Porque é que eu,
que sempre adorei crianças,
que tenho uma paciência de Job para as mesmas e não me aborreço nada ao cuidar delas,
que sempre fui A chamada para fazer de babysitter aos filhotes dos amigos,
que sou uma "child magnet", os putos adoram-me, nem preciso de abrir a boca ou conhecê-los para virem ter comigo para brincar,
que já passei pela experiência traumática de ter um miúdo de dois anos a chamar-me de mãe, em plena via pública, em frente ao pai e outros transeuntes que se encontravam presentes, noto, ser chamada de mãe, correr para mim e recusar-se a voltar com o pai, fazendo uma birra que não só foi feia como também muito traumatizante para os envolvidos,
que, pelo amor de Deus, estou nos trintas, deveria ter o relógio biológico aos cucos e em ebulição, vontades de jogar a pílula no lixo, furar tudo o que é preservativo à machadada e copular com todos os homens que aparecessem à minha frente, até acertar e encher a barriga,
Alguém explica, então, porque é que cada vez estou mais aterrorizada em vir a ter filhos, chegando ao ponto de ter pesadelos e ver a minha vida toda a andar para trás se tal acontecesse?
E algo que sempre me pareceu natural, desejável e justificável (Está mais que sabido que serei uma excelente progenitora e educadora.) tornou-se agora numa angústia sem fim?
Angústia, mesmo sabendo que não tenho namorado, que não sofro de paixão nem por um guardanapo e que, dada a minha vida social, a probabilidade de voltar a ter sexo ronda lá para 2038?
que sempre adorei crianças,
que tenho uma paciência de Job para as mesmas e não me aborreço nada ao cuidar delas,
que sempre fui A chamada para fazer de babysitter aos filhotes dos amigos,
que sou uma "child magnet", os putos adoram-me, nem preciso de abrir a boca ou conhecê-los para virem ter comigo para brincar,
que já passei pela experiência traumática de ter um miúdo de dois anos a chamar-me de mãe, em plena via pública, em frente ao pai e outros transeuntes que se encontravam presentes, noto, ser chamada de mãe, correr para mim e recusar-se a voltar com o pai, fazendo uma birra que não só foi feia como também muito traumatizante para os envolvidos,
que, pelo amor de Deus, estou nos trintas, deveria ter o relógio biológico aos cucos e em ebulição, vontades de jogar a pílula no lixo, furar tudo o que é preservativo à machadada e copular com todos os homens que aparecessem à minha frente, até acertar e encher a barriga,
Alguém explica, então, porque é que cada vez estou mais aterrorizada em vir a ter filhos, chegando ao ponto de ter pesadelos e ver a minha vida toda a andar para trás se tal acontecesse?
E algo que sempre me pareceu natural, desejável e justificável (Está mais que sabido que serei uma excelente progenitora e educadora.) tornou-se agora numa angústia sem fim?
Angústia, mesmo sabendo que não tenho namorado, que não sofro de paixão nem por um guardanapo e que, dada a minha vida social, a probabilidade de voltar a ter sexo ronda lá para 2038?
Eu quero muito.
Mas um cão.