Amigos, admiradores, fãs, eles enviam emails, eles enviam sms, eles telefonam.
-Vais de férias? Bem mereces! Ahhh, mas não dês muita confiança aos brasileiros... (ou então) Diverte-te mas porta-te bem! (ou esta versão que é um rejubilo, um petit four marveilleuse) É pena que os homens brasileiros sejam feios e canastrões, mas aproveita lá as praias...
Conversa, puxa conversa, vão todos dar ao mesmo.
É assente.
Está tudo preocupado que eu encontre por lá "O namorado".
Que eu perca as minhas virtudes angelicais. Entregue a auréola e me dedique aos prazeres da carne.
Sem razão.
Nenhuma razão.
Basta pôr os olhos nas nativas e em mim para saber que não tenho qualquer hipótese.
Vejamos.
- Coxa grossa. Nada, para mal dos meus pecados. Pernitas fininhas adornadas com um ou outro músculo envergonhado, mas nada que encha as vistas (ou as mãos).
- Sacanice. Não. Quer dizer, não a delas. Rodar a baiana não é o meu forte. Mulher sacana, só mesmo na cama.
- Samba. Pode vir o swing baiano, a lambada que eu adoro e faço figura, mas samba, não sei porquê, não é a minha praia. Não sai natural e não me pinta a alma.
- Bunda. Tenho isso e escapa. Quer dizer. Um pouquito. Um bocadinhito. Mas não é "a bunda". A bunda gigante.
- Silicone. Sim, silicone. Num corpo "sarado". Hoje em dia, encontrar gata no Rio que não tenha é como andar a escolher mosquitos "dengue free".
E depois, caros amigos, vem a dita.
Aquela característica que é automaticamente eliminatória e que os homens brasileiros tanto prezam.
"A MARQUINHA".
Eu não tenho a marquinha.Logo, despreocupem-se.
Qualquer hipótese de me envolver com um carioca ou baiano é nula.
Agora, um tuga desterrado, um australiano, um milanês ou outro viajante oriúndo de sítio apetitoso, amante de surf e praia que me escolha para embalar, é outra conversa.
Queriam o quê?