Ahhhhhhh, Domingo!
Uma manhã solarenga, um pouco de vento, é certo, mas repleta de raios quentes e primaveris já tão saudosos e acolhidos com o maior dos sorrisos. Quase meio-dia, mais uma vez, lá vou eu em direcção ao Wellness. Só uma corridinha enquanto espero que o pessoal acorde, prometi a mim própria. De seguida, rumo à praia!
Já devidamente equipada e de mochila às costas, percorro o caminho com a melhor das disposições. Eu própria irradiava raios de sol. Raios luminosos, alegres e mornos. Contagiantes.
Campo Grande, atravesso a rua da churrasqueira para apanhar o autocarro, quando um tipo passa por mim a correr e me dá um grande apalpão no rabo!
Atónita, congelei, tal a frase “Isto não me aconteceu!” se repetia a mil à hora na minha cabeça. Terei voltado aos primórdios do liceu, altura em que gaiatos em pré-adolescência descobriam as diferenças com o tacto, para horror das vítimas femininas? Em frente, a vil criatura corria vagarosamente e soltava gargalhadas de aprazimento e satisfação.
“Ai, não vais estragar o meu dia! Não vais não!” Apelo às energias do pequeno-almoço, bato os calcanhares e sigo em perseguição do malfazejo facínora, para espanto dos transeuntes.
Alcanço-o quase ao dobrar da esquina, dou-lhe um valente empurrão e preparo-me para o esmurrar impiedosamente, não fossem dois agentes da polícia aparecer.
- Mas o que é que se passa aqui?
De rosto escarlate, explico-lhes o sucedido. Resultado, ruidosas gargalhadas…
- Ó menina, esqueça lá isso! Acho que ele nem ganhou para o susto! - Era verdade. O matulão abusador era agora um ratinho tremeliques e assustado, encolhido no chão. Os olhos quase que lacrimejavam por clemência.
Sentindo-me muito pequenina, baixo a cabeça e dirijo-me para a paragem, preparada para esquecer o dia, quando sou surpreendida com uma valente ovação e recepção de palmas. Vigorosamente aclamada pelas pessoas na paragem! Hurros de alegria e de aprovação!
É certo, não entrei em ombros para o 750, mas fui a primeira a entrar, com cortesias e honras (e, não menos importante, lugar para me sentar) dignas de uma verdadeira heroína!
Uma manhã solarenga, um pouco de vento, é certo, mas repleta de raios quentes e primaveris já tão saudosos e acolhidos com o maior dos sorrisos. Quase meio-dia, mais uma vez, lá vou eu em direcção ao Wellness. Só uma corridinha enquanto espero que o pessoal acorde, prometi a mim própria. De seguida, rumo à praia!
Já devidamente equipada e de mochila às costas, percorro o caminho com a melhor das disposições. Eu própria irradiava raios de sol. Raios luminosos, alegres e mornos. Contagiantes.
Campo Grande, atravesso a rua da churrasqueira para apanhar o autocarro, quando um tipo passa por mim a correr e me dá um grande apalpão no rabo!
Atónita, congelei, tal a frase “Isto não me aconteceu!” se repetia a mil à hora na minha cabeça. Terei voltado aos primórdios do liceu, altura em que gaiatos em pré-adolescência descobriam as diferenças com o tacto, para horror das vítimas femininas? Em frente, a vil criatura corria vagarosamente e soltava gargalhadas de aprazimento e satisfação.
“Ai, não vais estragar o meu dia! Não vais não!” Apelo às energias do pequeno-almoço, bato os calcanhares e sigo em perseguição do malfazejo facínora, para espanto dos transeuntes.
Alcanço-o quase ao dobrar da esquina, dou-lhe um valente empurrão e preparo-me para o esmurrar impiedosamente, não fossem dois agentes da polícia aparecer.
- Mas o que é que se passa aqui?
De rosto escarlate, explico-lhes o sucedido. Resultado, ruidosas gargalhadas…
- Ó menina, esqueça lá isso! Acho que ele nem ganhou para o susto! - Era verdade. O matulão abusador era agora um ratinho tremeliques e assustado, encolhido no chão. Os olhos quase que lacrimejavam por clemência.
Sentindo-me muito pequenina, baixo a cabeça e dirijo-me para a paragem, preparada para esquecer o dia, quando sou surpreendida com uma valente ovação e recepção de palmas. Vigorosamente aclamada pelas pessoas na paragem! Hurros de alegria e de aprovação!
É certo, não entrei em ombros para o 750, mas fui a primeira a entrar, com cortesias e honras (e, não menos importante, lugar para me sentar) dignas de uma verdadeira heroína!
17 comentários:
Que aventura!!! Pena que, quando desceste do 750, a banda da Carris não te ter feito as devidas honras... "Granda" mulher!!!
Acho que merecia uma medalha. Ou uma condecoração! Alguém tem o número do PR?
Devidamente equipada? Estou para ver esse equipamento. Que calças é que levavas vestidas? Coitado do homem!!!!
Hugo,
Tu queres apanhar...
Boa!
É assim mesmo...e ainda dizem que não há super-mulheres...
Infelizmente acho que a lei portuguesa não prevê a atribuição de nenhuma medalha para estes casos...lol...
Eu se me acontecesse o mesmo devia ficar paralisada feita parva.
Alexandra, não nos podes tratar assim. Só andamos em busca de amor e carinho (humilhação pública não incluída).
Amor e carinho não se encontram no rabo!
Quem merecia uma medalha era o matulão!O tipo fez aquilo que todos nós gostaríamos de fazer. É o meu herói!
Não? Então tenho vivido enganado?
Anónimo,
Ele só não levou a medalha porque eu fui impedida!
Jorge,
Meu Deus, por onde tens andado, rapaz?!
Então é por isso que elas me dão violentas chapadas! Está tudo explicado.
É capaz... No rabo de uma mulher, só mexe quem ela quiser! (Ai, que vou para poeta)!
Quer dizer então que, intimamente, desejavas que um desconhecido te apalpasse.
Onde é que foste buscar isso???Brrrr, nem pensar!
Mesmo que o desconhecido fosse o Heath Ledger, levava um chapadão!!
"No rabo de uma mulher, só mexe quem ela quiser!" - fui buscar aqui!
clap-clap-clap-clap-clap-clap
Pois... por isso mesmo. Eu não queria!
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