Se o facto de não ter férias há quase dois anos tem contribuído para o meu visível desgaste, verdade é que o aumento constante de trabalho também não tem ajudado.
Factos:
Ontem, 21h45, entrada de casa.
Chamo o elevador.
Barulho das máquinas a trabalhar. O elevador nada.
Chamo novamente. Nada. O caquéctico transportador ameaça, qual carro "tunado", mas não sai do lugar.
Reviro os olhos e suspiro fundo.
Agarro no saco de desporto, descalço os sapatos de salto alto, calço os ténis ainda húmidos do treino. Torço o nariz ao feito.
Preparo-me mentalmente.
Para os “trilhentos” degraus que se seguem até ao sétimo andar.
E lanço-me na odisseia.
A meio do caminho, lembro-me das latas de leite condensado prometidas pelos meus amigos mas ainda não recebidas.
Contento-me com o resto das migalhas já mofas, do bolo deglutido no dia anterior, que se alojavam no fundo da minha mala.
Bom jeito me dariam as ditas latas.
Pois, naquele momento, as escadas, as paredes, as portas, o prédio inteiro entram em centrifugação.
E caio redonda no chão, com a delicadeza de uma Bela Adormecida desmaiada.
Palmadas delicadas na face.
Abro os olhos.
À minha frente, os olhos azuis mais envolventes que já vira. Perco-me nos olhos azuis. Grandes, oceanos de sorrisos à minha espera naquelas esferas cativantes. Ignoro tudo o resto que me rodeia.
- O meu príncipe! Finalmente apareceste! – Jogo os braços ao pescoço do jovem e bonito desconhecido e osculo-o, veementemente, com admiração e agradecimento.
Princesa de ténis húmidos, migalhas no canto da boca e cabelo desalinhado, agarro-o, radiante por ser salva da bruxa má.
Para grande embaraço da minha mãe, do meu pai, do meu irmão, do Reggae e dos vizinhos que haviam chamado o INEM.
E do rapaz que repetia “Já me tinham acontecido muitas, mas esta…”.
Afinal o rapaz não era príncipe e as nuvens que via em meu redor eram as almofadas do vizinho, que foram utilizadas para amparar a minha cabeça.
Escapuliu-se num abrir e fechar de olhos de hamster amedrontado, soltando um "Para o Júlio de Matos não trabalho eu!".
Os restantes espectadores recolheram aos seus lares.
Provavelmente, este mês não comparecerei na reunião de condóminos.
Ainda assim,
Para todos os efeitos, e após esta trapalhada e vergonha toda, tenho a dizer:
Moço, continuo à tua espera!
Factos:
Ontem, 21h45, entrada de casa.
Chamo o elevador.
Barulho das máquinas a trabalhar. O elevador nada.
Chamo novamente. Nada. O caquéctico transportador ameaça, qual carro "tunado", mas não sai do lugar.
Reviro os olhos e suspiro fundo.
Agarro no saco de desporto, descalço os sapatos de salto alto, calço os ténis ainda húmidos do treino. Torço o nariz ao feito.
Preparo-me mentalmente.
Para os “trilhentos” degraus que se seguem até ao sétimo andar.
E lanço-me na odisseia.
A meio do caminho, lembro-me das latas de leite condensado prometidas pelos meus amigos mas ainda não recebidas.
Contento-me com o resto das migalhas já mofas, do bolo deglutido no dia anterior, que se alojavam no fundo da minha mala.
Bom jeito me dariam as ditas latas.
Pois, naquele momento, as escadas, as paredes, as portas, o prédio inteiro entram em centrifugação.
E caio redonda no chão, com a delicadeza de uma Bela Adormecida desmaiada.
Palmadas delicadas na face.
Abro os olhos.
À minha frente, os olhos azuis mais envolventes que já vira. Perco-me nos olhos azuis. Grandes, oceanos de sorrisos à minha espera naquelas esferas cativantes. Ignoro tudo o resto que me rodeia.
- O meu príncipe! Finalmente apareceste! – Jogo os braços ao pescoço do jovem e bonito desconhecido e osculo-o, veementemente, com admiração e agradecimento.
Princesa de ténis húmidos, migalhas no canto da boca e cabelo desalinhado, agarro-o, radiante por ser salva da bruxa má.
Para grande embaraço da minha mãe, do meu pai, do meu irmão, do Reggae e dos vizinhos que haviam chamado o INEM.
E do rapaz que repetia “Já me tinham acontecido muitas, mas esta…”.
Afinal o rapaz não era príncipe e as nuvens que via em meu redor eram as almofadas do vizinho, que foram utilizadas para amparar a minha cabeça.
Escapuliu-se num abrir e fechar de olhos de hamster amedrontado, soltando um "Para o Júlio de Matos não trabalho eu!".
Os restantes espectadores recolheram aos seus lares.
Provavelmente, este mês não comparecerei na reunião de condóminos.
Ainda assim,
Para todos os efeitos, e após esta trapalhada e vergonha toda, tenho a dizer:
Moço, continuo à tua espera!
24 comentários:
Ah! Que maravilha de escrito!
:)
Maravilha eram aqueles olhos! ;-)
Ui..
Olhos azuis são msm 5* ;D
Adoro o teu blog.. :) Só Posts qe fazem rir! :D
O truque do pezinho de salsa é bem mais indolor! E diz que resulta... ;)
Ah ah ah! Também já estive para ser "salva" por um belo bombeiro... (era isso ou o efeito do monóxido de carbono!)
Mas não é que a minha adorada mamãe não deixou? ;)
O que me ri!! bem bem, até te posso contar que há uns anos tive um acidente, e completamente atordoada dizia ao medico que nao me podia por a tala na perna porque n tinha a depilação feita e parecia mal um homem ver-me nessas condições!
lolololololol !
sempre 5 estrelas !
ainda ontme fiz uma mousse de leite condensada fabulosa que calculo bem jeito te tinha dado antes de te dar essa coisa má.
rrrrrrrrrrrrrrrrrr LOOOOOOOL
tu és só rir!
Epá, As vezes vale a pena ter quebras de tensão! ;)
LOL
E querias que eu não te chamasse de crazy-xana?!?!?!
Kharol,
Obrigada!
Picas,
pezinho de salsa?
Maga_ostrológica.
Ahahaha! Bombeiro também conta!
Helluah,
A minha mãe já disse exactamente o mesmo!
Tavguinu,
Já agora, obrigada pelo prémio, dito aqui directamente no meu cantinho!
Asdrubal Tudo Bem,
Leitor que é leitor envia a dita mousse pelo correio!
Izz,
:-D
Maria Ostra,
Desta vez nem foi quebra. Foi cansaço acumulado e passarinhos chilreantes à volta da cabeça...
Jedi Master,
Xanex 2048 também não...
Só a mim é que não acontecem essas coisas...
Mas se acontecesse, arriscava a aparecer-me um balofo, feio e com hálito a tártaro de há uns 15 anos.
Ai! Conheço uns olhos bem bonitos da cor do mar...
Ehehehe!
Ainda escrevo da minha sorte com os que me aparecem! É ver-me escondidinha debaixo da cama.
Mas pior que os feios são os idiotas!
Olha lá miúda, para quem práticamente vive no ginásio, não te aguentas "à bronca" com umas escaditas até ao sétimo andar???
Como sempre, muuuuuito divertido.
Beijos
Tita
...e pior que os idiotas são os arrogantes e convencidos. Como eu odeio esses !!! (Não me estou a referir a ninguem daqui) :)
Tita,
Fui ao ginásio e vim embora a meio do treino a pensar que ia cair para o lado...
Normalmente um 7º andar não me intimida! ;-)
Jedi Master,
Por acaso gosto de homens convencidos. Daqueles que não exageram ou daqueles que têm razão para o ser (tipo Mourinho... Ai... quilos de charme naquele ar convencido!)
Cada um com o seu gosto ;)
O problema dos convencidos é que quando se dão mal.........passam a gozados !!! lol
Alexandra...
Não sofreu nados irreversíveis na cabecinha, pois não!? :) Muitooooo bem este post... estava a ler e a imaginar a cena! :)
Não percebi.
Mas então deixaram-te deitada?
Amo o teu blog!
O gajo era gay...
Tó do Samouco
www.samoucoaorubro.blogspot.com
desafio-te a participar na corrente da amizade. vai ver ao meu blog
Ai, ai!...
Alguém anda a abusar do físico, minha menina! :P
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