quarta-feira, dezembro 18, 2013

É Natal, não faz mal, todos a gastar papel!

Aqui na família condensado, costumamos perguntar uns aos outros o que querem pelo Natal. Não invalida surpresas mas acabamos por ser práticos. Perguntamos uns aos outros o que acham que o pai, a mãe ou o irmão quer, andamos ali na investigação e, quando o desespero bate à porta, perguntamos directamente ao visado. De todos, sou sempre a mais fácil. Dou logo um leque de coisas que gostaria e faço questão de mencionar várias para que possa ser surpresa.

O meu irmão é sempre uma chatice. O que se dá a uma pessoa que tem tudo e a quem quando pergunto "Queres isto? Queres aquilo?" responde sempre não? Que não sabe, que não quer isto, que não quer aquilo, etc? Que faço uma perseguição desde o dia 1 de Dezembro para conseguir perceber alguma coisa e acabo por só conseguir comprar o presente no dia 23, no meio da loucura, quando está tudo mais do que escolhido? Só falta hackear o email dele ou surrupiar o telemóvel, para ver se encontro pistas. E os presentes que já troquei porque depois lá quase na véspera diz que quer antes outras coisas?

Ainda por cima, vai mudar de casa mas ainda não sabe para onde, pelo que coisas para a casa estão fora de questão. Além do mais, tem tudo. Enfim, uma saga minha gente. Qual Guerra das Estrelas? Qual Senhor dos Anéis? Isto é um Senhor de Toda a Bijutaria e Acessórios.

No entanto, para verem como sou fantástica, já troquei-lhe as voltas e escolhi o presente. 

É que nem sonha. Nem ele nem mais ninguém.

Sou muito boa nesta coisa de escolher os presentes. Deveria fazer negócio disto. Nem sabem o que perdem. Sou uma profissional de pôr olhinhos a brilhar e divirto-me imenso na busca do presente perfeito. Daí, o Natal é só uma época hiper-mega-fixe. Quando há dinheiro.

Vamos a factos. O presente pesa cerca de vinte quilos. Sim, vinte quilos. 

Quando o vi, os meus olhos abriram-se muito e soltei um grito no meio da loja: "É isto!", enquanto dava pulinhos frenéticos de comemoração. Gesticulava, dançava e cantava até que olhei à minha volta. Estavam para aí umas quarentas pessoas dentro da loja. De boca aberta e com um esgar misto de medo/embaraço/pena. Coisa pouca. A próxima vez que lá regressar vou de óculos de sol. Que se lixe! Viver no perigo. Vou mesmo de cara à mostra. Não se apoquentem. A idade dá-me sabedoria para aceitar-me e celebrar-me. Talvez um chapéu de abas largas e um cachecol muito enrolado. O que foi? Está frio!

Naturalmente, ainda não o comprei. Como é que arrastava sozinha aquilo para casa? Não estou a ver como. Preciso de regressar lá com amigos musculados. A ver se ligo ao pessoal dos ginásios. Eles ainda se recordam e gostam muito de mim, certamente. Só tenho de colocar uma almofada no rabo, para não os desiludir. No Ballet, ganham-se pernas até ao pescoço. Rabos redondos gigantes só na musculação.

Adiante, que já me perdi. 

Estou tão feliz! Mesmo feliz! Só quero ver a cara do meu irmão quando o abrir. A próxima missão é conseguir a foto perfeita. Baterá certamente esta:


(Era uma estação de serviço. Homens.)

Lata de leite condensado a caminho para quem adivinhar o que é!

2 comentários:

Xana disse...

é uma mesa de matrecos?

Alexandra disse...

Não! :)