Não esperem frases direitas ou palavras certas.
Em vez de dormir, oiço música no ipod. Kizomba, tarrachinha, mornas.
Deslizo pelos espaços livres deste quarto. De vez em quando, escrevo uma palavra ou outra, embalada.
A cada gesto, o meu corpo exprime aquilo que quero dizer e não o posso fazer aqui. Esqueço a escrita. O movimento é mais sincero, ao som das sílabas quentes, volume alto. Ecoa. Desliza, enrola.
As pernas, uma contra a outra, esfregam-se lentamente.
Atarracho, a mente voa, o corpo reclama a falta de outro. Para atarrachar ou deslizar uma kizomba é preciso outro que mande. Impõe-se contacto. Calor. Suor. Já caem as primeiras gotas, não do esforço mas do momento. E a batida... a batida...
A música no ipod. Tem dias que sou francesa, clássica, lírica. Noites que sou africana.
Hoje à noite, esta africana desliza. Meneia. Enrola. Talvez ainda nos lençóis.
Faltam os cheiros, o corpo, a brisa quente.
Porém, a minha mente tem tudo isso. Mais o volume alto que atordoa o cérebro.
E mais. Que não posso confessar. Mas, o corpo, o corpo fala, informa, grita, desbrava.
E atarracha.
Atarracho.
Não esperem palavras direitas ou frases certas.
Em vez de dormir, oiço música no ipod. Kizomba, tarrachinha, mornas.
Deslizo pelos espaços livres deste quarto. De vez em quando, escrevo uma palavra ou outra, embalada.
A cada gesto, o meu corpo exprime aquilo que quero dizer e não o posso fazer aqui. Esqueço a escrita. O movimento é mais sincero, ao som das sílabas quentes, volume alto. Ecoa. Desliza, enrola.
As pernas, uma contra a outra, esfregam-se lentamente.
Atarracho, a mente voa, o corpo reclama a falta de outro. Para atarrachar ou deslizar uma kizomba é preciso outro que mande. Impõe-se contacto. Calor. Suor. Já caem as primeiras gotas, não do esforço mas do momento. E a batida... a batida...
A música no ipod. Tem dias que sou francesa, clássica, lírica. Noites que sou africana.
Hoje à noite, esta africana desliza. Meneia. Enrola. Talvez ainda nos lençóis.
Faltam os cheiros, o corpo, a brisa quente.
Porém, a minha mente tem tudo isso. Mais o volume alto que atordoa o cérebro.
E mais. Que não posso confessar. Mas, o corpo, o corpo fala, informa, grita, desbrava.
E atarracha.
Atarracho.
Não esperem palavras direitas ou frases certas.
Apenas o movimento.
31 comentários:
a primavera anda a dar-te a volta à cabeça! :)
Bo Bo Bo Bo Bo Bo
Hmmm....não soa lá muito bem. Mas pronto, tu arranjas sempre maneira de pôr um cariz sexual dos teus posts :P
Miguel,
Nada!
Jedi,
Sabes o que significa Bo?
Cariz sexual? Mas isto é pura dança. Andas a ler os post ao contrário.
Se lesse ao contrário, em vez de BO seria OB, o que nos leva de novo ao cariz sexual.
"So let your hips do the talking".
Mais um texto fantastico... 8) As palavras soltas, são as melhores!!
Bjinho*
OB, cariz sexual?
C'a nojo, seu tarado!
B.vilão,
Sometimes they talk too much...
Bailarina,
Ehhh, obrigada! Escrever à noite dá nisto.
Beijinho
Mas tu chegas a casa da dança e ainda vais dançar mais?
Agarrada!
Hips talking too much!? Theres´s no such thing...
ma bo ê africana ou q?ê q realmente ta parce! :p
eheh beijinho
p.s.: este texto deu-me vontade de ir buscar o meu namorado,hoje à noite tá feito ao bife.ahahahahah
Anónimo,
Não negue à partida uma ciência que desconhece (Esta frase é um original meu.).
Kuka,
Tem noites que sou mesmo! Gostaria tanto de falar mas só percebo...
Se serviu para isso, já é excelente! Ando a espalhar o amor... que bonito.
B.vilão,
Depende. Ancas desenfreadas é que não! Ahahah!
Ai que gente insensível!!! Mas o ppl não se deixa todo embalar pelas músicas, pela dança ou apenas pela vontade de dançar???
Pfff....
Estou ctg Alexandra!! Não na parte de atarracha, mas estou ctg! LOL
Ahahaah! Lindo!
Sim, os teus "atarrachos" são diferentes.
Xé! Dama qué tarraxá...
Isto está bonito está. Bonito e (Bo)m.
Bjo
Tita
Que vontade de dançar...
[lindo post...]
Nota: Dicionário cabo verdiano online aqui: http://www.priberam.pt/dcvpo/dcvpo.aspx
ontem fui ver buraka... e retiro o que disse à uns tempos atrás. não consegui parar de dançar, mesmo depois do concerto ter acabado.
ainda quase tive para dar um chapadão, merecido, a quem vai para a frente dos concertos como se estivesse à espera de um banquinho para se sentar e ainda resmunga. felizmente sou um gajo pacifico.
continuo a preferir outra música para ouvir, mas para dançar pode ser disto mesmo.
Pepper,
Não! Menos! Nada disso! Vocês estão a precisar ir dançar umas noites para perceberem.
Tita,
Bo nito e Bo m!
AnaT,
Força! Obrigada...
Eu percebo tudo. Só não sei falar.
A,
Ahh, bom! Contagiante, certo? É excelente para te soltares.
soltei-me um pouco demais, dizem. ahahah
Bo só conheço a Bo Derek e a cena do cavalo branco onde ela se passeia toda descascada no Bolero.
Muita actividade de carácter pessoal e de natureza prazenteira levei eu a cabo à pala da Bo Derek a passear-se toda descascada no Bolero em cima de um cavalo branco.
E era quando não era só com o cavalo branco.
Eu não sei dançar isso!!!
Beijo
A,
Esses promenores é que não!
Grassa,
Imagino. Nessa altura deves ter colorido muitos livros e feito muitos recortes.
Ana,
Experimenta fechar os olhos. Ajuda. (Cuidado com as jarras e mobília.)
E pintei muito a manta, também.
Daí os boxers com bonecos? Foram retalhados da manta?
Considera os meus boxers com bonecos com o contra-senso necessário para anular parte da minha extrema virilidade.
Não sou muito dotada para a dança. Já experimentei e gostei muito da experiencia mas jeito não tinha nenhum.
Grassa,
Não preciso. Imagino-te vestido de palhaço, não, de padeira de Aljubarrota.
Ana,
Todos têm. É uma questão de prática e de te libertares. Amanhã, na Gare do Oriente, "Liberta-te e dança". Podes ir experimentar.
A Gare do Oriente fica assim um pouco fora de mão:) Um dia destes volto a tentar!
Beijo
Texto fantástico que lhe fez ganhar mais uma seguidora...
Et voilá... Almofariza a ser a Cinquentéssima seguidora...
Beijinhos desta tb fã de Kizomba :)
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