Ontem perfiz cinco anos e ninguém deu por nada.
Nem mesmo a autora.
Cinco anos de diz tanto como diz nada, principalmente a falar de como se gosta de doces, rissóis, lasagna, exercício, ballet, homens, sapatilhas, stalkers, Rio de Janeiro, amigos, direito, torto, emoções e parvoíces várias.
Cinco anos e esta autora sequer revelou algum amadurecimento que se preze.
Cinco anos e nem um malfadado verniz Chanel ou Risqué.
Assim sendo e porque não caminho para novo, procuro autor menos negligente.
Um com bom porte, cabeça no sítio mas com boa dose de loucura ou jovialidade, que não use os pindéricos Louboutin ou Sebago, mas que saiba fazer um bom nó de gravata. Com gosto musical e por outras tantas artes, com olho para o que veste mas cuja voz não ultrapasse os decibéis permitidos aos exemplares heterossexuais masculinos. Que adore animais, poucos deles no prato, ainda assim, com peso e medida, com horror a extremismos de qualquer tipo. Bem parecido mas, muito melhor, que saiba falar, escrever, provocar com as palavras, no papel, ao ouvido ou no ecrã do telefone, enquanto programa secretamente uma escapadela da realidade, num sítio só para nós. Que seja apaixonado pelo desporto mas pela prática. Desportistas de sofá e comando são contra-sensos.
Vá que se lixe, a miúda precisa mesmo de lavar as vistas, quem sabe assim, lembra-se que também existo e não só a tão desejada cadela que lhe ocupa os olhos, o coração e as compressas embebidas em Betadine usadas para ocultar as marcas amorosas dos dentinhos de cachorra.
Alguém?
Nem mesmo a autora.
Cinco anos de diz tanto como diz nada, principalmente a falar de como se gosta de doces, rissóis, lasagna, exercício, ballet, homens, sapatilhas, stalkers, Rio de Janeiro, amigos, direito, torto, emoções e parvoíces várias.
Cinco anos e esta autora sequer revelou algum amadurecimento que se preze.
Cinco anos e nem um malfadado verniz Chanel ou Risqué.
Assim sendo e porque não caminho para novo, procuro autor menos negligente.
Um com bom porte, cabeça no sítio mas com boa dose de loucura ou jovialidade, que não use os pindéricos Louboutin ou Sebago, mas que saiba fazer um bom nó de gravata. Com gosto musical e por outras tantas artes, com olho para o que veste mas cuja voz não ultrapasse os decibéis permitidos aos exemplares heterossexuais masculinos. Que adore animais, poucos deles no prato, ainda assim, com peso e medida, com horror a extremismos de qualquer tipo. Bem parecido mas, muito melhor, que saiba falar, escrever, provocar com as palavras, no papel, ao ouvido ou no ecrã do telefone, enquanto programa secretamente uma escapadela da realidade, num sítio só para nós. Que seja apaixonado pelo desporto mas pela prática. Desportistas de sofá e comando são contra-sensos.
Vá que se lixe, a miúda precisa mesmo de lavar as vistas, quem sabe assim, lembra-se que também existo e não só a tão desejada cadela que lhe ocupa os olhos, o coração e as compressas embebidas em Betadine usadas para ocultar as marcas amorosas dos dentinhos de cachorra.
Alguém?
3 comentários:
Isto não foi escrito por ti, confessa. E até apostava que sei por quem.
E muda lá a caixa de comentários, fáxavor (ando em campanha, sim).
P.S. wapbodsh é uma palavra linda e que faz imenso sentido (tira também a verificação de caracteres, fáxavor). Pfff.
então o leite condensado está a mandar-te passear, alexandra? de certeza que não és tu, é ele.
Lamento, mas eu já sou comprometido.
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