prateleiras do Go Natural. Pronto. Adeuzinho.
Ah! Entretanto, dizem que faz muito calor.
Sinceramente, acho esta gente toda muito exagerada. Está simpático. Agradável. Os ossos agradecem. Ainda tenho as mazelas de tanto bater o dente no inverno malfadado. Assim, é tão bom!
Fora de pragas vossas, calculo que seja a única criatura ainda a dormir enrolada num edredon. São todos umas florzitas de estufa, é o que vos digo. Iada, iada.
Bem, sushi.
Hasta.
Que a advocacia e a dança caminham de mãos dadas.
Para os menos crentes, é verdade. Todos nós saltamos da cama com esta música, de peito feito, com a sensação do dever a cumprir.*
*Pelo menos, foi o que fiz hoje.
Pois, eu hoje sinto-me assim.*
*Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. Isso ou pizza, fondants e trufas de chocolate, rissóis de camarão, emoções e vodka a mais.
Até à próxima (Começos, fins, descobertas, saudade, risos, lições, amizades, experiências, sentidos, amor, livros, mapas, caminhos, novidade, conhecer, reviver, matar saudades/fome/curiosidade/desejo/cansaço/rotina, boa-viagem... e o que fica?).
E regresso ao Wellness.
Pelo menos, durante este mês de Agosto em que a academia deixa as aulas regulares.
Estou espectante com o meu regresso.
Mal vislumbro a reacção dos muitos que por lá deixei há um ano atrás.
Do meu clube de fãs.
Do Griffes.
Do Paulo Pires nem por isso, pois o destino é ardiloso e o senhor mora nada mais nada menos que ao lado da academia.
Pensando melhor, e na sapiência dos trinta, parece-me sensato dar nova oportunidade ao Griffes.
O rapaz (homem, muito homem) é simpático. Muito educado.
Tem um bom emprego, iniciativa empresarial (e outras que me escuso de descrever), viaja para muitos dos meus sítios preferidos.
Mora num sítio lindo, para lá de Sesimbra (é tudo quanto digo mas é terra de queijo famoso), com jardim com vista para o mar.
Já referi que é educado? Bastante. Tem um corpo de invejar a muitos.
Trata-me como uma verdadeira senhora/menina, com a ternura e delicadeza necessária.
Ok, é um pouco persistente. Pronto, chato. Melga até mas, nos tempos que correm, homens são escassos e, se eles grudam por iniciativa própria, há que aproveitar. Menos esforço e cansaço para nós.
Os piercings.... Bem, os piercings vão e vêm. O senhor até percebe de moda, sobretudo italiana (e ir a Milão fazer compras é tão bom), logo, logo, verá que existem adornos mais lisonjeiros.
Se ele não come açúcar, quem sabe se não é desta que renego esta minha origem mestiça e me torno numa boazuda assumida. Talvez o açúcar seja um prazer substituível, já me vejo em maratonas nocturnas.
Por outro lado, despedaçarei o coração do meu professor de dança, recuperarei os músculos perdidos com o ganho da flexibilidade (desta feita, adeus flexibilidade, olá Xena a princesa guerreira), e assim vos asseguro que serei um osso ainda maior de roer (Quem diz osso, claramente diz carne.).
Sim, pesos, aqui vou eu.
Definitivamente, amanhã necessitarei de uma ambulância para me deslocar ao trabalho.
Muitos corações irão palpitar esta noite.
Amanhã conto tudo.