sexta-feira, fevereiro 27, 2009

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Não sei qual a estupidez maior


Se, chegar a casa, a um quarto para a meia noite, a arrastar-me de três horas suadas de dança e barra-de-chão, com os phones nos ouvidos, e ficar a pé, até às duas da manhã, determinada a ouvir e dançar freneticamente todas as músicas que tenho no ipod (e que ascendem a novecentas);

Ou se, de manhã, com dores em todo o centímetro de pele, músculo e osso que compõe o corpito e as ramelas ainda a colar as pestanas, entrar no Pingo Doce das Amoreiras e comprar para o almoço uma ferradura de chocolate e um travesseiro de Sintra (por sinal, muito saborosos).

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

terça-feira, fevereiro 24, 2009

Não é nada de novo isto que eu digo

Que ninguém escolhe por quem se apaixona. (Ou muito menos faz uma forcinha para tal.)

Por isso, quando digo não a este ou aquele, quando digo que não vai resultar ou torço o nariz,

por serem demasiado altos, demasiado loiros, demasiado queridos, demasiado arrogantes, por vestirem fatos de treino no centro comercial ou, unicamente, por terem a cremalheira superior toda podre e um dente de prata lá no meio,

Fixem bem minha gente

Não estou a ser esquisita.

Simplesmente, não estou apaixonada.

Se existisse qualquer possibilidade de estar ou vir a estar, os meus olhos, nariz e ouvidos seriam cegos a tudo isso.

E, com a minha sorte, mais provável seria encontrarem-me a passear, no Colombo, abraçada a um espécime que reunisse essas qualidades.

Vozes dos deuses




René Aubry - Ne m'oublie pas



René Aubry - Demi Lune

Depois estranhem que eu saia das aulas nas nuvens.*


*Ai que o meu blogue está cada vez mais cor-de-rosa...

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Post muito pipi*

Eu não derreto o gelo por um ramo de rosas.

Ou por um urso de peluche cor-de-rosa.

Muito menos por corações encarnados.

Mas, fico desarmada com uma garrafa cheia de areia e àgua do mar, entregue logo de manhã, em dois segundos, à porta do trabalho, quando ainda mal abro os olhos e tenho as marcas da almofada no rosto. Justamente, no dia seguinte a ter referido que precisava de mar.

Isso e o saquinho de gomas deixado no parapeito da janela, à noite.

E o Ronald Macdonald a dizer que precisa de ajuda.

Começo a ficar preocupada com tanto mimo. Prevejo que o stalker vence e encontram a Alexandra estripada num qualquer beco, levada até lá, iludida pelo amor.

Obrigada!

*Correndo o risco de perder a fama de durona e parecer a Floribela.

quinta-feira, fevereiro 19, 2009


Tenho levado uma vida tão virada para o meu umbigo, ora é trabalho, ora é dança, chego a casa já atrasada para dormir e saio atrasada para estar na rua, que sinto falta das coisas mais mundanas.

Sinto falta dos amigos, dos jantares, dos cafés, dos passeios. De parar um segundo. De cheirar as flores. De conhecer pessoas novas, de sair, respirar ar fora de quatro paredes. De rir com as minhas amigas. Ir às compras com elas e apanhar a maior seca do mundo porque correm as lojas todas.

Tenho comido e respirado trabalho e dança, alimentado-me do projecto e das piruetas. Adormeço, sonho e acordo com os mesmos pensamentos. Fullout.

Parece-me que está na hora de mudar isso.

Coragem, miúda.

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Em três dias de busca por umas cuecas cor da carne extra-fabric


Já gastei uma fortuna em lingerie e nada das ditas.

Quando a vendedora me pergunta o que desejo, encolho o rabo, olho à minha volta e peço, muito rapidamente, a peça mais vistosa e decotada da loja.

O futuro é claro.

Prevejo um assalto ao estendal da vizinha rabuda do lado.

Figurino do Contemporâneo para Sábado I


Agora, com a vossa licença, vou só ali chorar e já volto.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

É impressão minha

Ou estes templates estão cada vez piores?

Já começo a ter saudades dos rebuçados.

sábado, fevereiro 14, 2009

Ridículo é


Ficar cerca de uma hora e vinte minutos com o telefone na orelha, a fingir que estamos a falar, só para evitar conversa com o tipo seboso e sibilento, que vimos estacionar o carro à porta e já sabemos que vai fazer questão de entrar para "desejar boa tarde", durante uma boa meia hora, e olhar para as nossas pernas.

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

E agora o Cristiano Ronaldo não ter chuteiras que lhe sirvam


Há um ano a ouvir que tenho os pés mais bonitos do mundo dançado. Que tenho os pés que todos os bailarinos sonhariam. Que tenho uma ponta linda. A flexibilidade do pé em pessoa. Muito bom para o ballet. Que o "cou-de-pied" é maravilhoso, blá, blá.

E, finalmente, quando vou comprar as minhas primeiras pontas, emoção tão só comparável à aquisição da Barbie Cintilante ou da minha primeira "A Minha Agenda", experimento tudo e alguma coisa e levo com um "Ah, vamos ter que encomendar umas para si. Esse pé é muito difícil." 

Portanto, um pé ideal de bailarino mas que é difícil encontrar sapatilhas de pontas para o mesmo...

Estou confusa.

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Sexy dance, o "poll dance" masculino

Não dá para colocar o vídeo (o Youtube está muito púdico), mas fica aqui o link.

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

É carnaval, ah e tal, ninguém leva a mal... o tanas!


Ainda não vos tinha dito mas, no Sábado de Carnaval, vamos ter festa rija na academia de dança.

A festança sazonal virou moda e vou ter que executar coreografia de Jazz, Contemporâneo e Salsa.

Está a correr bem.

Salsa, começaram hoje a coreografia. Foi uma bela aula. Sei lá eu, já que não pus lá os cotos. Antes fiquei a confraternizar no sofá de veludo.

Depois, no contemporâneo, que está bem mais composto, o Miguel entregou-nos os figurinos, no final da aula.

Calharam-nos uns vestidos compridos, cada da sua cor, decote à frente, decote nas costas até ao rabo, portentos nossos sustentados por delicadas fitas que uniam o tecido, com rachas por todos os lados até às orelhas. À pergunta "O que é que usamos por baixo?", ouvimos "Só cuecas da cor da carne."

Mas que cena é esta?

Melhor, que merda é esta, pá?

Eu sei que o contemporâneo é uma coisa mais alternativa e mais erudita. A coreografia tem todo um significado e leva a dança um passo à frente na interpretação e sentimento impressos.

Daí a estar a mostrar o rabo em todas as festarolas da escola é que não!

Já sabemos. É erudito. É suposto desprendermo-nos de tal ordem a podermos dançar nús, se necessário. O corpo é matéria e nada mais. É um instrumento.

Mas 'bora lá deixar isso na teoria, sim? A expressão "sentido figurativo" diz-vos alguma coisa? Instrumento sim, mas não para amigo do punhetismo.

Festa de Natal, Masquerade, ahhh pássaro de fogo... Pumba, mostra as bochechas (Ainda que enquadradas numas cuequinhas de maillot aos folhinhos.). Depois, coreografia final das Mães de Natal sexys... Quais sexys? Aquilo eram mais Mães de Natal porno, x-rated para menores de oitenta e um e impróprias para cardíacos.

Ainda não faço ideia qual será o figurino da salsa mas, como devem calcular, não combinará com golas altas.

Estas festas cada vez são mais rabos e mamas, mamas e rabos.

Não pode ser. Tenho direitos. E sentimentos. O meu rabo tem sentimentos.

Ainda me indago como é que o público irá admirar a minha destreza balética?

E levar os amigos? Levo rapazes, vão ficar a salivar. Agora rabo. Agora mamas. Agora tudo junto. Rabo. Mamas. Arrrrrrrrrrrrrrhhhh... Levo amigas, passo a "puta", "a desavergonhada", "Essa porca!".

Levo família e tenho o meu pai trancado em casa a chorar compulsivamente e a perguntar onde errou.

Está na hora, minhas amigas.

Está na hora de todas nós, advogadas, enfermeiras, engenheiras, estudantes, professoras e outras profissionais da sociedade respeitável nos unirmos e dizermos:

"DANÇA SIM, O MEU RABO NÃO!"

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Uma mulher também deve ser sincera

É certo e sabido que nunca achei piada ao dia dos namorados.

Consumismo, filas, enjoo de pseudo-romantismo. São até conhecidas e públicas as minhas fitas e manhas perante os namorados para escapar ao fatídico.

Mas tenho que confessar.

Parece-me que este ano vou passar o dia tristinha.

Ai vou, vou.

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Não há nada mais ternurento


Do que o encontro de dois cães, levados a passear pelas trelas.

Descobrem-se, cheiram o rabo um ao outro, entre pequenas latidelas.

Os donos sorriem, trocam palavras de apreciação.  

Não há nada mais ternurento do que o encontro de dois cães, puxados pelos donos babados e orgulhosos.

Até que um cão decide foder o outro.

Um post sobre futebol

yeah, right!

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Constatação


A maravilha dos blogues é que podemos encantar e até seduzir os outros com o que realmente somos.

Raramente nos é permitido dar a conhecer tão bem o nosso interior. Normalmente, a primeira imagem marca sempre e selecciona. Não adianta. É implacável. Nunca iremos demonstrar a nossa riqueza interior àquele homem ou àquela mulher porque, simplesmente, ele ou ela não gostaram da nossa cara ou do nosso rabo.

Depois, o espectro do anonimato ou da ausência física de um rosto e de um corpo é verdadeiramente libertador. É o nosso Eu a aparecer primeiro e a prestar provas.

Isso e publicar também umas fotos de umas miúdas muito giras ou de umas miúdas giras muito nuas.

E dizer que somos nós.

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Após troca de mimos com um amigo de longa data, acerca das aventuras deste, tenho a comunicar


Meus caros,

Sexo é como comida.

Quer-se saboreado, apreciado, demorado. Atento aos pormenores, aos sabores, aos cheiros. Com sofreguidão ou paciência, há-que mastigá-lo devidamente.

Alguém que me explique o prazer gastronómico de um Macdonalds. 

Ainda crio um movimento de slow sex.

Não às rapidinhas!*

* Ou então, é a ternura e maturidade dos trinta a falar.

(Venha o apedrejamento)

Depois de assistir a uma operação de salvamento aqui na rua, efectuada pelos bombeiros


Com escada içada por muitos andares, bombeiros empoleirados, risco de vida, walkie-talkies, pedras a cair das varandas, capacetes e impermeáveis azuis...

Ufffffffffffffffff...

Os bombeiros são sexys!

Eu bem quero escrever coisas mais animadas

Mas não consigo.

O sol que não vem. O sol que não vem. O sol que não vem. O sol que não vem. O sol que não vem. O sol que não vem. O sol que não vem. O sol que não vem. O sol que não vem. O sol que não vem. O sol que não vem. O sol que não vem. O sol que não vem. O sol que não vem. O sol que não vem. O sol que não vem.

Quase, quase a cortar os pulsos.

terça-feira, fevereiro 03, 2009

(Des)encontros



Ela protestou, barafustou, bracejou, disse que não gostava dele, virou as costas mas, no fundo, só queria mesmo beijá-lo.

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Desafio --- Venham mais seis (ou não!)


Respondendo ao desafio do Textículos, aqui estão seis coisas sobre a Alexandra.

a)linkar a pessoa que os indicou;
b)escrever as regras do desafio;
c)contar seis coisas aleatórias sobre si;
d)passar a mais seis vítimas;
e)ir aos blogs das vítimas avisar que foram indicadas.

Excepcionalmente, e por sorte de principiante, fica aqui uma atitude simpática. Não passarei o desafio a mais ninguém, pois passar, passar, passa-se a gripe (e outras coisas mais escabrosas) e, como não desejo isso a ninguém, ficamos por aqui.

1) Vivo e guardo as memórias, lugares e pessoas através dos cheiros. Por exemplo, Lisboa cheira-me única e exclusivamente a pó. O meu cheiro preferido é o do Algarve (a mistura quente e doce de mar/alfarroba/figueira). Consigo distinguir o cheiro da terra da minha mãe, no Alentejo, de qualquer outra localidade no distrito.

2) Estou determinada em adoptar uma criança, desde os cinco anos. Tenho noção que já falta pouco.

3) Tenho uma colecção inimaginável de sapatos, biquinis e meias (e roupa interior, no geral), mas muito desorganizada, ao ponto de nunca encontrar o que quero.

4) Gostaria de acreditar que não existe apenas um verdadeiro amor. Ou, pelo menos, saber que nos últimos anos andei errada. Apesar disso o homem perfeito sempre foi e sempre será o Indiana Jones.

5) Tenho capacidade e força para, sozinha, levar qualquer sonho ou projecto adiante, independentemente da envergadura. No entanto, intimamente, desejo sempre ajuda, não ter que lutar contra Golias sem pelo menos mais uma mão amiga. Quando a oferecem, recuso sempre.

6) Adoro sonhar que naufrago para uma ilha deserta e tropical.


Estou tão, mas tão, necessitada de férias (verdade seja dita, não sei o que isso é há alguns anos - deixei de contar), que este ano vou arrendar uma casa, durante o mês de Agosto inteiro, na minha querida Vilamoura, e mato saudades.

Não quero viagens, sitios exóticos, novidades. Ir à terra para recuperar forças, já dizia Miguel Torga.

Quero retemperar.

Levanto-me cedo para ir ao pão e de seguida à praia, faço corridas de jet ski,  permito que a pele escureça muito, grelho peixe no jardim, dou festas na piscina, espero o anoitecer na areia, ligo os aspersores no final da tarde, tomo duche de mangueira na relva, bebo daiquiris durante o jantar, rio, rio muito com os amigos, danço ao ar livre, salto as ondas de madrugada e escolho biquinis ao som dos Beach Boys, quem sabe, faço amor sob as estrelas. Mato saudades dos cheiros, da família e dos amigos, dos sabores, dos pinheiros mansos.

Está decidido. Este ano tiro um mês de férias.

Se conseguir ter o trabalho todo encaminhado até lá.

Se encontrar alguém de confiança para segurar as rédeas, durante esse período.

Se conseguir afastar a cabeça das obrigações.

Se...

Pois...