Mas estou para aqui a pensar o quão ridícula é esta moda de ter medo de assumir convicções ou vontades políticas, sobretudo os que votarão PS.
Compreendo que a campanha contra seja muita e que possa nascer algum receio de serem hostilizados.
Está na moda ser contra o Sócrates.
Particularmente, adoro.
Sabe bem.
Por exemplo, está a chover. O que faço? "Cabr** do Engenheiro, pá! Só chove porque foi ele quem mandou chover!"
Dá jeito.
A expiação da culpa (largar para o vizinho e fugir) é uma das maiores características do povo português. É intrínseco e não se fala mais nisso.
Se têm convicções políticas e/ou se entendem ser a melhor (ou aceitável) solução, assumam-se caramba.
Isto vale para todos os quadrantes da política, para todas as alas, direita, esquerda, centro, frente ou atrás.
Falo no exemplo do PS porque é o mais visível.
"Ah, e tal eu nem sou do PS mas isto e aquilo e afinal a MFL agora diz que vai baixar os salários da função pública e despedimentos e a questão da saúde e do casamento, para não falar da Segurança Social que finalmente foi restabelecida e agora quer mudar tudo, afinal já não sei ou o Paulo Portas já se cansou das feiras, o Louçã é demagógico e o Jerónimo obsoleto, por isso talvez vote no P.S., mas eu nem gosto do Sócrates, esse bandido, pois não sei (Ou digo que voto na oposição mas voto nele porque afinal até fez um bom trabalho.)"*
Outra, depois do Debate da MFL e do FL, passei a ouvir muito PSD assumido a exclamar: "Pois, a Dra. esteve muito mal e fiquei desiludido e até preocupado mas não há outra opção, estes políticos...", só por embaraço, mais nada.*
Por amor de Deus.
Sejam sérios. Assumam-se. Façam-no com seriedade. Enquanto não o fizerem, nunca poderão exigir a uma classe política que o faça. E aquela "coisa" do dever cívico que vem na Constituição e que se esquece nos dias de sol, chuva, neve, vento e granizo.
*Já ouvi isto tanto e tanto e prolifera por aí em tudo o que é comentário a artigos e blogues e yada, yada.
11 comentários:
Basicamente, lutem por e defendam as vossas convicções.
Eu cá gosto muito de usar este chavão: "Não tenho partido político: gosto de pensar pela minha própria cabeça".
Também podem não gostar do sócrates, não porque está na moda, mas porque têm motivos para não gostar, não é. Tipo eu :) Beijinhos
Grassa,
Também.
Liana Andra Marques,
Naturalmente. A questão não é gostar ou não do Sócrates. É assumir as próprias convicções sem pudores idiotas.
Bom...um post sério, merece uma resposta séria.
"A expiação da culpa (largar para o vizinho e fugir) é uma das maiores características do povo português. É intrínseco e não se fala mais nisso."
Ainda maior é a necessidade de se queixar. Português que não se queixa de tudo e de todos sem apontar uma solução, não é Português.
"Isto vale para todos os quadrantes da política, para todas as alas, direita, esquerda, centro, frente ou atrás."
Eu prefiro as alas....damn....descambei....agora que estava a ser tão serio !!!
Em que ficamos?
Ficamos de cabeça para baixo. E com as pontas dos pés a tocar na cabeça. Ok?
Muito bom post! Ainda não li o resto do blog, acabei de aqui chegar pelo teu comentário em "O amor é um lugar estranho", mas já adicionei aos favoritos!
Concordo mesmo!
Bom dia! ;)
Miss O. - umas das women on the edge
Obrigada.
Deve ter sido o único post que escrevi sobre política aqui. Não é propriamente o espaço indicado. :-)
Bom dia!
Infelizmente ainda nos faltam umas gerações até atingir esse estágio de desenvolvimento.
Eu gosto de fazer parte dos 20% da população nacional que realmente decidem que ficará no governo.
- Aqueles cujo voto é imprevisível.
Enviar um comentário