quarta-feira, outubro 07, 2009

This is my confession (I'm so Usher right now)


Tenho um feitio complicado mas isso não é novidade alguma.

Contudo, sou uma pessoa extremamente tolerante. Leiam "extremamente". Aturo tudo e mais alguma coisa e tenho compreensão para dar, vender e emprestar.

Até que deixo de conseguir suportar o peso e a corda se parte.

Chego ao ponto do não retorno. Isto é, o ponto da desilusão.

Enquanto ando aborrecida, irritada, tudo bem.

A desilusão já não. Apaga tudo. O que essa pessoa é, o que me faz gostar dela, os momentos que me fez sorrir. O que me levava a confiar ou acreditar nela. Apaga-a. Ponto final.

Nesses casos, são raras as vezes em que não desapareço.

Sou boa a desaparecer da vida das pessoas. A sumir-me, ocultar-me. Sem rastos e cordas para voltar a puxar. Não imaginam o quanto sou boa nisso.

Pode parecer radical ainda assim, regra geral (99,999999999%), não me arrependo. Pelo contrário. São fenómenos de limpeza raros mas assertivos.

São raras as vezes em que volto a indagar-me por essa pessoa. Como ela está, se passa bem, sequer equaciono retomar uma comunicação mesmo que com esse único intuito.

Esta não é uma dessas vezes.

Mas deixo-me queda. Sei melhor que isso.



(Só o refrão. Esqueçam o resto.)

25 comentários:

Alexandra disse...

E no entanto, estou feliz assim!

PWFH disse...

Eu avisei, Maria Alexandra, eu avisei.
Avisei?

Alexandra disse...

Não.

A disse...

se calhar percebo-te melhor do que gostaria... que seca!

Alexandra disse...

Também desapareces ou fazes por ser apagado?

A disse...

sou bom a apagar e desaparecer. mas não tanto como tu, pelo menos na parte do desaparecer.

Espiral disse...

Sim. Quando me desiludem também sou boa a cortar laços.

Não sei se gosto ou não disso.

Jedi Master Atomic disse...

Eu não sou tão tolerante como tu. Mas também não passo pela fase do "aborrecido, irritado". Vou directo para a casa da partida e recebo os 2 contos....e depois desapareço misteriosamente.

Gi disse...

Apesar de costumar dizer tudo o que me irrita e fazer perguntas quando as coisas não se me encaixam, estico a corda até me desiludir e, a partir daí,a pessoa pode cair esticadinha ao meu lado que não faço nada.

Alexandra disse...

A,

É mais fácil que se julga.

Espiral,

Eu gosto. Caso contrário não continuaria a fazê-lo.

Jedi,

Não passo por essa fase necessariamente. Aliás, não é por fases. São situações diferentes. Aborrecerem-me ou desiludirem-me.

Contos é tão antiquado, já o jogo da Glória há muito que fala em euros.

Gi,

Precisamente.

Jedi Master Atomic disse...

Giro giro era o monopolio em vez de ruas, ter blogues.

Em vez de casas e hoteis, havia seguidores e fanaticos.

E depois havia um cartão da sorte que dizia:

"Vá para o blog do Jedi Master Atomic. Vá directamente, sem passar pela casa da partida e sem receber €1000."

Alexandra disse...

Ahahhaha,

Que belo castigo, sim senhor!

Textículos disse...

Costumo dizer que "uns dias somos o pombos noutros a estátua".
Melhores dias e mais felizes virão!
Força! Beijos diverte-te sff...

Kitty Fane disse...

Uii. Quando me desiludem, também me acontece isso. É muito difícil, voltar a ver a pessoa como antes.

Sofia disse...

Ufa! Afinal não sou a única a não acreditar que as pessoas mudam, isto depois de nos fazerem tudo e mais alguma coisa, sempre com a certeza de que somos compreensivas e condescendentes. Chegam até a zangarem-se e ao cúmulo de nos chamarem intransigentes e radicais, porque coitadinhos até estão diferentes e desta vez é que tudo ia ser diferente... Bahhh! BULLSHIT

Alexandra disse...

Textículos,

Não leste o meu primeiro comentário.

Kitty Fane,

O engraçado é que, quando isso acontece com homens, não têm qualquer noção do peso de uma desilusão.

Me,

Por acaso, acredito que as pessoas mudam. Mudam a personalidade mas não de personalidade.

Miguel disse...

Afinal parece que ha mais gente assim do que se possa pensar. Também faço parte do clube. Já lá vai o tempo em que barafustava com alguém porque tem o comportamento X ou Y que não gostei. Não vale a pena dar murros em ponta de faca. Agora digo o que não gosto, o problema é que muito dificilmente os comportamentos mudam... Depois é como tu. Encho o saco e esqueço. Desapareço.
Wellcome to the club ;)

Sofia disse...

Mudam algumas atitudes!
A personalidade é das coisas mais estáveis que temos. E por isso mesmo continuo assim e sou bem mais feliz do que se tiver um barril de desilusões pronto a explodir perto de mim!

Textículos disse...

Agora li e fico contente.

Šaяa disse...

Também sou assim... não sei se é mau se é bom... mas vou aguentando aguentando até que rebento e depois já não há volta a dar e puuff... evaporo-me :)

Anónimo disse...

Eu não consigo desaparecer... :(

eu fico sempre a espera q as coisas mudem, dou oportunidades atras de oportunidades a espera q tudo volte a ser como antes e qd dou por mim já estou bem lá no fundo :´(

neste momento estou la no fundo

Claudia disse...

Sou tal e qual...

Anónimo disse...

Já não deixo que a corda estique. Recuso até conhecer quando me "cheira" a "esturro". Nem sequer tomo conhecimento da existência da alminha, a vida é curta para dar atenção a quem não merece nem uma piscadela de olho.


Bjos




Tita

Alexandra disse...

Anónimo,

Longe de mim querer dar conselhos sobre o quer que seja e sobre situações ou pessoas que desconheço.

Mas, havendo esse sentimento, se não serve de nada, há que mudar procedimentos.

Custa mais mas os danos colaterais são inferiores.

Tita,

Há situações em que não é necessário a corda esticar. O que quis dizer é que tanto nessas como nas situações em que permitimos basta uma desilusão para ficar tudo por ali.

Beijinho

Malmequer disse...

Queria ter esse capacidade. Conseguir desaparecer da vida de alguém sem deixar rasto nem "corda por onde puxar"... Sei que neste momento era o melhor que eu podia fazer... e conseguir?..