Temos dias que são mais difíceis que os outros. E, geralmente, os mais difíceis vêm agrupados, como se não pudessem passar uns sem os outros, como as raparigas que vão em conjunto à casa de banho ou o facto de nunca vermos ninguém a jantar sozinho num restaurante. Almoçar ainda vai, agora jantar...
Dias longos, intermináveis em que não nos apetece nada. “Vamos sair? – Não!” “Ficamos em casa? Queres ver um filme?” E a mesma resposta. Um aborrecimento total de ficar estendida no sofá com o comando nas mãos mas sem vontade de sequer tirar o pijama e abrir a porta da rua. E tanta coisa para fazer. Nestes dias, até o respirar envolve um esforço quase desmedido.
E tudo corre mal. O autocarro que não conseguimos apanhar, o trabalho, o almoço, o namoro, o cruzar com o vizinho no elevador. Bolas, se for preciso, chego a casa e encontro uma inundação!
As casas deviam vir obrigatoriamente equipadas com salas do aborrecimento. Pequenas divisões almofadadas, com uma perfeita insonorização, e um trinco robusto. Para pularmos, gritarmos até não podermos mais e onde é expressamente proíbido pensar e tomar decisões. Só até terem saído os últimos resquícios de aborrecimento, tristeza e dormência. Tão essenciais como um quarto ou uma casa de banho. É o que vos digo! Pelo menos enquanto não inventam o botão de ligar e desligar. Ou o botão que toma decisões complicadas por nós. Inventores deste mundo, andam a dormir??
Até lá, ponham a música bem alta e dancem. E hoje, custe o que custar, vou mesmo seguir a agenda que tinha programado. Trabalho, passar na escola de condução, ir à procura de umas botas pretas e de umas castanhas enquanto a colecção é recente e ginásio (treino e uma aula de ritmos para descomprimir). Mas não me apetece nada. Alguém que me rapte, por favor!
Dias longos, intermináveis em que não nos apetece nada. “Vamos sair? – Não!” “Ficamos em casa? Queres ver um filme?” E a mesma resposta. Um aborrecimento total de ficar estendida no sofá com o comando nas mãos mas sem vontade de sequer tirar o pijama e abrir a porta da rua. E tanta coisa para fazer. Nestes dias, até o respirar envolve um esforço quase desmedido.
E tudo corre mal. O autocarro que não conseguimos apanhar, o trabalho, o almoço, o namoro, o cruzar com o vizinho no elevador. Bolas, se for preciso, chego a casa e encontro uma inundação!
As casas deviam vir obrigatoriamente equipadas com salas do aborrecimento. Pequenas divisões almofadadas, com uma perfeita insonorização, e um trinco robusto. Para pularmos, gritarmos até não podermos mais e onde é expressamente proíbido pensar e tomar decisões. Só até terem saído os últimos resquícios de aborrecimento, tristeza e dormência. Tão essenciais como um quarto ou uma casa de banho. É o que vos digo! Pelo menos enquanto não inventam o botão de ligar e desligar. Ou o botão que toma decisões complicadas por nós. Inventores deste mundo, andam a dormir??
Até lá, ponham a música bem alta e dancem. E hoje, custe o que custar, vou mesmo seguir a agenda que tinha programado. Trabalho, passar na escola de condução, ir à procura de umas botas pretas e de umas castanhas enquanto a colecção é recente e ginásio (treino e uma aula de ritmos para descomprimir). Mas não me apetece nada. Alguém que me rapte, por favor!
2 comentários:
Se tu viesses equipada com um botão de ligar e desligar, a humanidade poderia finalmente ter os seus merecidos momentos de descanso!!
Que é que se passa contigo pirralha?
Conheço umas certas bolas de berlim de uma certa pastelaria Beira Mar que fariam maravilhas! Quase tão bom como o botão de ligar e desligar...
Looool Bem pensado!! Aquilo é pior que o anúncio da Duracell!!
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