Não se trata, afinal, de viver o momento mas sim viver a pessoa.
Conhecê-la, conversar, estar, sorrir com ela. Perceber o que a torna fantástica, os seus receios, os seus encantos, as suas fraquezas, a sua incomensurável condição humana. Enriquecer com todos esses pormenores.
Vamos abrir o jogo.
É isso que intimida.
Não são os beijos, o toque, a partilha de pele. Estes são um acrescento, quanto muito, um descobrir de uma intimidade, uma manifestação física do que acima se descreve. São também um processo de aprendizagem que faz sentido e é natural porque é inerente ao resto. Ao todo.
E, se o momento (se a pessoa) será ou não efémero é tão secundário, não por estarmos no imediato do agora e amanhã logo se vê mas porque, realmente, merece ser vivido(a).
A perda será sempre maior se não existir.
Independentemente dos "ses" e dos "e's". De todo o tipo condicional previsto na gramática.
Este não é o caminho fácil.
O outro também não nos acrescenta nada.
Esclarecimento: Este post é inteiramente autobiográfico. Qualquer semelhança com a vossa realidade, parabéns, sois humanos.
Desabafo: Os trinta fazem-me tão bem.
8 comentários:
Semelhança com a minha realidade. Sou humana. Estou feliz. E percebo-te tão bem.
Pois que estamos a crescer.
Ler Hesse também ajuda. ;)
Semelhança com um pouco de todas nós...
Gostei principalmente da parte do abrir o jogo que intimida.. porque será que é assim... porque será que nos intimida tanto darmos a conhecer o fundo de nós... medo de não nos perceberem, medo de quê? fica para outras dissertações.
Beijos
Pink
Acho que os trinta fazem muito bem. A mim fizeram, olha, também sou humana ;)
"...a partilha de pele."
Esta expressão é linda...looool
Tirei a conclusão que sou um hibrido. Metade humano, metade gato.
E menos racionalização e mais disfrute!
__
Textículos
Pois que somos todos iguais, andamos todos ao mesmo e sim, (finalmente!!!) estou a crescer, com ou sem ajuda de livros. Os trinta fazem maravilhas, nem que seja para chegar aos vinte.
É mais fácil entregar o corpo que a alma, se bem que lendo isto agora, não me parece assim tão mau.
Zoofilias à parte, a racionalização é inevitável. Todavia, confere outro sabor ao disfrute.
Ou não.
Enviar um comentário