Dias ambíguos?
Experimentem ficar exactamente uma hora e dez minutos para fazer o percurso Campo Grande - Estádio da Luz... Sim, eu fui uma dos quinhentos infelizes encurralados naquela amálgama. Ainda por cima dentro de um autocarro que claramente excedia a capacidade possível (e imaginável) de passageiros... mas não falemos sobre isso.
Ahh, depois, sem vontade já para fazer o que fosse, lá evitei a passadeira e acedi ir à aula de step local. Mais valia ter ficado na 2ª circular a ouvir as reclamações de sempre, do sistema de transportes, do país, curiosamente, e para não variar, só o futebol parece ir bem, ou, pelo menos, menos mal! Mas não falemos nisso também...
Agora imaginem que, após o ginásio (já que no dia anterior não cumpri rigorosamente nada do que me havia proposto), tomei rumo em direcção à Baixa, em busca das ditas botas. Pelo menos, sempre apanhava ar (e se tivesse a mesma sorte, chuva, pois não há uma sem duas nem duas sem três...). Mas não choveu. O sol estava radiante e soube lindamente caminhar na calçada branca e negra. Soube lindamente ver o sorriso dos que nos visitam, deslumbrados com aquilo que já damos por adquirido.
Restauradores, Chiado, Praça da Figueira e, como não podia deixar de ser, lá me dirigi para a Rua Augusta. As mesmas vendedoras de flores e castanhas, a Loja das Meias, que também faz parte da mobília, e as mesas das esplanadas absurdamente repletas de gente loira e de olhos claros.
Mas, desta vez, não era o fado ou a canção Lisboeta que se faziam ouvir. Nem os sons peruanos ou brasileiros.
Imaginem os sons do violino, do violoncelo, da flauta, do oboé, do violão... tocados por crianças e adolescentes. Música clássica deliciosamente tocada com sorrisos e olhares cúmplices à mistura. Que saudades de um concerto assim! Da tranquilidade que aquela música transmite. E fiquei ali, parada, com os pensamentos a voar durante quarenta e cinco minutos. O céu azul, o sorriso das pessoas, o cheiro de Lisboa. As rugas de preocupação desfizeram-se, a dor junto aos olhos e o peso sobre os ombros desapareceram.
Nem botas pretas, nem botas castanhas. Segui dali para as Picoas, a fim de marcar as aulas de condução. Leve, tranquila, luminosa.
Experimentem ficar exactamente uma hora e dez minutos para fazer o percurso Campo Grande - Estádio da Luz... Sim, eu fui uma dos quinhentos infelizes encurralados naquela amálgama. Ainda por cima dentro de um autocarro que claramente excedia a capacidade possível (e imaginável) de passageiros... mas não falemos sobre isso.
Ahh, depois, sem vontade já para fazer o que fosse, lá evitei a passadeira e acedi ir à aula de step local. Mais valia ter ficado na 2ª circular a ouvir as reclamações de sempre, do sistema de transportes, do país, curiosamente, e para não variar, só o futebol parece ir bem, ou, pelo menos, menos mal! Mas não falemos nisso também...
Agora imaginem que, após o ginásio (já que no dia anterior não cumpri rigorosamente nada do que me havia proposto), tomei rumo em direcção à Baixa, em busca das ditas botas. Pelo menos, sempre apanhava ar (e se tivesse a mesma sorte, chuva, pois não há uma sem duas nem duas sem três...). Mas não choveu. O sol estava radiante e soube lindamente caminhar na calçada branca e negra. Soube lindamente ver o sorriso dos que nos visitam, deslumbrados com aquilo que já damos por adquirido.
Restauradores, Chiado, Praça da Figueira e, como não podia deixar de ser, lá me dirigi para a Rua Augusta. As mesmas vendedoras de flores e castanhas, a Loja das Meias, que também faz parte da mobília, e as mesas das esplanadas absurdamente repletas de gente loira e de olhos claros.
Mas, desta vez, não era o fado ou a canção Lisboeta que se faziam ouvir. Nem os sons peruanos ou brasileiros.
Imaginem os sons do violino, do violoncelo, da flauta, do oboé, do violão... tocados por crianças e adolescentes. Música clássica deliciosamente tocada com sorrisos e olhares cúmplices à mistura. Que saudades de um concerto assim! Da tranquilidade que aquela música transmite. E fiquei ali, parada, com os pensamentos a voar durante quarenta e cinco minutos. O céu azul, o sorriso das pessoas, o cheiro de Lisboa. As rugas de preocupação desfizeram-se, a dor junto aos olhos e o peso sobre os ombros desapareceram.
Nem botas pretas, nem botas castanhas. Segui dali para as Picoas, a fim de marcar as aulas de condução. Leve, tranquila, luminosa.
1 comentário:
Qual concerto, qual quê! Mais uma vez a tua capacidade de transformar um dia da treta num momento memorável!
Ainda estou para saber como consegues... Traços de genialidade ou de loucura??
Always walking on sunshine a nossa Xaninha!
Keep the spirit!
Beijo
Enviar um comentário