Dar cem euros por uns jeans, mesmo que sejam da Pepe, dói como o caraças. São lindos e tal, o corte de jeans que ainda não tinha no meio dos meus outros quarenta pares de calças de ganga. Pois... Claro... Cem euros. Cem euros! Ainda assim compensa quando ouvimos todas as amigas dizer "Ai estás tão magra! Estás mais magra! O que fazes?". Evidentemente, ajuda um pouco se comprarem as calças com três números acima do vosso. Muito mais fashion.
Sou muito mais feliz com dez euros na carteira do que quando ia à Avenida da Liberdade como quem ia à feira de Carcavelos.
Essa ideia de que o dinheiro não traz felicidade é um embuste de todo o tamanho. Só um otário para afirmar tal coisa. Como não traz? Está tudo parvo? Ai, sou tão feliz com um pouco de pão e de vinho. Mas aí, acordam da bebedeira, com um buraco no estômago e pensam "E as contas para pagar?" O dinheiro traz felicidade, sim. Pelo menos, um sono tranquilo e descansado.
O segredo do que confessei no segundo parágrafo? Fazer o que se gosta e não depender de ninguém. Não obstante, conseguir dormir já é outra história. Falando nisso, com licença, vou fazer o Euromilhões. É só um segundinho que já volto.
Já que estamos a falar de cêntimos, vale muitíssimo a pena investir em maquilhagem. Uma boa base da Guerlain, daquelas muito suaves para usar no verão, dois blushes, um terracota da Estée Lauder e outro mix da Lancôme, no mínimo. Corrector de olheiras e uma sombra mate branca para aplicar sob os olhos. É que se torna hilariante ouvir "Estás com tão bom aspecto! Ar saudável, mesmo! Foste à praia?" quando não se dormiu decentemente nas duas noites anteriores e se acordou há meia hora (desculpem a expressão, que até sou uma mulher bem educada) com cara de rabo branco e caído, que levou um pontapé do namorado. Bendito dinheiro que se foi.
O amor à dança não tem limites. Para além do mais, é assim que descobrimos que crescemos e evoluímos. Só assim percebemos que a vida vai passando e nós passamos para o outro lado da barricada. Vestimos umas leggings roxas e uns shorts ultra curtos com perneiras, versão muito Fame, super hit fashion, com os saltos para a aula de salsa, passamos pelas teenagers do Hip Hop, que nos observam deslumbradas e comentam"Estas cotas são doidas.".
Como dizia, o amor à dança não tem limites. Damos por nós felizes da vida a dançar "What a feeling" do Flashdance, piruetas para aqui, grandes saltos para acolá, tudo com um polegar a esvair em sangue, após uma brutal pancada que quase arrancou a unha, dada pela mãe de serviço (temos duas colegas que são mãe e filha).
Pois, eu cá quando for grande, quero ser como aquela mãe. Calma. Já estão a pensar na pancada. A senhora não fez por mal, não sejam assim. São acidentes normais quando se faz algo que envolve atirar as pernas para cima e os braços para o lado, ao mesmo tempo que se gira à velocidade da luz. Adiante. Onde ia? Ahhh! Como dizia, quando for quarentona ou cinquentona, quero ser como aquela mãe. Continuar a dançar com a mesma preocupação e dedicação que nós, juventude dos dezasseis aos trinta. Dançar sim, mas trinta ou quarenta vezes melhor que ela. É que a senhora não dá uma para a caixa e é destrambelhada. Deu-me uma pancada que fiquei a ver estrelas.
Moral da história? O que aprendemos com isto tudo?
Nada. Não venham com tretas que não sou eu quem vai dar lições de vida.
6 comentários:
Lindo!
Alexandrita, estás enganada. Daí já se retira muitas lições de vida.
Amei a da cota!
Beijinhos
Kel
Ops! Retiram
Kel
O pessoal que diz que o dinheiro não dá felicidade devia era passar-me um cheque. Em branco.
E depois logo víamos.
Kel,
Eu também. Senti-me tão importante!
I.,
Podemos dividir?
O dinheiro traz felicidade sim.
Por exemplo, eu nao posso comprar calças de 100 euros. Snif Snif!
Ajuda, mais que não seja a tirar problemas da cabeça.
Também pode criar outros, mas isso já são outros quinhentos. :-)
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