Fez o Leite Condensado às Colheradas hoje.
O que, em termos de idade blogosférica, se traduz num septuagenário com os pés na direcção do céu (Céu. Não tenham ideias!).
Foram sete anos de muito açúcar mas, convenhamos, também de muito vinagre, pimenta e as especiarias todas da Rota das Índias.
Sete é o tal número de sorte, pelo que, deveria aproveitá-lo e terminar em grande. Pensei nisso ontem.
Ontem, por razões que não interessam, tive uma noite francamente má e, no meio do desgosto, lembrando-me da efemeridade, pensei em tudo o que este blogue já viu e não precisava de ver. Em tudo aquilo que nem ele nem eu já somos. Nas pessoas que aproximou e que realmente não fizeram falta.
No entanto, foram também sete anos de outras boas, poucas mas boas pessoas que conheci. Na blogosfera, existem pessoas que batem aos pontos as que nos rodeiam na vida real. Irónico.
Passados sete anos de um início blogosférico em que toda a gente dizia não estar ali para conhecer pessoas, devo dizer que a experiência tem ditado sempre o seguinte: As pessoas que não conhecemos de lado nenhum, os amigos virtuais, revelam-se imbativelmente melhores na vida real do que as que já conhecíamos na vida real mas que se aproximam mais graças ao blogue. Geralmente, estas acabam sempre por dar em asneira. Não foi um nem dois casos, foram vários. Portanto, que estejamos aqui para conhecer pessoas. Melhores do que as que nos rodeiam. Gente interessante é o que não falta na Blogosfera. Ali nas sugestões têm alguma.
Fecho, não fecho, antes que continue com este discurso de chacha, devo dizer que um novo fará muito mais sentido e seria uma lufada de ar fresco. Neste momento e nos últimos anos, este blogue tem sido um peso morto a vários níveis. Tem sido um lugar de muitas más recordações.
Portanto, vou analisar (ou, provavelmente, não) o seu destino. Perder a maré dos sete, seria um azar tremendo. Por outro lado, saltadas as sete ondas vem um novo começo, mais forte e promissor. Dizem. Tretas. Eu vou fazer o meu futuro!
Veremos. Deixo então convosco o registo mais importante de tudo isto e digno de reflexão espiritual:
Não fossem as horas de dança a quilómetro que faço, com sete anos de leite condensado, estaria na obesidade mórbida, a fazer de insuflável para os putos, no piquenique do Continente e este blogue já teria mudado o nome para Insulina às Colheradas. Profundo, não é? Do tamanho de um intestino.
Parabéns velhote!