Compreendo que isto da gripe generalizada não esteja a ser fácil, ainda para mais em plena época balnear e de descanso.
Contudo, não fosse chegar a casa e encontrar a mesa da cozinha pejada de frascos de doce de tomate ainda morno, mal saído da panela, estaria a ponto de cortar relações de vez e engrossar as fileiras de quem afirma que estás de costas voltadas e não estás nem aí.
Na verdade, não tens estado muito presente não. Logo agora que ando tão bem comportadinha. E mais adulta, iada, iada. Tu sabes.
Mas o doce de tomate abriu-me os sentidos, melhor, as recordações e a ternura de três gerações religiosamente à volta da panela, do açúcar, dos paus de canela, entre sorrisos e explicações. Que doces eram os olhos da minha avó, tão doces quanto o doce de tomate. Tão doces deveriam ter estado os da minha mãe esta tarde. Que pena não ter partilhado o momento.
Essas gerações já não se reunem mas o doce é prova viva da sua terna existência. Dos anos que somo, todos eles povoados de doce confeccionado no final do verão. Da história de uma família, de todos os momentos únicos e convívio que proporcionou.
Obrigada.
P.S. - Juro que nem vou reclamar dos três ou quatro quilos que ganharei quando despachar tudo aquilo. You made my day.
10 comentários:
Post delicioso. Como tu.
que saudades de doce de tomate ! daquele mesmo a sério :)
bom proveito!!
Como a familia pode ser deliciosa.
Anónimo,
Não sou assim tão saborosa mas obrigada.
Teresa Queiroz,
Basicamente, o pequeno-almoço e lanche de hoje e dos dias que se seguem até meados do Outono serão pão com doce de tomate.
Jedi,
É verdade. São os momentos que intercalam a parte de ser uma dor de cabeça.
Doce de Tomate às Colheradas, comi toneladas.
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Textículos
Ora aí está!
é feito com verdadeiros tomates esmagados?
Sem pevides.
Para não azedar o doce.
eu devia ter desconfiado que eras uma dessas feministas...
Por acaso, rasgar soutiens não é comigo.
Sai caro.
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