Anteontem, ao visitar uma das minhas lojas de roupa interior preferidas, uma empregada aborreceu-me tanto para não sair de lá sem compras que, por momentos, com um sorriso feliz e satisfeito, visualizei-me a esmurrá-la, pontapeá-la e a arrastá-la pelo chão enquanto ela gritava "Vai dizer-me que não há aqui nada na loja suficientemente bonito para si?" (Sim, este foi um dos mimos que ouvi, entre outros similares.).
Pestanejo e, rapidamente, dou por mim a escutar o ataque seguinte, o óbvio e o que, honestamente, é suficiente para corroer o meu coraçanito quente e e afectuoso e deixá-lo gelado e pontiagudo, como uma estalactite suficientemente aguçada para rasgar-lhe o tórax, qual serra eléctrica de trinchar o peru. Ainda não chegaram lá?
As famigeradas cuecas azuis para a passagem de ano. Para a sorte, alegadamente.
Nada contra, meus caros. Não é só mau feitio.
Quando essas coisas fizerem algum efeito, serei a primeira a envergar quatrocentas e noventa e oito cuecas, mal podendo juntar as pernas e andar, engolir oitocentas e doze vezes doze passas de seguida, enquanto subo para cima de sessenta e sete bancos com dez milhões de euros gamados ali ao BPN (Só para a sorte e para o momento que eu cá devolvo tudo.) e outras coisas mais que se demonstrem absolutamente necessárias.
Bom ano meus pequenos iludidos. Que é o mesmo que dizer bons roubos ou boas emigrações.
*Respondendo ali à pergunta de cima, considero que sim, quase sempre e para evitar desgostos, nunca mas nunca saiam de casa com cuecas da avó. Não quer isto dizer que esteja a pensar (só) em encontros amorosos. Não é lá muito abonatório ser-se atropelada, ir parar ao hospital e ter de ser observada nesse estado. Independentemente de o médico ter olhos azuis e ser giro como o caraças ou ter sessenta anos e menos dois dentes da frente. Não é bom para a vossa reputação. Imagino eu que cá a mim isso nunca aconteceu.
1 comentário:
Eu sou daquelas que nem consegue usar outra coisa que não a bela da cueca tanga. O meu rabo habituou-se, ora.
ahahah
Quanto ao mimo que ouviste, é mesmo de esmurrar.
Enviar um comentário