Não é novidade alguma que Portugal tem um vasto espólio histórico e cultural.
Mas, como não há bela sem senão, ou para tudo existe um “mas”, ou porque ninguém quer colidir com o equilíbrio natural das forças centrífugas e centrípetas do universo, existe realmente um grande “contudo” nesta história: as danças tradicionais populares portuguesas.
O legado destas é coisa para, digamos, ter os olhos marejados em lágrimas do desalmado desgosto que provoca. É de fazer birra, ir ao chão, espernear, dar pontapés às pernas da vizinha de cima e berrar como uma cigana em dia de feira.
As nossas danças tradicionais populares são anti-dança. São pobres em expressão e libertação corporal. Onde está a sedução de um Bailinho da Madeira ou de um Vira? Certamente, nos vinhos regionais… Por que razão nenhuma alminha acordou com a ideia latejante no cérebro de encastoar as influências africanas, tão ricas em movimento? Decoro, amigos. Em prol do decoro, levantamos os braços e rodopiamos com o corpo hirto, quais peões de corda num prato de loiça.
Daí as minhas constantes recusas para idas à discoteca. Festas de Hip Hop, de salsa, ragga, locais pejados de bailarinos e amantes desta arte, fazem as minhas delícias. Discotecas, nem pensar! Assim, e para grande irritação dos meus amigos, ultimamente, apenas e só apenas frequento aqueles meios.
Qual é o meu problema? Simples, o homodisconightus, o habitual frequentador da noite portuguesa. O típico desloca o peso de um calcanhar para o outro, “Zé saltitão/Maria saltitona” e está a arrasar na pista. Que deixa cair o queixo e fecha os olhos a medo perante algo mais elaborado do que um “um dois, um dois”. Que nos observa como se fossemos ratos de laboratório, que aprenderam a preencher a declaração para o IRS enquanto fazem um ensopado de borrego.
Tenho verdadeira urticária ao homodisconightus. Mais facilmente oscularia apaixonadamente as alforrecas do rio Sado, do que conviveria com essa criatura.
O abanar hemítropo da cabeça, enquanto segura o copo, com ar de que lhe enfiaram uma vassoura desde o traseiro ao cocuruto, não engana ninguém!
Ele é o tetra-tetra-tetra-neto, grande descendente em linha directa, do pai do Vira.
Mas, como não há bela sem senão, ou para tudo existe um “mas”, ou porque ninguém quer colidir com o equilíbrio natural das forças centrífugas e centrípetas do universo, existe realmente um grande “contudo” nesta história: as danças tradicionais populares portuguesas.
O legado destas é coisa para, digamos, ter os olhos marejados em lágrimas do desalmado desgosto que provoca. É de fazer birra, ir ao chão, espernear, dar pontapés às pernas da vizinha de cima e berrar como uma cigana em dia de feira.
As nossas danças tradicionais populares são anti-dança. São pobres em expressão e libertação corporal. Onde está a sedução de um Bailinho da Madeira ou de um Vira? Certamente, nos vinhos regionais… Por que razão nenhuma alminha acordou com a ideia latejante no cérebro de encastoar as influências africanas, tão ricas em movimento? Decoro, amigos. Em prol do decoro, levantamos os braços e rodopiamos com o corpo hirto, quais peões de corda num prato de loiça.
Daí as minhas constantes recusas para idas à discoteca. Festas de Hip Hop, de salsa, ragga, locais pejados de bailarinos e amantes desta arte, fazem as minhas delícias. Discotecas, nem pensar! Assim, e para grande irritação dos meus amigos, ultimamente, apenas e só apenas frequento aqueles meios.
Qual é o meu problema? Simples, o homodisconightus, o habitual frequentador da noite portuguesa. O típico desloca o peso de um calcanhar para o outro, “Zé saltitão/Maria saltitona” e está a arrasar na pista. Que deixa cair o queixo e fecha os olhos a medo perante algo mais elaborado do que um “um dois, um dois”. Que nos observa como se fossemos ratos de laboratório, que aprenderam a preencher a declaração para o IRS enquanto fazem um ensopado de borrego.
Tenho verdadeira urticária ao homodisconightus. Mais facilmente oscularia apaixonadamente as alforrecas do rio Sado, do que conviveria com essa criatura.
O abanar hemítropo da cabeça, enquanto segura o copo, com ar de que lhe enfiaram uma vassoura desde o traseiro ao cocuruto, não engana ninguém!
Ele é o tetra-tetra-tetra-neto, grande descendente em linha directa, do pai do Vira.
34 comentários:
Nunca mais saio contigo!
AHAHAHAH! :D
Mas - volta e meia - já aparecem os postalões arrasa pistas!
É vê-los a contorcer a pélvis, a lança-la para a frente, a desgrenharem os cabelos, a fazerem coreografias ousadas com os pés, os braços!..
Ui!
Um encanto! ;)
Eu evito esses constrangimentos.
Não danço e acabou.
Lol o Jorge está a mentir ele é um bailarino do melhor (ballet)
Eu prefiro um bom barzito onde possa estar numa boa com os amigos a conversar, a beber e a conviver com as pessoas novas que por lá se encontram
Hugo,
Meu grande pé chato!
Maria Ostra,
Na volta sou uma postalona... Por isso é que gosto dos meus ambientes.
Sou incapaz de estar a dançar como que se estivesse com vontade de fazer xixi...
Jorge,
Essa sim, foi a desilusão do ano...
Princesa Strüderini,
A sério? Vou já levá-lo às aulas na Dança Livre. Agora sim, o meu pas de deux será o melhor de sempre!
Também gosto de um bom barzinho, mas no que toca ao bailarico...
E agora que finalmente já cheira a verão, vou poder atacar os bares da praia!
Vá. Não chorem. Não sei dançar mas sou muito bom a vender cocaína.
Pensava que a tua especialidade era vender garrafas de leite Vigor...
Diz quem nunca viu um pauliteiro a manusear o falo. Depressa te mudavas para Miranda...
Já andei por outras Mirandas e não me convenceram.
(Respirar fundo. Conter impulso para fazer piadas fáceis.)
as alforrecas do meu rio sado agradecem o carinho..e já me pediram para te serem apresentadas, uma noite destas, em soltroia ou no comporta café!!;)
reivindicações : o ósculo prometido..e um tentáculo (ou dois!) de dança!;)
Respira, respira, ffffffffffff, ffffffff!!
Ai... Aquelas cabeças gelatinosas que se passeiam em família pelo rio durante a travessia... Mal posso esperar!
É por essas e por outras (mosquitos pernilongos sanguinários) que nunca ponho os pés na casa dos meus tios...
Osculo sim. Pé de dança, só a sério.
Travessias? Li bem?
Estamos a falar de travessias de barco ou de prova de natação?
Nãããã, não percebeste!
Só vendo! ;)
Ok. Por travessias entendo outra coisa.
Jorge,
São provas de natação acrobáticas, em que fujo dos golfinhos que se passeiam em frente à Cimpor e me esmifro para conseguir oscular ardentemente as manadas de alforrecas que por ali habitam.
De barco, claro! Ferry...
Tens a mania que tens piada. Tás mesmo a pedir um calduço.
Fique sabendo que se fazem travessias a nado no Sado (mesmo com essas alforrecas todas).
Pois, eu sei!
Como sou a mulher das ginásticas, pensaste que eu também dava para isso não???
Já dei. Agora quanto muito uma sincronizada. Que lindo que era com as alforrecas a participarem no ballet aquático...
E aquela àgua fria... brrrrrr! No way!
É que eu só gajo para ainda me ir metendo nisso. No Sado é que não, água fria e povoada não é o meu forte.
Há cinco anos que não nado regularmente. Mas, se começasse a treinar, era menina para te dar uma abébia.
Sugiro àguas mais calientes. Ali não ponho um dedinho sequer!
Acho que querias dizer abada.
Abébia pode ter interpretações mais duvidosas.
Não és mulher não és nada:
Água bem boa, travessia, Setembro, Ilha do Lombo.
Isso, abada! (Ainda não me habituei ao calão...)
Brrr! Castelo do bode...
Para Setembro já tenho uma aposta com um amigo. A maratna da ponte Vasco da Gama. Até lá já tenho que treinar e muito no tapete.
E uma maratona de dança, hein?
Nem pensar no caso!
A maratona é compatível com a travessia. És cobarde!
Faz a de dança que eu faço a travessia.
Eu gostava de aprender a dançar o Tango Argentino. Isso é que era. Mas gosto de ir a discotecas "normais". Até porque não é preciso tirar um curso de formação profissional para me poder divertir. :P
Tango argentino é lindo! Vale apena aprender mesmo em Buenos Aires. Estou para fazer essa viagem há algum tempo.
Claro que não é preciso tirar curso profissional para nos divertirmos! Em qualquer discoteca. O que eu quis dizer é que duvido que o homodisconightus se divirta. Anda mais a marcar passo, salvo seja!
Injusto.
Eu não sei dançar e tu sabes nadar.
Ainda vais a tempo de aprender! Só não me voluntario para professora porque tenho muito amor aos meus dedinhos dos pés...
bem, como mulher da terra, permitam-me algumas observações:
a fábrica de cimento à volta da qual permitiram a construção da serra da Arrábida :P é a Secil, e a rota dos golfinhos não passa nem lá perto; a água em tróia é quentinha (e olha k fala a miss summer pele-de-galinha), apenas nas praias da Arrábida é fria (sendo que no Portinho é gelada); nem sempre há "algarrefas", tem a ver com as marés e as correntes, mas nas zonas de banho raramente as encontras (vivas!), e a travessia do sado faz-se todos os anos, sem que haja relato de encontros imediatos com as criaturas (só não posso assegurar que os nadadores não façam corridas de obstáculos!):)
Tenho 0 jeito e pouco "à vontade".
Asseguro-te eu que já houve encontros imediatos e água geladinha. Experiências de quem já a fez.
Isso, é a Secil! Estou sempre a trocar-lhe os nomes...
Quentinha? Quentinha??? A última vez que me atrevi a colocar o dedão do pé nessa àgua fui envolvida em botijas de àgua quente.
No Portinho não é gelada. É indecente! Ultrajosa arca frigorífica!
Tenho o azar de dar de caras com as gelatinas verdes sempre que lá vou...
Mas bom, bom mesmo é o choco frito! E os carrapaus!!!! ;-)
FABULOSO!!! nao li os comments mas fartei-me de rir com o texto. O vira é muito mau e eu que sou apaixondada das danças é ver-me a dançar o tango enquanto dá o tumtstum (espero que consigas ler isto do tumtstum, lol)
Consegui, pois!
O tumtstum só tem piada se se dançar house a sério. Qualquer dia, ponho umas coreografias aqui para entenderem.
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