sábado, dezembro 22, 2012

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Como tornei a Cacau numa valente e destemida aliada contra os atentados ao equilíbrio visual e artístico, esfregando bifes de vaca nas pratas dos chocolates da árvore de Natal, quando ninguém estava a ver.

Alexandra e a via saudável



Provavelmente nunca deverão ter reparado (Sobretudo se nunca puseram os pés neste blogue ou andaram perdidos da cabeça durante estes quase sete anos.) mas tenho tendência para ser compulsiva a comer. Quando me dá na veneta, não consigo parar dois minutos sem atacar o frigorífico e, geralmente, pego sempre nas coisas mais calóricas e/ou açucaradas.

Para minimizar o problema, resolvi ir a uma nutricionista muitíssimo recomendada pelas minhas colegas da academia de dança, que estão lindas e a comer saudavelmente. Nos intervalos das aulas, de um lado, as minhas colegas com uma banana ou algumas nozes na mão, do outro, eu com uma ferradura de chocolate. Cansada dos olhares de reprovação, resolvi intervir.

Ora bem, a doutora muito simpática, após longa conversa sobre os meus hábitos alimentares, lá decidiu que, dali em diante, eu deveria abster-me de tocar em tudo o que é chocolates, doces, pão, arroz e massa, passando a abrir portas aos alimentos naturais, biológicos e pouco processadose alimentar-me única e exclusivamente de muitos legumes, carnes, peixes e ovos e algumas frutas, ainda assim, preferindo frutos secos.

Lá tentei explicar-lhe que tal mudança não teria bons resultados, metabolismo alto, muitas horas de dança e perdição infinita e incontrolável por doces, pão, lasagnas, etc, etc mas de nada serviu.

Pois que a descarada teimou, teimou, teimou ao que pus fim a tamanha teimosice com um murro na mesa rosnando: - Ai é? Então, se daqui a uma semana regressar cá e a doutora constatar que a ideia só trouxe prejuízos, devolve-me o dinheiro da consulta em dobro!

-Apostado! - Consentiu com os olhos raiados de vermelho e prestes a saltar para perfurar os meus, por sua vez, doces, belos e amendoados.

Resultado: Uma semana depois, perdi seis quilos, deixando de ser uma jovem bonita, sexy e agradável à vista para passar a ser um conjunto de ossos (ainda que bonito), agora a toda a hora perseguido pela Cacau a salivar e de dente arreganhado. Por sua vez, o meu namorado terminou comigo (Por carta, enviada do Nepal.) e todos os meus colegas, clientes, família e vizinhos passaram a fugir quando me vêm. Adivinho que seja o meu humor.

Chorou que se desalmou, a atrevida. Jogada no chão soluçando entre lágrimas gordas de desespero e arrependimento.  Soltou gritos de horror, perante o meu aspecto causado por tamanha crueldade.

Aguentai os cavalos, não sejam tão caridosos. 

Serviu-lhe de lição, a brincadeira.

Tão cedo, não brincará com a saúde de ninguém.

(E deste lado estão cento e vinte euros. 

Cento e vinte euros para esbanjar em chocolates. 

Deus é grande!)




quinta-feira, dezembro 20, 2012

A minha árvore de Natal é uma árvore de Natal




Por mais que tente fugir com o rabo à seringa, todos os anos os meus pais massacram-me para lhes fazer a árvore de Natal.

Ai que é tradição, ai que quando eram pequenos faziam com o vosso pai mas depois passaste a fazer tu e assim é que gostamos. Que é como quem diz ninguém se chegava à frente, ninguém tinha paciência e chegava ao dia vinte e três ou até ao dia vinte e quatro e lá me calhava na rifa.  

Reparem, fazer a árvore de Natal não é uma tarefa assim tão desgostosa, se pensarmos que adoro decoração e tudo o que seja projecto de trabalhos manuais. A grande questão é que a decoração é sempre a mesma e mesmo à conta para ao ser colocada, ficar exactamente igual, de ano atrás de ano. Detesto. Também não sou amiga do caos, sou amiga da criatividade mas dispor bolas e outros ornamentos implica uma mestria (leiam esquadria) para que fique minimamente agradável ao olhar.

Depois, é uma luta para se comprar decorações novas. Ou faço eu (O que acontece quando entro no limite do enjoo.) ou aturas a mesma parafernália ano após ano. Há dois anos, tive um saudosismo enorme e ainda andei à procura das decorações dos anos oitenta (Que provavelmente duraram uma década.). Aquela misturada de cores, tipos e feitios tanto nas bolas como nas grinaldas que era um deleite para qualquer amante de kitsch. Todavia, após revirar a casa inteira e a arrecadação, descobri que tinham sido deitadas fora, sem qualquer comunicado à minha pessoa.

Este ano, torcendo o nariz e bradando aos céus a minha completa ausência de vontade para fazer seja o que for, ao invés de um "Nem pensar, gastar dinheiro nessas coisas, quando os tempos não estão bons." ouvi um "Olha, comprei uns chocolates para pôr na árvore de Natal, tal e qual faziam quando eram pequeninos! Já tenho tanta saudade de ver a árvore assim!" e. perante o meu olhar de espanto (Misto de vómito ao imaginar as cores e as formas dos chocolates juntas com a perfeita simetria de formas e cor da restante decoração.), lá ouvi o tradicional "Decoração? Nem pensar, gastar dinheiro nessas coisas, quando os tempos não estão bons."

Não me julguem, caros leitores. Eu gosto do caos quando ele faz sentido. Os chocolates coloridos e de formas diferentes ficavam giríssimos com as bolas encarnadas, amarelas, verdes, roxas, azuis, cor-de-rosa, com ou sem neve e as restantes grinaldas arco-íris. As pequenas garrafas de champanhe, os pais de Natal, os carrinhos, as bonecas, as pinhas, as sombrinhas, tudo isso fazia sentido no meio da loucura "oitentiana". Só que nem isso são. São uns pais Natal, umas pinhas e uns sinos muito deslavados. Eu gostava era dos chocolates da Imperial. Assim, não.

Portanto, a minha árvore de Natal é uma verdadeira árvore de Natal. 

Encarnou a Ana Dello Russo,a  Lady Gaga e o Manuel Luis Goucha, ao mesmo tempo.

Ao engraçadinho, ao atrevido, ao supositório ambulante que tentar fotografá-la, aviso com a devida e legal antecedência que será placado, esmurrado nos queixos, pontapeado nos tin-tins e agredido com uma valente cuspidela de gosma esverdeada.

Ouviram, queridos irmão e primos?

quarta-feira, dezembro 19, 2012

Querido Pai Natal



Olá! Como estás? Como vai a vida no Polo Norte?

Escreve-te a tua querida amiga, aquela tonta que não pode ver uma lata de leite condensado sem começar a ter calores, espasmos em todo o corpo jovem e esbelto e a salivar o rio que o Justin Timberlake pede para chorar (E mais umas monções de saliva.).

Bem sei que a vida não está fácil. Acredita, sei. 

Bem sei que, ainda por cima, estou neste país pequenino e rectangular, à beira-mar plantado, onde povoam uns tantos canalhas corruptos, cuja organização chama-se classe política, umas aventesmas que tiram cursos do dia para a noite, sem saber quais as cadeiras feitas, uma Troika (Como acho esta palavra ridícula.) irascível, uns palhaços que só compreendem números mas ignoram a humanidade, uma(s) crise(s), um povo que só se queixa para o ar mas não sabe agir e, infelizmente, uma miséria a instalar-se como há muitos anos o país não via.

Provavelmente, suspiras em cada carta que recebes, em que é pedido um Iphone, um Ipad, umas férias na Polinésia Francesa acrescidas de um carro de topo de gama ou tornar-se numa fashion blogger. Tens toda a razão, Pai Natal. Para além da crescente miséria, do atirar famílias inteiras para o nada, quando há pouco tempo tinham vidas confortáveis, à conta do flagelo do desemprego, a grande tragédia são os outros. Os outros que não fazem ideia do que se passa. Os outros que vivem em pequenas redomas e assim pretendem ficar e, pior, abrem a boca para falar (Normalmente, mal.) do que desconhecem e não compreendem.

Assim, Pai Natal, sabendo do que se passa, compreendendo que não me irás trazer uma casa nova, um computador, umas férias, o amor ou até mesmo o trabalho que tanta falta me faz, compreendendo que somos milhões a pedir, descontentes, infelizes, muitos desesperados, e que nada disso irá acontecer, este ano resolvi ser muito singela no meu pedido. Naturalmente, não abdicando nunca da saúde e felicidade dos meus e de uns chocolates e latas de leite condensado de vez em quando.

Assim, querido Pai Natal, não querendo pedir muito e após avaliar as minhas possibilidades e realidade, este ano quero, este ano quero muito o Vin Diesel.






Beijinho grande e festinha às renas.

P.S.- A Cacau pede um carregamento de ossos e um sofá só para ela.

segunda-feira, dezembro 17, 2012

Em mau




Ler os primeiros anos do blogue e perguntar "Quem é esta pessoa?"

Esperem, ainda não acabou.

De seguida, também perguntar "O que é que tenho de fazer para voltar a ser assim?".

quarta-feira, dezembro 12, 2012

terça-feira, dezembro 11, 2012

domingo, dezembro 09, 2012



Queridos leitores, colheradas doces do meu paladar,

A esta hora que lêem estas singelas palavras, eu a Cacau já não estamos por cá.

Imagino que será um choque para todos mas já não aguentava mais. 

Nada me prendia aqui, pelo contrário, e a Cacau, bem, apesar de ter-se habituado às mordomias dos biscoitos, do sofá e da mantinha polar, a Cacau é um espírito livre. A sua essência é correr pelas nuvens.

Não estranhem. A nossa vida não será muito diferente da vossa no próximo ano. Não queremos amarras e preferimos nada ter do que entregar o pouco que há ao coelho alucinado. Não duvidem, brevemente, serão vocês. Provavelmente, não pela escolha mas por necessidade.

A verdade é que somos almas avançadas. Sempre fomos avançadas para o país, para o povo, para o tempo e até para cheirar um pudim de leite condensado a dois quilómetros e meio.

Assim, optamos por largar tudo e ir para as ruas, correr o mundo. 

Bem preparadas, naturalmente. Foram cinco dias a escolher todos os outfits mais estilosos, a condizer com este novo estilo de vida. Cinco dias a empacotar sapatos, brincos e lantejoulas.

Não temei. Poderemos passar fome e frio mas estaremos sempre prontas e giras para um clique do Alfaiate ou do Scott.

Prontas, giras e livres.

Para desfilar pelos Campos Elísios, degustar uma pasta numa gôndola, mergulhar nas águas tailandesas,  saborear um açaí com banana ao assistir ao pôr-do-sol no Arpoador e até adormecer a ver estrelas cadentes debaixo do viaduto de Sete rios.

Adeus, queridos.

Boa sorte para todos. Se nos virem, atirem uma nota de quinhentos euros, sim?

quinta-feira, dezembro 06, 2012

Uma vez por outra,

Gostaria que as pessoas fossem apresentadas ao próprio cérebro.

Tal como aquelas cenas do fogo e da roda, há descobertas que não deviam ser negadas a ninguém.


terça-feira, dezembro 04, 2012

O presente de Natal da Conde Redondo


Eu sou muito porreira. Juro que sou. 

Sou até aquela mulher ideal que dá sempre espaço, liberdade, alinha em brincadeiras e saídas, deixa os amigos e os namorados à vontade para saírem com os amigos sem a levar como bengala, nada controladora, confia mas exige confiança e espaço também. 

Sou aquela mulher que não faz mil e um telefonemas, muito menos mil e um inquéritos ou vasculha a carteira, o carro, a casa assim que tem oportunidade. Aquela que abomina cenas de ciúmes e afins (Todos os meus ciúmes passam imensamente despercebidos e isso é uma forma inteligente de não lhe dar tanta importância e poder.) 

Agora, há limites para tudo. 

Isto é um presente, uma dádiva de Deus. 

Senhores, isto é muito raro. Basta olharem à vossa volta. 

Infelizmente, há quem não compreenda isso e não dê mínimo valor. Há quem brinque e goze. Há quem não ligue a mínima. Há quem desconfie sempre que é uma forma de artimanha, uma mentira, um complô, um joguete - quando basta conhecer-me minimamente, para saber que a minha boca foge sempre, sempre para a verdade e gosta de opinar e divulgar o que o cérebro pensa. Há, sim, quem judie de tudo. Quem me tire muito do sério. Sobretudo, aqueles que estavam habituados a ter rédea muito muito curta e, vá se lá saber porquê, gostavam disso (Ainda que não o admitam.).

É por isso, por todas essas palavras, acções, impropérios, gozações, convenhamos, por todo esse esticar da corda a não me levar a sério, que o meu querido amigo (Se lhe chamo amor ou algo parecido com algum sentimento, ele passa-se. Ai que ninguém pode gostar dele, tem logo um enfarte do miocárdio.) numa noite desta semana (Que não vou precisar para manter o suspense.), por volta da meia-noite, receberá a visita de um ele-ela de dois metros e dez, pele cor de ébano, peitos viçosos, redondos e bem espetados e pacote  de considerável volume, desejoso de saltar para fora da micro mini-saia prateada de napa, que mal tapa umas nádegas robustas e carnudas, favorecidas e elevadas por uns saltos transparentes de uns bons dezasseis centímetros.

Claro, sincera como sou, que o avisei.

Gozão como é, a resposta dele foi enviar-me isto.



A visita está marcada. Espero que goste da Bruna.

Para dissipar as dúvidas

E terminar com todos esses cochichos e inveja que se levantaram hoje, o moreno que menciono no post anterior é este.



(A usar lentes da M****ópticas.)

Se perguntarem por ele da Natura, por favor, assobiem para o lado.

segunda-feira, dezembro 03, 2012

Então e o que é que eu tenho para dizer?


Cada vez mais sei menos, caramba.

Tenho saudades de me apaixonar (Daquela fase inicial em que pareço uma tonta feliz.). A porcaria é que é coisa muito rara e não tem dado nada bom resultado. Fica lá quietinha e desapaixona-te de vez, para já.

Ele é um Peter Pan autêntico. Pior do que eu. Não quer crescer nem o irá fazer tão cedo. Não faço ideia se fala a sério ou se está no gozo. Não faço ideia de nada. Cada vez menos. Nem sei se quero saber. Sei, no entanto, que nada disto é o que quero. Ao menos que nos portássemos como adolescentes mas nem isso. Ele também não tem sorte nenhuma. O meu instinto é pô-lo a milhas o mais que puder.

Tenho umas saudades imensas de rotina rígida diária. Escritório das 9h00 às 19h00. Almoçar sempre fora. Trabalho intensivo e colegas à volta. Sonho todos os dias com isso. Ou com tsunamis. Tenho os piores sonhos que possam imaginar com tsunamis e é uma angústia terrível, pois tenho que salvar todos aqueles que adoro.

Também estou na corrente do "quero muito largar o país", ao mesmo tempo que "não quero largar o país nem à lei da bala". Talvez enfiar a bala em algum governante. Já faltou mais.

O chocolate deveria fazer emagrecer.

Deveria ter um closet para chocolates. Cheio, claro. Agora estou sem um único (chocolate) e pareço uma drogada. Quero! Preciso!

Necessito URGENTEMENTE de uma saída just girls com álcool e disparates à mistura. Talvez no próximo Sábado. Definitivamente, no próximo Sábado. Não saiam de casa.

(Não vou falar de dança.)

Ok, vou. É algo primordial na minha vida mas outras coisas são muito mais primordiais. Hip Hip Hurray! Estou a crescer.

Tenho um trabalho giríssimo para fazer, que já deveria estar a ser acabado, e estou longe de poder dizer que já o comecei a sério. Falta-me vontade à séria. Não é normal. Alguém conhece um hipnotizador que possa tratar disso?

Pensando melhor, disso e não só. Tenho alguns aspectos da minha personalidade que adoraria limar, para não dizer arrancá-los à pazada sem dó nem piedade.

Há uns bons três meses que ando com vontade de comer bolo de aniversário, daqueles com aquela cobertura de massapão ou açúcar ou fondant como lhe chamam. O da Doces Paladares é o meu preferido de todo o sempre. Alguém sabe onde posso comprar bolo assim à fatia? (Comprar um bolo só para mim é demasiado decadente.)

Se ainda estão a ler este texto, provavelmente estão piores do que eu. Façam-me um favor e vão buscar um chá e meter-se na cama. De preferência com um moreno de olhos azuis, 1.85m e bom perímetro muscular.

Ok, afinal não estou assim tão mal. O moreno está mesmo aqui ao lado a aquecer a cama. Esqueçam o chocolate. (Pensemos no bolo amanhã.)

Boa noite e beijinho!