sábado, abril 23, 2016

Bah


Uma pessoa acorda bem disposta, vai para a dança, cheia de positivismo e sorrisos para dar, sente-se bem e realmente feliz e depois bastam duas palavras para derrubar tudo isso.

Caramba que, de repente, apeteceu-me equacionar muita coisa e desistir de outras tantas. Atirar a toalha e dizer "Olha, miúda, tu que adoras mudanças, está na altura de fazê-lo.".

Foi o suficiente não para estragar inteiramente o dia mas para deixar aqui uma pontinha de tristeza que, raios, mói. Ó se mói.

É que aqui o moer significa um bocadito mas um bocadito suficiente para, em uma respiração, passar a uma avalanche e desabar numa crise de choro, seguida de (Não! Não! Não!) um ataque de pânico.

Curioso como duas palavras ditas de certa forma podem fazer tanta mossa.

No entanto, aqui estou, estóica. A ouvir música. A cantar, a ler para esquecê-lo. 
Também é bem feita, Maria Alexandra. 
Pode ser que agora, com toda essa consciência que tens ganho, percebas que, estupidamente, também já magoaste muita gente. Mesmo que não tenhas tido a intenção de fazê-lo.

(Não liguem. Isto são os meus exercícios de aprendizagem dos últimos tempos. Por tudo e por nada, pôr a mão na consciência. Não basta partilhar frases feitas a pensar no que os outros nos fazem. É preciso ver que, mesmo que tenhamos sido atingidos, também já agimos assim tantas vezes. O que também tenho de levar com calma, uma vez que cheguei ao ponto de culpabilizar-me por cada piscar de olhos e quase andar a chibatar-me.)

Enfim. Xô nuvem. 
Os meus pais regressam hoje de Madrid e eu tenho saudades deles. Logo, hoje é um dia bom.

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